Avaliação da aprendizagem de ética em curso de formação de professores de Ensino Fundamental

Assessing how future teachers learn ethics in training courses

Evaluación del aprendizaje de ética en curso de formación de profesores de los primeros ensino fundamental

Resumos

Los maestros no siempre se sienten confiados en relación a los tópicos de Educación Moral que enseñan a los niños en el Ensino Fundamental. Por estos motivos, decidimos conocer como y lo qué los futuros profesores, hoy en los cursos de Ensino Médio<A HREF="#nt2">2</A> de formación de profesores en el Brasil, aprenden sobre Educación Moral. Según la ley educacional brasileña (nº 9394/96), la Educación Moral debe ser enseñada como un tema transversal, o sea, no hay una disciplina especial para este sujeto en la escuela. Educación Moral es llamada de Ética y debe ser aprendida por medio de todas las disciplinas escolares. Esta investigación tiene por escopo descubrir como se enseña y como estos estudiantes estudian la Educación Moral. La base teorica fue el estudio de Alasdair MacIntyre sobre la virtud. Se pidió a los estudiantes que hablaran sobre el significado de las virtudes y contestaran a cuestiones escritas y orales. Se les pidió que elaboraran conceptos de Familia, Escuela y Pais, y que se describieran a si mismos en diversas situaciones. Fue elegida la metodología de la "escucha sensible" de René Barbier, y los dados fueran estudiados de acuerdo al analisis de Laurence Bardin. Los resultados muestran que los estudiantes están interesados en la formación en Educación Moral, aunque hayan todavía diversos problemas acerca del aprendizaje de la ética.

Educación moral; Temas transversales; Formación de profesores

PÁGINA ABERTA

Avaliação da aprendizagem de ética em curso de formação de professores de Ensino Fundamental

Assessing how future teachers learn ethics in training courses

Evaluación del aprendizaje de ética en curso de formación de profesores de los primeros ensino fundamental¹

Maria Judith Sucupira da Costa Lins^I; Paulo Ruas Santos^II; João Eduardo Bastos Malheiro de Oliveira^III; Monique Marques Longo^IV; Edson Seiti Miyata^V; Juliana Viana Mählmann Muniz Dantas^VI

^IDoutora em Educação, UFRJ. Professora Adjunta da Faculdade de Educação, UFRJ. [e-mail]

^IIMestre em Educação, UFRJ. Pesquisador do GPEE/UFRJ. Professor Adjunto da FE/UFRJ

^IIIDoutorando em Educação, UFRJ. Pesquisador do GPEE/UFRJ. [e-mail]

^IVMestrando em Educação, UFRJ. Pesquisadora do GPEE/UFRJ. [e-mail]

^VMestrando em Educação, UFRJ. Pesquisador do GPEE/UFRJ. [e-mail]

^VIPós-graduação em Psicologia, UFJF. Pesquisadora do GPEE/UFRJ. [e-mail]

RESUMO

Professores não se sentem sempre confiantes em relação aos tópicos de Educação Moral que ensinam às crianças no Ensino Fundamental. Por este motivo decidimos conhecer como e o que os futuros professores nos cursos de Ensino Médio de formação de professores no Brasil aprendem sobre Educação Moral. De acordo com a lei educacional brasileira (9394/96) a Educação Moral deve ser ensinada como Tema Transversal. Não há uma disciplina especial para este assunto na escola. Educação Moral é chamada Ética e deve ser aprendida por meio de todas as disciplinas escolares. Esta pesquisa teve como objetivo descobrir como é ensinado e como estes estudantes entendem Educação Moral. O estudo de Alasdair MacIntyre sobre Virtude foi a base teórica. Foi pedido aos estudantes que falassem sobre o significado das virtudes e respondessem questões escritas e orais. Pediu-se que dessem conceitos de Família, Escola e País e que descrevessem a si próprios em diferentes situações. A metodologia da "Escuta Sensível" de René Barbier foi escolhida e os dados foram estudados de acordo com a análise de Laurence Bardin. Resultados mostram que os estudantes estão interessados na formação em Educação Moral, embora haja diferentes problemas concernentes à aprendizagem de ética.

Palavras-chave: Educação moral/ética. Temas transversais. Formação de professores.

ABSTRACT

Teachers don't feel always confident concerning Moral Education topics they teach to children in elementary school. Because of this we decided to know how and what future teachers in Brazilian education courses learn about Moral Education. According to the Brazilian educational law (9394/96) Moral Education must be taught as a Transverse Theme. There is not a special subject for this topic in school. Moral Education is called Ethics and must be learnt through all the school subjects. This research aimed to discover how it is taught and how these students understand Moral Education. Alasdair MacIntyre's study about Virtue was the theoretical basis. Students were asked to talk about meaning of virtues and answered written and oral questions. They were asked to give concepts to Family, School and Country and to describe themselves in different situations. Rene Barbier's "sensible listening" methodology was chosen and data were studied according to Laurence Bardin's analyze. Results show that students are interested in Moral Education studies, though there are different problems concerning ethics learning.

Keywords: Moral Education/ Ethics. Transverse Theme. Teacher's training course.

