Acessibilidade / Reportar erro

Congregações femininas e difusão de um modelo escolar: uma história transnacional

Catholic womens congregations and the diffusion of a french school model

Resumos

Trata-se, neste artigo, de mostrar a riqueza das recentes pesquisas envolvendo a missão civilizatória das congregações francesas, quando, nos séculos XIX e XX, se lançaram na fundação de escolas para moças no estrangeiro. Tais trabalhos mostram a transferência dos modelos escolares franceses em territórios coloniais ou outros e analisam as coibições políticas que explicam certas iniciativas terem logrado mais êxito que outras. Cruzando os conhecimentos trazidos da história missionária, da história colonial e da história do gênero, o artigo se debruça sobre os estudos e as fontes que permitem considerar uma história transnacional das educadoras religiosas, quando se implantam no estrangeiro.

Historiografia; congregação de ensino; irmã religiosa; missão civilizatória; escola para moças


The article explores a spate of recent publications on the "civilizing mission" that French teaching orders undertook in the 19th and 20th centuries, opening girls' schools in foreign countries. This scholarship addresses the transfer of French educational models to both colonial and non-colonial situations, while highlighting how specific political and national contexts constrained or facilitated the action of French orders. Through an analysis of studies in missionary, colonial and gender history, the article emphasizes how this scholarship in combination with a series of published sources lays the groundwork for a transnational history of teaching nuns operating on foreign soils.

Historiography; teaching orders; nuns; civilizing mission; girls' schools


DOSSIÊ: CATOLICISMO E FORMAÇO CULTURAL

Congregações femininas e difusão de um modelo escolar: uma história transnacional

Catholic womens congregations and the diffusion of a french school model

Rebecca Rogers

Professora da Universidade Paris Descartes, Centre de Recherche sur les Liens Sociaux (CERLIS), Paris, França. rebecca.rogers@parisdescartes.fr

RESUMO

Trata-se, neste artigo, de mostrar a riqueza das recentes pesquisas envolvendo a missão civilizatória das congregações francesas, quando, nos séculos XIX e XX, se lançaram na fundação de escolas para moças no estrangeiro. Tais trabalhos mostram a transferência dos modelos escolares franceses em territórios coloniais ou outros e analisam as coibições políticas que explicam certas iniciativas terem logrado mais êxito que outras. Cruzando os conhecimentos trazidos da história missionária, da história colonial e da história do gênero, o artigo se debruça sobre os estudos e as fontes que permitem considerar uma história transnacional das educadoras religiosas, quando se implantam no estrangeiro.

Palavras-chave: Historiografia, congregação de ensino, irmã religiosa, missão civilizatória, escola para moças.

ABSTRACT

The article explores a spate of recent publications on the "civilizing mission" that French teaching orders undertook in the 19th and 20th centuries, opening girls' schools in foreign countries. This scholarship addresses the transfer of French educational models to both colonial and non-colonial situations, while highlighting how specific political and national contexts constrained or facilitated the action of French orders. Through an analysis of studies in missionary, colonial and gender history, the article emphasizes how this scholarship in combination with a series of published sources lays the groundwork for a transnational history of teaching nuns operating on foreign soils.

Keywords: Historiography, teaching orders, nuns, civilizing mission, girls' schools.

Quando, em 1919, concedeu a Legião de Honra à Madre Marie-Théodore Voiron, superiora das Irmãs de São José de Chambéry e fundadora do colégio Nossa Senhora do Patrocínio, no estado de São Paulo, A. R. Couty, embaixador da República Francesa no Brasil, destacou os serviços por ela prestados à causa e à influência francesa no Brasil:

É imensa a obra francesa por ela realizada, pois é em grande parte graças à ação das mulheres brasileiras educadas nos estabelecimentos franceses que nossa influência pôde felizmente se opor à influência germanófila exercida pelos congreganistas beneditinos que, há vinte anos, vêm instruindo a maioria dos jovens brasileiros (França, Archives nationales, LH/2736/56).

