Editorial
Primeiramente gostaríamos de compartilhar com nossos leais colaboradores e leitores que a Revista ENSAIO figura na classificação Qualis/CAPES, no estrato A2, credenciando-se entre as melhores de Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Os periódicos científicos avaliados pelo Qualis/CAPES são brasileiros e também originários de diversos países. Agradecemos a todos que nos ajudaram nesta caminhada.
Neste número trazemos diversos artigos resultantes de pesquisas e a apresentação de trabalhos em congressos de relevância de nossa área.
A equidade e iniquidade no ensino superior: uma reflexão, apresenta a questão sob três focos: equidade de acesso, de participação e de resultados. A interlocução teórica e estudo estatístico caracterizam o estado do conhecimento do assunto sob aspectos qualitativos e quantitativos. As autoras Vera Lucia Felicetti e Marília Costa Morosini ressaltam a necessidade de estudos mais aprofundados sobre equidade.
Benefícios e riscos da proteção e comercialização da pesquisa acadêmica: uma discussão necessária é o tema tratado por Rodrigo Maia de Oliveira e Léa Velho abordando as praticas de publicação, os sistemas de avaliação e recompensa, a construção das agendas de pesquisa, os mecanismos de proteção e comercialização, a defasagem de infraestrutura e a escassez histórica de recursos humanos qualificados e dedicados ao ensino e a pesquisa.
Expansão, privatização e diferenciação da educação superior no Brasil pós-LDBEN/96: evidências e tendências, são os assuntos tratados por Stella Cecíla Duarte Segenreich e Antonio Mauricio Castanheira, os quais, com base nos Censos de Educação Superior de 1996 a 2006 procuram aprofundar questões relativas à privatização e à diferenciação do sistema brasileiro de educação superior, no contexto de sua expansão, explorando as categorias referentes a instituições, cursos e corpo discente.
A autoavaliação da escolas: " virtudes" e " efeitos colaterais" é um estudo elaborado por Virginio Sá. Nele o autor trata da análise ao longo das duas últimas décadas, em contextos sociopolíticos muito diversos, primeiro nos países centrais, depois nos países semiperiféricos e periféricos da agenda avaliativa, nas suas diferentes configurações e domínios de incidência, vindo a assumir uma enorme centralidade.
Efeitos aversivos das práticas de avaliação da aprendizagem escolar, texto de Sergio Antonio da Silva Leite e Samantha Kager procura discutir os efeitos das práticas tradicionais de avaliação da aprendizagem escolar. Na discussão aponta-se como alternativa o processo de avaliação de diagnóstico para trabalho pedagógico dos professores.
A avaliação da qualidade educacional da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Ceará (UFC) é tratada por Wagner Bandeira Andriola e Cristiany Gomes Andriola que buscam avaliar alguns aspectos do Curso de Pedagogia da Faculdade de Educação, que comprometem a qualidade educacional.
Avaliando a educação emocional: subsídios para um repensar da sala de aula, apresentado por Cláudia Carla de Azevedo Brunelli Rêgo e Nivea Maria Fraga Rocha, aborda o papel da inteligência emocional dentro e fora da escola, exige educar as emoções para que as pessoas se tornem aptas a lidar com frustrações, angústias e medos.
Thereza Penna Firme, Ana Carolina Letichevsky, Ângela Cristina Dannemann e Vathsala Stone apresentaram na AEA no ano de 2008, um trabalho acerca das Politicas de Avaliação, apontando o que os autores entendem por " cultura de avaliação" e " política de avaliação" . O Brasil em suas políticas publicas tem dado grande ênfase às avaliações em larga escala e as autoras apresentam reflexões baseadas na experiência brasileira com relação as inter-relações " cultura- política-prática" na avaliação.
Carlos Alberto Serpa de Oliveira
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
22 Jun 2009 -
Data do Fascículo
Mar 2009