RESUMEN

Los maestros no siempre se sienten confiados en relación a los tópicos de Educación Moral que enseñan a los niños en el Ensino Fundamental. Por estos motivos, decidimos conocer como y lo qué los futuros profesores, hoy en los cursos de Ensino Médio

Palabras clave: Educación moral/ética. Temas transversales. Formación de profesores.

Introdução

Esta pesquisa trata de um problema educacional freqüentemente observado nas escolas. É sabido que os professores encontram dificuldades no que se refere ao ensino da Educação Moral para alunos de todos os níveis escolares. Não é fácil estabelecer conceitos de moral nem trabalhar a compreensão destes, por isso se observa a necessidade de uma prática pedagógica adequada. Diante deste problema real no campo da Educação, a pesquisa procurou investigar a questão a fim de que pudesse sugerir caminhos que de alguma maneira ajudem a resolvê-lo.

A Prática de Educação Moral é indicada como ética devido à nova denominação utilizada pela Lei de Diretrizes e Bases - LDB, Lei nº 9394 (BRASIL, 1996). Além disso, a determinação legal, explicitada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (2000) - PCN, indica que o ensino de Ética seja realizado por meio de Temas Transversais.

A partir de observações da atuação de alguns professores do Ensino Fundamental e dos problemas práticos que enfrentam no ensino-aprendizagem de Moral/Ética, foi considerado que seria necessária uma pesquisa que se voltasse para a etapa anterior, isto é, quando estes professores são ainda alunos de Ensino Médio, preparando-se para o exercício de Magistério no Ensino Fundamental.

Como hipótese, consideramos que as dificuldades enfrentadas por professores em exercício - eles não conseguem ensinar Ética por meio de situações de sala de aula - podem ser provenientes da ausência de uma formação adequada em seus cursos de preparação concernente à Educação Moral/Ética. Por isso, nas entrevistas, uma das perguntas foi justamente questionar como os alunos viam algumas atitudes positivas ou negativas dos professores observadas na sala de aula. Veremos em seguida as respostas.

Uma vez que não existe uma formação completa sem a contribuição ou ausência da formação da família e da comunidade, questões concernentes a estes aspectos foram consideradas relevantes na nossa pesquisa em relação aos alunos. Interessamo-nos em examinar outros aspectos que influenciam habitualmente essa formação ética integral como bairro onde moram, seus interesses, grau de instrução da família, religião e qual a motivação que tinham para serem professores.

Referencial teórico

A fundamentação teórica desta pesquisa está na filosofia de Alasdair MacIntyre (1984, 1990, 1991, 1998, 1999). Suas idéias são um verdadeiro desafio para filósofos e educadores e estão expressas em extensa bibliografia. Destacamos como base para esta pesquisa a sua obra essencial, After Virtue, inicialmente publicada em 1981, e revista em 1984, cuja tradução para o português apareceu em 2001. Completamos nosso referencial com outra obra sua, ainda não traduzida para o português, intitulada: Dependent Rational Animals: Why Human Beings Need the Virtues (MACINTYRE, 1999).

Leituras regulares foram realizadas por todos os pesquisadores e foram feitas discussões para melhor compreensão desta difícil literatura, uma vez por semana. De acordo com a teoria de MacIntyre (1984), é importante aprender e praticar as virtudes, principalmente a justiça, para se tornar uma pessoa moral. Virtude é apresentada por este autor como a possibilidade de viver uma vida Moral em oposição ao Emotivismo, o qual está amplamente difundido na sociedade atual. Para melhor compreensão, embora de forma sintética, lembremos como MacIntyre (2001, p. 300, grifo do autor) conceitua essa teoria:

Emotivismo é a doutrina para a qual todos os julgamentos avaliativos e mais especificamente todos os julgamentos morais não passam de expressões de preferência, expressões de atitude ou sentimento, na medida em que são morais ou avaliativos em caráter.

A partir do Emotivismo, MacIntyre afirma que estamos numa situação peculiar, em que se perdeu a racionalidade e se passou para uma ética vivida por meio da tomada de decisões segundo preferências e opiniões pessoais. Essa teoria se caracteriza pela preocupação com a posição individual para definição de problemas e questões filosóficas, sempre a partir de elementos prazerosos.

Além deste autor, cuja teoria consistiu o fundamento básico, as contribuições de Piaget (1973) e de Kohlberg (1981) sobre o desenvolvimento moral da criança também foram consideradas.

Objetivo

Conforme projeto inicial da Pesquisa, os objetivos eram dois:

• Discutir as questões teóricas fundamentais da Ética e a conseqüente prática da Educação Moral no Ensino Fundamental.

• Identificar, analisar as práticas pedagógicas de Educação Moral/Ética visando possibilitar aos alunos do Curso de Formação de Professores de Ensino Fundamental a construção de programas Educação Moral/Ética.

Evidentemente, nossa expectativa é que os resultados obtidos sejam também utilizados para outras pesquisas afins, não só para que os atuais alunos e professores melhorem o ensino/aprendizagem de ética/moral, mas para todos os futuros professores.