A homenagem prestada nessa ocasião demonstra a importância atribuída à ação congreganista no estrangeiro, muito embora estivessem as congregações proibidas de lecionar na França desde 1904. Será de surpreender essa decisão do Ministério das Relações Exteriores de condecorar neste momento uma irmã educadora? A resposta é, claramente, não.

Este artigo permite compreender este paradoxo com base em trabalhos que, realizados nos últimos cerca de 20 anos, inscrevem as congregações femininas em uma história mais ampla, em que se cruzam questões religiosas, políticas e escolares. Ao reunir essa historiografia "fragmentada", esboço perspectivas para a escrita de uma história transnacional, na qual as irmãs educadoras cumprem um papel da maior importância. Na medida em que difundem a cultura e um modelo escolar francês, as escolas e os pensionatos fundados pelas congregações francesas constituem vetores de uma forma de diplomacia cultural que merece ser mais bem conhecida.

Em 2005, durante um colóquio da Fédération Internationale pour la Recherche en Histoire des Femmes1 1 . Federação Internacional para a Pesquisa em História das Mulheres (N.T.). , pleiteei uma história mais global das educadoras. Concluí minha comunicação, preconizando uma história das educadoras viajantes (travelling teachers) que acompanhasse essas mulheres em sua estada em terras estrangeiras e se interessasse pelos fenômenos de apropriação de culturas e práticas pedagógicas forjadas em outro país (Rogers, 2005). Esta proposta, inspirada em minhas próprias pesquisas em torno das congregações de ensino francesas, era um convite para pensar a educação das moças pela perspectiva das transferências culturais características da história global ou da história transacional (Douki; Minard, 2007; Espagne, 1999). Atualmente, essa história "conectada" tem feito correr muita tinta, mas não se pode dizer que o desafio tenha sido claramente encarado, no que tange à historiografia das mulheres francesas (Rogers; Thébaud, 2010). Existem, porém, vários estudos voltados para o espaço das mulheres e do gênero no campo da história religiosa e da história colonial (Rogers, 2009). Serão mencionadas aqui as pesquisas que permitem pensar uma história das transferências culturais em torno das congregações religiosas e de suas escolas para moças (Bruno-Jofré, 2013). Ao destacar os aportes desses trabalhos, que têm custado a dialogar entre si, procuro mostrar a importância, para a escrita sexuada de uma história transnacional (Saunier, 2013), de uma abordagem que atente para a circulação de pessoas e modelos educativos entre a França e os países estrangeiros.

História missionária e história das mulheres

O mundo anglofônico tem se interessado, há bastante tempo, pelo modo como a missão oferece um campo de atuação para mulheres que, na metrópole, permanecem confinadas à esfera doméstica. Tais pesquisas revelaram a importância da presença feminina entre os missionários protestantes, assim como a diversidade de sua atuação: criação de escolas, mas também envolvimento nas áreas sociais e sanitárias. Na França, a tese de doutoramento de Claude Langlois sobre as congregações femininas do século XIX oferece as primeiras pistas para o estudo da internacionalização do movimento congreganista. Sua análise indica que as congregações se abrem para a esfera internacional, seguindo três modalidades principais: difusão fronteiriça, ação missionária ou criação de congregações internacionais. Em 1880, contudo, apenas vinte por cento das congregações estavam implicadas nessa internacionalização (Langlois, 1984, p. 437). Vinte anos mais tarde, o fenômeno atingiu o mundo congreganista como um todo, no que Cabanel e Durand (2005) denominam "o grande exílio" das congregações, decorrente das medidas anticlericais do início do século XX. Em especial, a proibição de lecionar, imposta às congregações, movimentou uma quantidade de homens, e mulheres principalmente, que partiram, então, para fundar escolas em outros países. Em 1901, foram dispersadas 84 congregações masculinas e 150 femininas e algumas, como a das Damas do Sagrado Coração, recusando qualquer tipo de acordo, abriram estabelecimentos fora da França, de modo a continuarem existindo. Essa congregação dirigia, na época, 43 estabelecimentos na França; o fechamento de suas escolas e pensionatos colocou 2.500 irmãs no caminho do exílio (Paisant, 2008, p. 164). De modo geral, a opção por partir havia sido antes prerrogativa das congregações romanas, não raro internacionais e especializadas no ensino das filhas da burguesia, donde sua influência nas terras em que encontravam abrigo, uma vez que abriam pensionatos para as elites em vários lugares do mundo (Langlois, 2011, p. 119-142).