Metodologia

Foi escolhida a metodologia da "Escuta Sensível", criada por René Barbier (1997). Esta forma de Pesquisa Ação apresenta muitas vantagens sobre outras para o estudo de um tema como o da presente pesquisa. Por meio da "Escuta Sensível" foi possível compreender mais profundamente tantos os alunos como seus professores, além de que oferece oportunidade de melhor se aprender sobre como os futuros professores estão progredindo nos estudos de Ética.

Os futuros professores foram observados durante as aulas e também em situações extraclasse. Acompanhamos suas atividades, interesses, preferências e rejeições, sempre em conversas com eles. Também o comportamento geral foi observado, em relação aos colegas, professores e o pessoal administrativo da escola.

Foram solicitados a falar sobre o significado de Virtude e também responderam a questionários que lhes foram apresentados como entrevistas semi-estruturadas. Conceitos de Família, País e Escola também foram pedidos, de modo que eles puderam expressar sua compreensão destes fundamentos da vida social e moral. Conversações livres com estes estudantes aconteceram continuamente, oferecendo ricos subsídios para as conclusões da pesquisa. Também a Diretora, a Assessora da Direção, o Coordenador e os Professores foram entrevistados.

Os dados obtidos foram analisados segundo a proposta de Bardin (1996), e, depois da categorização, fizemos as inferências que nos permitiram chegar aos resultados, que serão descritos no item desenvolvimento e comentados nas conclusões.

A pesquisa foi iniciada em março de 2005 e acompanhou uma turma de 21 alunos da primeira série do Ensino Médio de formação de professores de uma escola estadual do Rio de Janeiro e 11 professores. Em 2006 continuamos com o contato com esses alunos, já na 2ª série - além de alguns novos que ingressaram nessa turma - e os mesmos professores, durante o primeiro semestre. Durante o segundo semestre, fizemos a análise dos dados que vinham sendo coletados desde o princípio dos encontros um ano antes e elaboramos as conclusões que se seguem.

Desenvolvimento

À medida que os estudantes tomavam contato com o vocabulário específico da Ética, tanto por meio dos professores, que ocasionalmente incluíram este Tema Transversal em suas atividades, como em nossas conversas, seu interesse pelo assunto aumentou.

Os estudantes fizeram alguns trabalhos sobre Ética a pedido de seus professores, tais como painéis e cartazes e nós aproveitamos este material como centro de discussão. Os estudantes começaram a correlacionar elementos conceituais com o próprio comportamento e também com as possibilidades de ensino de Ética às crianças que no futuro serão os seus alunos na primeira etapa do Ensino Fundamental. Exemplos concretos e situações da vida real foram utilizados para discussão e análise de modo que os estudantes estivessem todo o tempo conferindo as questões propostas com a situação em que vivem.

Dados da pesquisa com os professores

Apresentamos abaixo os dados obtidos por meio das entrevistas com os professores. e suas respectivas análises. A entrevista consistia de 5 perguntas que objetivam detectar como os professores estavam formados nos conceitos de ética e moral, como viam e entendiam a proposta da LDB (BRASIL, 1996), de trabalhar a ética como tema transversal e quais estratégias adotavam para viver essa exigência legal.

As perguntas e suas categorizações foram as seguintes:

1 - Como você pode conceituar os termos Ética e Moral?

O que ética?

O que é moral?

Relação entre ética e moral

Respeito

4

Não existe

1

Complementação entre agir e valores

1

valores

7

Em branco

3

Alicerces da civilização

1

Certo e errado

4

costumes

3

Em branco

9

Quero para viver

1

valores

4

reflexão

2

Leis

1

ideologia

1

preconceitos

1

Conforme podemos observar acima, os professores manifestaram o domínio de um vocabulário específico da área ética/moral, embora isto não garanta que haja uma prática no seu quotidiano. Muitas vezes o discurso pode não ser o que o eles pensam ou vivem, mas um reflexo de uma linguagem que está sendo usada na sociedade. Apesar de uma grande incidência de respostas sobre a relação entre ética e valores (7/11) ou sobre a relação entre moral e valores (4/11), chamou a atenção que a maioria (9/11) teve dificuldade em relacionar ética e moral.

2 - Ética/Moral se ensina e se aprende na escola?

Sim

8

Não

0

Sim e Não

1

Talvez

1

Em branco

1

Em relação ao segundo quadro sobre se ética/moral se ensina e se aprende na escola, ficou evidenciado que sim (8/11). Supostamente todos os professores deveriam responder afirmativamente, o que não aconteceu.

3 - Como você entende a proposta da LDB 9394/96 de Temas Transversais?

Às vezes é possível

1

Depende da formação dos Professores

1

Importantes para a reflexão

1

Difícil pela falta de conteúdo

1

Para aprender

1

Depende da motivação

1

Fantástico

2

Interdisciplinariedade

3

Substituição da família e Igreja

1

Com relação ao entendimento do que consiste os Temas Transversais, a dispersão presente nas respostas pode nos levar a interpretar como a ausência do entendimento da proposta. No entanto, há um pequeno bloco (3/11) que identificou como interdisciplinaridade, o que se aproxima do verdadeiro conceito dos temas transversais.

4 - E quanto à aprendizagem da Ética entendida como tema transversal?

Necessidade de conteúdos

1

Depende exemplo do professor

3

Depende da cultura

4

Tem muito Valor

5

Sobre a aprendizagem da Ética entendida como tema transversal, quase metade (5/11) considera que esta "tem muito valor". Chamou-nos a atenção que 7/11 das respostas relativizaram a aprendizagem da ética como tema transversal, condicionando esta ao "exemplo do professor" (3/11) ou à cultura (4/11).

5 - O que você tem feito, ou planeja fazer, em relação ao ensino/aprendizagem da Ética/Moral com os alunos da turma de 1ª/2ª (dependendo do ano) série do curso Médio de Formação de Professores de 2005/2006 (dependendo do ano)?

Conteúdo

7

Aproveitamento de oportunidades

2

Conscientizar

1

Exemplo

1

Continuando, observamos o planejamento do ensino/aprendizagem da ética/moral na sala de aula e foi notado que a maioria (9/11) tenciona relacioná-lo com o conteúdo (7/11) ou com o aproveitamento de oportunidades (2/11).

Dados da pesquisa com os alunos

No que se refere às entrevistas dos alunos, conforme já foi abordado acima, as perguntas procuravam detectar como as possíveis influências da família, da comunidade onde vivem, das ambições, metas e interesses de vida pessoal e profissional influenciam na formação ética e moral.

Diferentemente dos professores, apresentamos abaixo as perguntas e suas categorizações e em seguida a análise do grupo, pois várias perguntas e respostas se entrelaçaram na nossa análise. Identificamos os alunos pela letra Ax, para manter o necessário sigilo, mas ao mesmo tempo oferecer possibilidades de novas análises.

Questionários dos alunos

1. Ano do Nascimento

1988

A1,A12= 2

1989

A2,A3,A5,A7,A8,A10,A11,A15,A16,A17,A18,A19,A20= 13 (17 anos)

1990

A4,A6,A9,A13,A14,A21= 6

2. Bairro onde mora

Jacarepaguá

A1,A8,A13,A14,A21=5

Vargem Grande

A2,A10,A12=3

Lins de Vasconcelos

A3,A11=3

Taquara

A4

Vargem Pequena

A5,A9.A16=3

Anil

A6

Engenho da Rainha

A7

Recreio

A15

Duque de Caxias

A17

Méier

A18

Barra da Tijuca

A19

Rocha Miranda

A20

3. Com quem mora

Pai, mãe e irmão

A1,A2,A7,A14=4

Pai e mãe

A3,A4,A5,A9,A10,A11,A12,A18,A19=9

Mãe

A8,A16,A20,A21=4

Mãe e padrasto

A13

Pai

A15

Avó

A17

4. Profissão do pai

colocador

A1

pedreiro

A2,A12

Professor

A3

aposentado

A4,A15

Motorista

A5

Taxista

A7

Jardineiro

A8

Mestre de obra

A9

Recepcionista

A10

Engenheiro

A13

Padeiro

A14

Segurança

A16,21

Auxiliar de pintor

A17

Servente

A18

Não tem

A6,A11,A19,A20

5. Escolaridade do pai

2º grau completo

A1,A4,A7,A10,A13,A12,A19=7

7ª série

A2,A8,A17=3

Ensino Superior

A3

1º grau completo

A5,A11,A14,A18=4

Superior incompleto

A15

Analfabeto

A21

Não tem

A6,A9,A12,A20=4

6. Profissão da mãe

Professora

A1,A3

Doméstica

A2,A5,A6,A10,A12=5

Enfermeira- auxiliar

A4

Dona de casa

A7,A9,A11,A17,A20,A21=6

Caixa

A8,A18

Garçonete

A13

Enfermeira- superior

A14

Artesã

A16

Vendedora

A19

Não tem

A15

7. Escolaridade da mãe

2º grau completo

A1,A4,A6,A7.A19=5

1º grau completo

A2,A5,A10,A18,A20=5

Ensino superior

A3, A14

1º grau incompleto

A8,A16,A17,A21=4

2º grau incompleto

A9,A12,13,A15=4

Não tem

A11

8. "Hobby"

Igreja

A1

Praia

A1

Desenho

A2, A20

Poesia

A2

Escrever

A3, A7,A13

Ouvir musica

A3,A4,A10,A12,A14,A17,A19=7

Diversão em geral

A4

Ler

A5, A14, A15,A18,A21=5

Jogar bola

A6, A15

Internet

A6,A9,A13

Sair com amigos

A6, A9, A10, A11,A12=5

Remar

A7

Dançar

A8,a10, A11,A13=4

Shopping

A11

Trabalhar com crianças na igreja

A14

Cinema

A16

Ver Tv

A18

9. Religião

Assembléia de Deus

A1,A3,A14,A17=4

Evangélica

A2,A15,A16=3

Sem religião

A4,A12,A13,A19=4

Católica

A4,A6,A7,A8,A9,A10,A11,A18,A21=9

Espírita

A20

9.1.Freqüenta?