Tanto para as mulheres como para os homens, no entanto, o fenômeno missionário é bem anterior ao exílio do início do século XX. Mas as mulheres, em que pese seu número significativo, são, não raro, as esquecidas dessa história. Ao dedicar um número especial a "L'autre visage de la mission: les femmes"2 2 . "O outro rosto da missão: as mulheres" (N. T.). (Curtis, 2010b) , a revista Histoire et Missions Chrétiennes traça perspectivas estimulantes para a continuidade de uma história que, desde a década de 1990, vem lutando por um maior reconhecimento. Com efeito, pesquisas existem desde uns bons 20 anos, inauguradas na França em 1990, com o colóquio "Femmes en mission"3 3 . "Mulheres em missão" (N.T.). (Credic, 1991). A cientista política Elisabeth Dufourcq debruçou-se sobre a extensão da implantação das congregações femininas fora da Europa. Em sua tese e num livro mais sintético, Les aventurières de Dieu4 4 . As aventureiras de Deus (N. T.). (Dufourcq, 1993a, 1993b), esboça uma ambiciosa cartografia da "diáspora" das congregações feministas, analisando as diferentes facetas de sua vocação missionária, sua evolução no tempo e as características dessas irmãs viajantes. Calcula ela, em parte baseada em fontes de segunda mão – as quais, decerto, merecem ser verificadas –, que, em 1900, antes das leis anticlericais, 20 mil mulheres pertencentes a 55 congregações femininas se encontravam estabelecidas em 80 países não europeus (Dufourcq, 1993b, t. 2, p. 415).

Na esteira dessas primeiras pesquisas sobre a missão no feminino, estudos monográficos focando uma congregação ou uma área geográfica foram, paulatinamente, revelando o lugar das mulheres numa história largamente escrita no masculino. No número de uma revista, dedicado às missionárias do Oeste, por exemplo, Brigitte Waché (2005) analisa a temporalidade das saídas em missão de cerca de dez congregações femininas da diocese de Le Mans entre 1780 e 1930. Conclui, no entanto, que a proximidade geográfica não parece ser determinante para o impulso missionário, o qual extrapola amplamente o âmbito das congregações especializadas, como as das Irmãs de São Paulo de Chartres ou as de São José de Cluny: "O ambiente [notadamente as vocações familiares], os relatos de missionários, seus testemunhos diretos, a leitura de Annales, Missions catholiques e Semaine du Fidèle, a participação em obras missionárias, decerto contribuíram bem mais para o surgimento de vocações missionárias" (Waché, 2005, p. 43-44). A missão faz parte do imaginário da França pós-revolucionária, imaginário este que influencia tanto mulheres como homens.

Para o nosso objetivo, os estudos sobre a implantação das congregações em terras estrangeiras oferecem mais perspectivas para a construção da história transnacional sugerida. Pistas especialmente fecundas provêm das inúmeras pesquisas voltadas para a congregação de São José de Cluny, a primeira congregação internacional e uma das primeiras a se lançar no trabalho missionário (Cornuel, 2012; Delisle, 1998, 2001; Lecuir-Nemo, 1995, 2001). Ao fundar escolas na Ilha Bourbon (Ilha da Reunião), em 1817; em Goreia e São Luís no Senegal, em 1822; e na Guiana, em 1827, a superiora geral Anne-Marie Javouhey transformou sua congregação numa interlocutora privilegiada das autoridades francesas. A publicação, em quatro volumes, de sua correspondência com as irmãs de sangue e de religião, disponibilizou aos pesquisadores fontes preciosas para a compreensão do impulso missionário, das dificuldades encontradas no local e da forma como eram contornadas (Javouhey, 1994). A leitura dessa correspondência, além de revelar, de fato, toda uma dimensão aventureira, abre perspectivas para o estudo das obras realizadas no local, notadamente a criação de escolas para moças.