SIM

A1,A2,A3,A4,A5,A6,A8,A10,A11,A12,A13,A14,A15,A16,A17,A18,A19,A21

NÃO

A7,A9,A20

10. Por que está na escola?

Porque quer ser professor

A1,A2,A3,A8.A10,A11,A12,A13, A16,A17,A18,A19,A20,A21=14

Novidade

A4

Por gostar

A5

Por gostar de criança

A6

Para ter profissão

A7

Pra pagar faculdade

A7

Por acaso

A9

Oferecer opções ao futuro

A15

11. O que espera da escola?

Formação

A1,A2,A3,A11=4

Empregabilidade

A1,A8,A9,A13,A15,A17,A18,A21=8

Ensino

A4,A7,A9,A19=4

Qualificação

A5,A12 = 2

Base para o futuro

A6

Amizade

A7

Preparo para ensinar

A10

Não espera muito

A14,A20 = 2

Sem resposta

A16

12. O que vai fazer depois do término do curso?

Ser bom profissional

A1

Faculdade de Pedagogia

A2,A8,A17,A18=4

Faculdade de Fonaoudiologia

A2=1

Faculdade

A3,A5,A11,A12,A19=5

Continuar estudando

A4=1

Não sei

A6,A9=2

Faculdade de historia

A7=1

Fac. De Letras

A10=1

Fac. De educação física

A10=1

Dar aula

A13,A21=2

Engenharia

A13

Psicopedagogia

A14

Direito

A15

Psicologia

A16

Artes

A20

13. Por que deseja ser professor?

Sonho ser professora de biologia

A1

Gosto de crianças

A2, A3, A6,A10,A12,A18,A21=7+A14

Papel no futuro

A3

Auto- conhecimento

A4

Gostar de ensinar

A5,A8,A15,A21=4

Sonho de minha mãe

A6

Não sei

A7,A9

Ajudar/fazer o bem

A7, A14=2

Identifica com pedagogia

A17

Identificação com a profissão

A11

Olhar por alguém

A13

Vocação

A14

Gosta de psicologia

A16

Todos na família são professores

A19

Desenvolver a arte-terapia

A20

14. Conceito de Escola

Obs: Dois alunos levaram para o plano pessoal

Conceito geral:

Base/preparação para o futuro

A3,A20,A19,A18,A17,A16,A15,A14,A11,A7=

Função de ensinar

A4

Iniciação a uma vida de saber

A5

Sem o colégio não somos ninguém

A6

Preparação para o futuro

A7

Ensinar

A9

Educar

A9

Fazer amizade

A9

Aprender

A9,A10,A12,A15,A21, A5=6

Segunda casa

A13

Socialização

A15,A17

Lugar para ser alguém na vida

A16

Conseguir objetivos

A16

Conceito restrito à escola que freqüentam:

Não tão boa

A1

Dá para estudar

A1

Ensino

A2

Estrutura ruim

A2

Não se preocupa com os alunos

A8

Professor não se preocupa com a aprendizagem

A8

15. Conceito de família

Conceito geral:

Razão de viver

A1

União necessária para estrutura emocional

A3

Só pai, mãe e irmão

A4

Não servem para muita coisa

A4

Apoio

A5,A15,A16,A19

Companheirismo

A5,A15

Ajuda

A6A13

Base/tudo

A7,A9,A10,A12,A14, A16,A17,A18,A20,A21

Segurança

A11

Importante para a formação

A14

Convivência

A17

Estimulo

A19

Força para lutar

A20

Conceito especifico:

Cada um ama do seu jeito

A2

"Somos bem unidos"

A8

16. Conceito de país

Deve mudar

A1

Ser melhor

A1

Desastre

A2

Casa

A3

Pátria

A3, A15

Nação

A3

Abandonado

A4

Sem utilidade

A4

Lar

A5

Beleza natural

A6

Tristeza com política

A6

O que somos

A7

O que defendemos

A7

O que queremos

A7

Confundiu com família

A8, A10

Sem resposta

A9

Legal

A12

Não pensa sobre porque não leva a nada

A13

Instituição onde vivo e tenho que respeitar as leis, mesmo não aceitando

A14

Terra amada

A15

Um lixo

A16

Política rígida

A16

Riquezas naturais

A17

Costumes

A17

Diversidade de povos

A18

Diversas culturas, crenças e classes sociais

A19

Lugar que forma cidadãos direitos

A20

17. Os Professores abrem espaço para questões além dos conteúdos? Quando?

SIM

Profª X falou de greve

A2,A14,A17,A20,A21

Confiança, apoio e incentivo

A3

Um assunto puxa outro

A4

Situações do cotidiano e país

A5

Eles próprios

A7

Atualidade

A7

Sobre tudo

A9

Discussão de opiniões diferentes

A10

Nulo

A12,A13,A16

Política e violência

A19,A15

A Reforma

A17

Novelas

A19

Favelas

A20

Guerra

A21

NÃO

So a matéria deles

A1,A8,A6

Não se importam

A11

Sem exemplos

A3,A8

18. Quais as questões que gostam de discutir em aula? Por quê?

Trabalhos de grupo

A1

Futuro

A2

Lidar com crianças, arte de ensinar

A3

Questões culturais

A4

Sem resposta

A5

Não gosta de discutir

A6

Tudo

A7,A9

Só aula

A8,A12

Falar mal e bem dos professores

A9

"meninos, lógico!"

A9

"fofocadinha básica"

A9

Sobre trabalhos a fazer

A10

Juventude

A11

Prof: conteúdos, colegas: deveres e zoeira

A13

Formação normalista

A14

Nada especial

A15

Referente a melhorar a escola

A16

Política e economia

A17

Sexualidade

A19

Identidade

A19

Artes

A20

Política do Brasil

A21

Segurança e impunidade

A21

19. Quando tem briga na escola, de que maneira o professor intervém?

Não presenciei

A1,A3,A4,A8,A9,A14,A15,A19,A21

Convida-os a diretoria

A2,A12

Buscando motivos

A5,A7

Não tomam atitude

A6,A11

Sugere solução

A7

Procura acabar com a briga

A10,A12

Sendo justos, da maneira correta

A13

Sem resposta

A16,A17,A18,A20

20. Você se recorda de alguma situação em que o professor tenha sido um exemplo para você, ou suas palavras tenham influenciado na sua decisão?

Sim

Não

A1, A14, A16

A5

A2, A12 dizem coisas que nos animam quando temos problemas

A6

A3 percebo o prazer de estarem aqui

A10

A4 o exemplo construiu a personalidade que ela é hoje

A13

A7, A11 influência na escolha profissional

A15 uma professora não é bom exemplo

A8 a assiduidade da professora apesar de ter problemas.

A18, não explica direito

A9 mas não me lembro

Professor W– 2 vezes

A15 a maioria dá bom exemplo

A20

Professora Y - 5 vezes

A18 porque exige

A19 não entrou em greve

A20 entrou em greve (ensinou a lutar pelos direitos)

A21 a professora Z me abriu os olhos

21. Quando você tem uma decisão a tomar, a quem você pede orientação?

A1, A6

Ninguém

A2

Irmãs

A3, A8, A9, A11, A14, A16, A18, A19, A20, A21

Mãe

A3, A4, A15

Deus

A3, A9, A13, A18, A19, A21

Amigos

A4, A18

Consciência

A4

Sentimentos

A5, A7, A10, A12

Pais

A15

Pai

A16

Avô

A17

Conselheira da Igreja

Comentários sobre os dados

A pesquisa foi realizada numa turma com 21 alunos, inicialmente da 1ª série e em seguida, em 2006, na 2ª série do Ensino Médio da Formação de Professores de Ensino Fundamental. Notamos que a grande maioria (80%) está na faixa etária prevista, para esse nível de escolarização. Foi observado também que a maioria mora muito longe da escola. Um aluno mora em outro município (Duque de Caxias). É possível que isto se deva ao fato de haver pouca opção de escolas normais na cidade. A maioria dos alunos (61%) mora com a família em seu conceito básico. Além desses, 1 dos alunos mora com uma família constituída de uma mãe e um padrasto. 6 alunos moram apenas com um adulto: pai, mãe e avó.

Um grupo de pais (33%) concluiu o segundo grau - hoje chamado de Ensino Médio, pela LDB 9394/96 (BRASIL, 1996) -, e trabalham em profissões de pouca qualificação. Apenas um terminou o Curso Superior, exercendo a profissão de professor. Outro tem o Curso Superior incompleto e hoje está aposentado, numa profissão que não nos foi dita. De um outro grupo de 33%, 19% concluiu o primeiro grau e 14% cursou até a 7ª. série. 4 alunos não informaram a escolaridade do pai e um disse que era analfabeto.

As mães, de um grupo de 43%, 23% concluíram o 2º grau e 19% não concluíram. O mesmo acontece com um outro grupo de igual quantidade com relação ao primeiro grau. Duas têm Curso Superior, exercendo profissões compatíveis com essa qualificação: uma é professora e outra é enfermeira. Não foi especificado o grau de escolaridade de uma das mães.

Pesquisamos os interesses de lazer dos alunos e nisto perguntamos o que tinham como hobby. Assistir TV, para nossa surpresa, só foi citada apenas uma vez, o que pode indicar que isto já está incorporada à sua vida quotidiana. A maioria (33%) mostrou preferência por ouvir música, seguindo-se dois grupos de 24% que preferem ler - apesar de que não indicaram que tipo de leitura, o que pode invalidar um pouco este item - e sair com os amigos. Aproxima-se desses, dançar que equivale a 19%. Depois, apareceram internet e escrever, com 14% . O restante dos interesses ficou bastante disperso.

Quanto ao aspecto da religião, 86% afirmaram que freqüentam um culto. Observamos que não existe uma grande variedade de religiões. 43% são católicos, 19% são da Assembléia de Deus (estão separados dos Evangélicos porque assim definiram os alunos) e 14% são Evangélicos (o que não indica propriamente um grupo, pois existem várias denominações sob esta rubrica). 19% disseram não ter religião, apesar de que disseram que freqüentam o culto.

Perguntamos aos alunos porque estão na escola. 66% afirmaram que sua motivação era ser professor. Na pergunta seguinte, na qual indagamos o que espera da escola, 8 alunos (38%) especificaram que queriam formação e ensino, o que comprova a resposta anterior. Outros 38% esperam apenas empregabilidade e a pergunta seguinte mostra que, de fato, estão na escola apenas para conseguir recursos financeiros visando pagar uma faculdade (81%). Destes, apenas 41% tencionam ingressar no Curso Superior na área de Educação e afins. Isto nos pareceu uma estratégia muito interessante, tendo em vista que muitos alunos têm dificuldade para almejar metas mais elevadas.