Ao colocar a questão da exportação de modelos culturais ancorados no tempo, Philippe Delisle interroga a forma como a ação congreganista evolui no contato com as populações estrangeiras, perspectiva que ele vem desenvolvendo há cerca de dez anos em suas pesquisas sobre o catolicismo na Caraíba, embora não aprofunde a dimensão de gênero desse contato (Delisle, 2001, 2005). Sem ser especialista em educação, refuta a existência de um "modelo bretão de ensino" de exportação, trazido daquela antiga terra do catolicismo. Em contrapartida, conclui a existência de um modelo romano veiculado pelas irmãs. Na sequência dessas análises, Christian Sorrel demonstrou, recentemente, o quanto a referência a Roma representou um elemento de estabilidade no processo de internacionalização das Irmãs de São José de Chambérry, sem que elas deixassem de ser, no entanto, "mensageiras da cultura francesa, pelo menos nos pensionatos abertos às elites não católicas" (Sorrel, 2011, p. 136). As congregações, de fato, trazem consigo um modelo de ensino que vai bem além das aulas de religião, sobretudo quando dirigido às elites.

Se deslocarmos o olhar analítico das congregações para os países de acolhida, mudam as perspectivas. Claude Langlois, em especial, chamou a atenção para a abrangência das iniciativas realizadas na bacia mediterrânea oriental, onde, nos anos 1830 e logo após a Segunda Guerra Mundial, 27 congregações femininas fundaram escolas, desde Túnis até a Palestina (Langlois, 2006). As mais dinâmicas foram, sem dúvida, as irmãs de São José da Aparição que, sob a direção de Emilie de Vialar, fundaram 53 estabelecimentos na África do Norte e no Oriente Médio entre 1835 e 1899. Quais eram os modelos de ensino oferecidos, os currículos escolares e as línguas empregadas para transmitir, em cidades tão diversas como Larnaca (Chipre, 1844) e Amchit (Síria Otomana5 5 . Atual Líbano (N.E.). , 1893)? Incitando os pesquisadores a se interessarem pelos arquivos das congregações missionárias e pelos contextos de instalação, C. Langlois coloca igualmente a questão do papel, ainda amplamente ignorado, das congregações femininas na diplomacia cultural francesa no início do século XX e da forma como sua presença pode ter influenciado as políticas oficiais (Rogers, 2013; Sanchez Summerer, 2010).

Missão civilizatória, história colonial e congregações femininas

Ao se debruçar sobre as sociedades onde se instalaram as congregações educadoras, vários trabalhos recentes se inspiraram em paradigmas da história colonial que pensam a colonização em termos de circulação entre metrópole e colônias. Assim, Pascale Barthélémy (2010, p. 27) incita os especialistas em ensino colonial a apreendê-la "numa dimensão imperial, ou seja, atenta à circulação (dos discursos, dos currículos, dos educadores, as práticas pedagógicas, eventualmente dos alunos, entre regiões do Império, mas também entre regiões colonizadas e metrópole". Por essa perspectiva, desenvolve-se uma história social e cultural que se interessa de perto pelos atores e atrizes religiosos da colonização, por suas realizações e pelo modo como as sociedades reagiram ao imperialismo cultural francês. Ao fazer dialogar a história religiosa com a história colonial, a análise da "missão civilizatória" assume direções que ajudam a compreender a complexidade dos contatos culturais internacionais.

J. P. Daughton, em seu livro An Empire Divided (2006), mostra a que ponto a missão religiosa é parte integrante do projeto colonial republicano francês. Mesmo não estando sua argumentação centrada na dimensão sexuada dessa missão, o autor dedica um capítulo às atividades das irmãs de São José de Cluny, que chegaram à Polinésia em 1864, e mostra como evoluiu a acolhida que receberam, estreitamente ligada ao contexto político. De início, encorajadas pelas autoridades francesas locais, as irmãs abriram escolas com um objetivo claro: criar boas famílias cristãs. Quando os administradores republicanos começaram a suspeitar de que não estivessem promovendo os valores republicanos, foram elas destituídas de suas escolas, vítimas das medidas anticlericais vigentes na metrópole.