Quando perguntamos sobre porque queria ser professor 62% deu uma resposta coerente com a profissão. "Gosto de crianças. Me sinto bem ao lado delas. Elas precisam de mim e eu delas", disse uma aluna. O restante deu justificativas dispersas. "Porque é o sonho da minha mãe", disse uma outra.

Nesta pesquisa, buscamos no referencial teórico, a filosofia de MacIntyre (1984, 1990, 1991, 1998, 1999), conceitos básicos que nos auxiliaram na compreensão dos nossos alunos e na realidade que os cerca. Estes conceitos - Escola, Família e País - se referem à idéia de tradição enquanto fundamento da humanidade, ponto de destaque para a Ética segundo MacIntyre. Com relação ao primeiro, Escola, 28% dos alunos não abstraíram o conceito e responderam se restringindo apenas à escola que freqüentam. Isto pode indicar que esses alunos estão ainda numa fase operacional concreta segundo a perspectiva piagetiana. As respostas se referiam às deficiências do ensino, à estrutura da escola, ao ambiente agradável, entre outras. Com relação aos que abstraíram, destacamos que a grande maioria (50%) a relaciona com a preocupação futura, 30% com o aprender e o restante com a socialização.

Na questão sobre o conceito de Família, 66% dos alunos a ressaltam como a base da organização da vida deles. Os demais salientaram o aspecto sentimental destas. Dois alunos a referenciaram como algo dispensável: "Sinceramente não serve para muita coisa", afirmou um aluno. Por fim, evidenciando o conceito de País, 29% se aproximou da idéia formal. 32% se prenderam a enumerar atributos, alguns destacando as belezas naturais e outros seus aspectos negativos. Um aluno chegou a afirmar do seu próprio país que o considerava um lixo.

Entrando mais profundamente no objetivo da pesquisa, perguntamos aos alunos se os professores abriam espaço para falar sobre outros assuntos além dos conteúdos da disciplina. 33% disse que não, o que não quer dizer que estes professores sejam desinteressados, mas talvez porque sintam falta de tempo e/ou estejam comprometidos no seguimento do programa obrigatório. Os demais, responderam que sim, dizendo que os professores abriam espaço para temas de política (maioria), cultura e experiências de vida. Os assuntos preferidos que mais se destacaram para discussão em sala de aula foram sobre os próprios professores, conteúdos escolares, sexualidade, profissão, lazer e cidadania. Esta variação temática que ocorre numa mesma proporção pode mostrar uma grande diversidade de observação dos alunos.

Continuando neste enfoque da pergunta anterior, vimos o que acontece em sala de aula em relação à discussão de outros assuntos. Passamos a analisar o que os alunos gostariam que fosse trazido para o debate em aula. Além dos temas "juventude e trivialidades", percebemos que os demais coincidiam com o que os professores apresentam.

Com relação à reação dos professores diante de brigas na escola, chamou-nos a atenção que quase metade dos alunos (43%) afirmou nunca ter presenciado tal acontecimento, o que não é coerente com a nossa observação. Note-se que 4 alunos não responderam, o que corrobora a nossa suspeita. As demais respostas, com exceção de tentativa de solução (19%), se distribuíram eqüitativamente nos seguintes itens: convite a ir à diretoria, busca do motivo da briga e ausência de atitude.

Indagando-se sobre se o exemplo do professor influenciava os alunos, notamos que as respostas se dividem entre sim e não. As respostas positivas mostram que esses professores estão exercendo influência na "escolha profissional", na "solução de problemas pessoais" e na "formação da personalidade". Destacou-se neste grupo um único professor com 24% das respostas dos alunos. Nas respostas negativas, 43% não se recordam de que os professores tenham sido um exemplo para eles.

Por fim, foi questionado a quem o aluno se dirige quando precisa de uma orientação na tomada de decisão. De forma bastante visível, a mãe (50%) ocupa um papel preponderante na escolha dos alunos como a pessoa que vai orientá-los. Acrescente-se a estas 4 respostas referindo-se aos pais (pai e mães).Em segundo lugar, estão os amigos, com 28% das respostas dadas pelos alunos. Observe-se ainda que 4 alunos citaram Deus como seu orientador.

Conclusões

Os resultados da categorização feita a partir da análise dos dados obtidos nesta pesquisa qualitativa apontam uma falta de informação sobre Educação Moral/Ética de maneira geral. Notou-se o desconhecimento de conceitos básicos desta área do saber. Ao mesmo tempo, foi constatado que estes estudantes demonstraram um grande interesse sobre o tema da pesquisa.

Suas respostas às questões sobre Virtude, Ética e Moral mostraram que eles não haviam até então compreendido este importante domínio do conhecimento.

Entrevistas e conversas, realizadas individualmente ou em pequenos grupos mostraram uma evolução de entendimento e de comportamento nestes alunos. Demonstraram não só interesse como um avanço na compreensão de conceitos e do papel da Educação Moral/Ética na vida de todas as pessoas. Principalmente entenderam a responsabilidade referente à exigência de um aprofundamento neste tema em função de seus futuros alunos.