O peso do aspecto político na capacidade das irmãs de se implantarem de forma duradoura num país transparece igualmente no livro impressionante que Sarah Curtis dedicou a três superioras gerais "viajantes": Philippine Duchesne (Sagrado Coração), Emilie de Vialar (São José da Aparição) e Anne-Marie Javouhey (São José de Cluny). Tendo desembarcado na Argélia em 1835, Vialar foi expulsa dessa nova colônia francesa alguns anos depois, em razão da queda de braço em que se envolveu com o bispo local. Esse primeiro fracasso não a impediu de expandir sua atuação por toda a bacia mediterrânea, abrindo escolas e pensionatos que iriam marcar de forma duradoura a educação das moças naquelas regiões (Curtis, 2010a). Assim é que pensionatos fundados em Atenas, 1856, e em Pireu, 1859, iriam atrair, na Grécia, as filhas tanto das elites ortodoxas quanto das católicas. Com o advento de Jorge I (1863-1913), porém, surgiu uma hostilidade em relação às irmãs, cujos ensinamentos passaram a ser vistos como uma ameaça à identidade helênica (Kavallierakis, 2008). Tal como no Taiti, as irmãs foram envolvidas em tensões anticlericais que ilustram a que ponto a questão educacional era, muitas vezes, uma questão política de que elas não tinham como esquivar-se. Mas também dentro da Igreja Católica se defrontavam com as relações de gênero e, embora algumas superioras encontrassem na missão um meio de se distanciar das autoridades clericais masculinas, outras precisavam transigir com as exigências dos padres ou irmãos, que não raro as consideravam como suas domésticas. É o que mostra Phyllis Martin (2004) a propósito da Madre Marie-Michelle Dédié (São José de Cluny), cuja margem de manobra dependia estreitamente da boa vontade do bispo espiritano Prosper Augouard e das autoridades francesas de Brazzaville. A interação entre congregações masculinas e femininas certamente merece ser mais estudada: padres brancos e irmãs brancas na África do Norte; jesuítas, irmãs de São José de Lyon e irmãs da Mãe de Deus no Egito, por exemplo.

O contexto é fundamental, como mostra o volume organizado por Owen White e J.P. Daughton (2012) sobre os missionários franceses. Embora possamos lamentar o pouco espaço dedicado às mulheres missionárias, o capítulo nuançado e detalhado de Julia Clancy-Smith sobre as Irmãs de São José da Aparição, na Tunísia, permite perceber de que modo as irmãs se adaptavam às condições locais, inserindo-se no tecido urbano e oferecendo cursos nas línguas de suas alunas (árabe e italiano). Sua aculturação às condições locais e seu sucesso com as famílias nativas e imigradas no período pré-colonial foram as condições de seu êxito após a instauração do Protetorado em 1881 (Clancy-Smith, 2007, 2012).

Minhas próprias pesquisas, por sua vez, assim como as de Sarah Curtis, destacam o quanto é difícil generalizar os resultados da missão, pelo fato de ser o contexto um fator determinante (Curtis, 2010a, 2012; Rogers, 2007, p. 297-332). Uma congregação que, na França, era voltada para a educação religiosa dos pobres, viu-se à frente de pensionatos em terra estrangeira, difundindo uma cultura percebida antes como francesa que como religiosa; outra, originariamente destinada à atividade hospitalar, fora da França adquiriu fama como congregação de ensino. Comparando as atividades de congregações francesas na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Argélia e no Senegal, procurei mostrar como eram postos em prática os currículos escolares em contextos "missionários". O foco é, então, a forma como as escolas congreganistas se adaptam a populações bastante diversas, alterando a natureza do projeto e das práticas pedagógicas. No Senegal, as Irmãs de São José de Cluny procuravam, inicialmente, reformar as famílias locais, mas, ao tirarem as moças do seio de suas famílias, tornavam-nas inaceitáveis como esposas nas sociedades autóctones. As educadoras francesas se viram, com isso, forçadas a redirecionar seus esforços para as populações europeias ou para as famílias mestiças. O fracasso em "civilizar" mulheres senegalesas ilustra o caráter ambivalente do discurso colonial. Tornar essas mulheres parecidas com as francesas era algo ilusório, se considerarmos as resistências de classe, de "raça" e de gênero. O recente livro de Elizabeth Foster (2013) dá continuidade a esse questionamento sobre o desenvolvimento do projeto civilizatório no Senegal nos anos 1880-1940, com base nos arquivos das Irmãs Azuis de Castres.

No mundo ocidental, as ambições das irmãs francesas assumiram outras formas e revelam uma dimensão nacional da obra no processo civilizatório. A educação "à francesa", prestigiada nos Estados Unidos e na Inglaterra, possui claras conotações de classe. Mais interessante para nossos propósitos é o que acontecia a longo prazo, quando uma congregação francesa se estabelecia e se desenvolvia nesses países protestantes. Nesse ponto, as teses divergem, em função da congregação e do país estudado, o que, mais uma vez, ilustra a dificuldade de generalizar. Na Inglaterra, Susan O'Brien (1997) estudou a expansão das congregações religiosas (notadamente a das Fiéis Companheiras de Jesus, a do Sagrado Coração e a das Filhas da Caridade) e mostrou a persistência do "caráter francês" na vida dessas congregações, a despeito de sua adaptação aos costumes locais e do recrutamento de religiosas inglesas. Ao se estabelecerem no Novo Mundo, as congregações vivenciaram tensões diversas, que se resolveram de diferentes maneiras. Algumas "se americanizaram", de fato, mediante um afrouxamento das hierarquias sociais que, na França, possuem um papel tão importante: as categorias eram bem menos rígidas entre as alunas, mais contatos eram permitidos entre as religiosas e a comunidade externa, sendo também abolida, quando existente, a distinção entre a irmã laica, encarregada dos trabalhos domésticos, e a irmã de coro. Algumas congregações, como a Visitação, investiram no ensino superior na América do Norte. Entre as Irmãs de São José, tais formas de adaptação resultaram num rompimento oficial com a matriz francesa (Byrne, 1986). Outras congregações, em especial a do Sagrado Coração, embora tivessem americanizado seu recrutamento, apegaram-se às tradições francesas e evoluíram numa direção que passou a distinguir, cada vez mais, suas instituições das outras academias norte-americanas, protestantes ou católicas. Apesar da inevitável adaptação aos costumes da sociedade norte-americana, as religiosas francesas introduziram uma organização do cotidiano e uma visão educacional percebidas não apenas como católicas, mas como especificamente francesas (Rogers, 2007, p. 323-332). Tais conclusões suscitam o desejo de saber mais sobre os objetivos das congregações que se lançaram na aventura missionária e sobre a forma como esses objetivos se modificaram no local, em função do recrutamento de irmãs autóctones e do contexto religioso. Tais questões são abordadas pelas pesquisas de Elizabeth Smyth (2003) acerca das congregações no Canadá e pelos historiadores que trabalham com o Oriente Médio, onde é significativa a diversidade de identidades nacionais e religiosas.