No que diz respeito aos professores, as observações revelam que eles têm uma grande dificuldade para lidar com o tema, tanto conceitualmente como do ponto de vista didático. Parece-nos que eles precisam ter um preparo um pouco mais adequado no que se refere à introdução de Temas Transversais simultaneamente aos conteúdos de suas disciplinas, inclusive quanto à Ética, apesar da instituição destes pelos PCN desde 1997.

Tendo em vista os nossos objetivos iniciais, consideramos que os resultados já obtidos nos permitem afirmar que foram alcançados. Além do grupo de pesquisa ter aprofundado no tema da ética, notou-se que a proposta da LDB nº 9.394 (BRASIL, 1996), ainda está longe de ser efetivada. Uma possível proposta é examinar a possibilidade do retorno de uma disciplina específica na grade das escolas de preparação para os futuros professores, sobre o tema de ética e moral. Além disto a Ética deve continuar a ser trabalhada dentro do conteúdo das demais disciplinas. Um problema que despertou no grupo certa preocupação foi a imaturidade dos alunos para apreenderem conceitos éticos. Este problema motivou o grupo a realizar nova pesquisa, com o mesmo grupo de alunos na qual serão investigadas mais especificamente as possíveis causas deste problema.

Recebido em: 12/01/2007

Aceito para publicação em: 07/05/2007

• ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.
• BARDIN, L. L'analyse de contenu 8^e éd. corrigée. Paris: PUF, 1996.
• ______. L'approche transversale: l'écoute sensible en sciences humaines. Paris: Anthropos, 1997.
• ______. La recherche-action. Paris: Anthropos, 1996. (Coll. Ethno-sociologie-poche).
• ______. La recherche-action dans l'instituition éducative Paris: Gauthier-Villars, 1977.
• BUSQUETS, M. D. et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. São Paulo: Ática, 1997.
• KOHLBERG, L. Essays on moral development San Francisco: Harper & Row Publisher, 1981.
• LINS, M. J. S. C. Educação moral na encruzilhada. Educação e Contemporaneidade: revista da FAAEBA, Salvador, v. 8, n.12, jul./dez. 2000.
• ______. Filosofia e a prática da educação moral na perspectiva de Alasdair MacIntyre [S.l.]: Ed. Part., 2002.
• ______. Formação do educador e a questão da Ética. Educação e Contemporaneidade: revista da FAAEBA, Salvador, v. 12, n.20, jul./dez. 2003.
• ______. Temas transversais e aprendizagem de ética. Revista UNIVILLE, Joinville, v. 9, n. 2, p. 16-25, dez. 2004.
• MACINTYRE, A. After virtue: a study in moral theory. 2^nd ed. Notre Dame, Indiana: University of Notre Dame Press, 1984.
• ______. Dependent rational animals: why human beings need the virtues. La Salle, Illinois: Open Court Ed., 1999. (The Paul Carus lectures: 20).
• ______. Justiça de quem ? Qual racionalidade?. Trad. Marcelo Pimenta. São Paulo: Ed. Loyola, 1991.
• ______. A short history of ethics 2^nd ed. Notre Dame, Indiana: University of Notre Dame Press, 1998.
• ______. Three rival versions of moral inquiry: encyclopaedia, genealogy and tradition: being Gifford lectures delivered in the University of Edinburgh in 1988. Notre Dame, Indiana: University of Notre Dame Press, 1990.
• PARÂMETROS Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais: ética. 2. ed. Brasília, DF, 2000. v. 8.
• PIAGET, J. Le jugement moral chez l'enfant Paris: PUF, 1973.

2

de formación de profesores en el Brasil, aprenden sobre Educación Moral. Según la ley educacional brasileña (nº 9394/96), la Educación Moral debe ser enseñada como un tema transversal, o sea, no hay una disciplina especial para este sujeto en la escuela. Educación Moral es llamada de Ética y debe ser aprendida por medio de todas las disciplinas escolares. Esta investigación tiene por escopo descubrir como se enseña y como estos estudiantes estudian la Educación Moral. La base teorica fue el estudio de Alasdair MacIntyre sobre la virtud. Se pidió a los estudiantes que hablaran sobre el significado de las virtudes y contestaran a cuestiones escritas y orales. Se les pidió que elaboraran conceptos de Familia, Escuela y Pais, y que se describieran a si mismos en diversas situaciones. Fue elegida la metodología de la "escucha sensible" de René Barbier, y los dados fueran estudiados de acuerdo al analisis de Laurence Bardin. Los resultados muestran que los estudiantes están interesados en la formación en Educación Moral, aunque hayan todavía diversos problemas acerca del aprendizaje de la ética.

1

Ensino Fundamental es como se llama en Brasil el conjunto de los 8 primeros años letivos, de los 7-8 a los 14-15 años de edad.

2

Ensino Médio es como se llama en Brasil el conjunto de los 3 últimos años pre-universitarios, de los 15-16 a los 17-18 años de edad

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  25 Set 2007
• Data do Fascículo
  Jun 2007

Histórico

• Recebido
  12 Jan 2007
• Aceito
  07 Maio 2007