Gênero e modelos educativos: orientações para uma história transnacional

O recente interesse pela história global, transnacional ou conectada constitui um forte estímulo para pensar num projeto de pesquisa sobre as irmãs viajantes que tome em consideração o contexto de partida, a natureza dos vínculos com a matriz francesa e as adaptações em terra estrangeira. Este ângulo de abordagem, que deve, necessariamente, levar em conta contextos políticos e religiosos específicos, permite fazer dialogar diferentes comunidades de historiadores interessados no espaço ocupado pelas mulheres e pelo gênero no desenvolvimento de escolas e redes escolares em países de tradições educativas e políticas bastante diversas. Serão, aqui, pesquisas essencialmente francófonas, voltadas para a presença das congregações francesas na América Latina, em especial no Brasil. Com efeito, embora seja bem mais copiosa a historiografia referente à ação missionária na África, nas antigas colônias francesas e na Oceania, os países independentes da América Latina foram destinos preferenciais das congregações femininas, notadamente nas décadas de transição para o século XX. Sobre a presença congreganista francesa fora da Europa em 1900, Elisabeth Dufourcq fornece os seguintes números: 40,6% se encontram na América do Norte; 22,8% na América do Sul; 13,9% na Ásia; 15,7% na África do Norte e no Levante; 4% na Oceania; 3% na África subsaariana (Dufourcq, 1993b, p. 421). Esclarece Patrick Cabanel (2008, p. 20), a esse respeito, que o Brasil foi "a verdadeira coqueluche distante" das congregações francesas; o número de religiosas no Brasil passou de 286, em 1872, para 2.944 (sendo 1.181 estrangeiras) em 1920.

As historiadoras e as sociólogas brasileiras estudam há alguns anos essas congregações imigradas, examinando o papel que elas assumem na educação brasileira e a natureza da cultura escolar que desenvolvem (Bittencourt; Leonardi, 2011; Da Cruz Colombo, 2006; Xavier de Brito, 2005, 2010). Tais pesquisas avaliam a importância da contribuição das congregações francesas para o desenvolvimento da educação feminina no Brasil, com base em estudos tanto macro como micro, pesquisas em arquivos e entrevistas. Algumas congregações marcaram mais especialmente o sistema escolar brasileiro, ao dirigirem pensionatos destinados às elites femininas: as Irmãs de São José de Chambéry, que chegaram ao Brasil em 1858 e fundaram o Colégio Nossa Senhora do Patrocínio, em Itu, no estado de São Paulo (Trésal, 1929; Bouchage, 1936); as Irmãs Dominicanas do Santo Rosário, que fundaram um colégio em Uberaba, no interior de Minas Gerais, em 1885; as de Nossa Senhora de Sion, que chegaram em 1888; as Irmãs dos Santos Anjos, por volta de 1893; e, por fim, as Damas do Sagrado Coração, em 1903. São menos conhecidas, porém, as transformações operadas, quando uma congregação se instalou numa região a longo prazo; a forma como os objetivos religiosos e pedagógicos evoluíram com o recrutamento e a formação de irmãs não francesas; e o impacto que tais implantações estrangeiras tiveram, por sua vez, sobre a matriz francesa.

A recente publicação de antologias de textos missionários e coletâneas de correspondência por pesquisadores do Groupe de Recherches sur l'Écriture Missionnaire6 6 . Grupo de Pesquisa sobre a Escrita Missionária (N.T.). (GRIEM), criado em 2001, fornece pistas para uma melhor compreensão da circulação de pessoas e ideias pedagógicas. Do ponto de vista metodológico, o grupo, tal como o CREDIS7 7 . Collectif Régional pour le Développement des Initiatives Solidaires, sediado em Auvergne, na França (N.T.). , reflete sobre as especificidades dessa escrita e das formas de explorá-la (Paisant, 2005). No Chile, historiadores iniciaram, recentemente, pesquisas similares, explorando a riqueza dos arquivos das Irmãs de Picpus e das memórias de Cléonisse Cormier, que redigiu semanalmente um diário, descrevendo sua chegada a Santiago e, em seguida, a Valparaíso, nos anos 1840 (González Errázuriz, 2003; La Taille, 2012a, 2012b; Serrano, 2000). A antologia organizada por Chantal Paisant (2009) sobre a missão no feminino reproduz longos trechos do diário de Cléonisse Cormier, que se encerra em setembro de 1843, assim como exemplos de sua correspondência com a matriz e prospectos dos estabelecimentos escolares de Valparaíso. Tais fontes permitem estudar em detalhe a reação das francesas no momento de sua chegada, a forma como atraíam sua clientela e a natureza do currículo escolar que estabeleciam. Ali e em outros lugares as Irmãs de Picpus abriram, simultaneamente, uma escola gratuita e estabelecimentos para famílias mais abastadas. De maneira muito interessante, criaram dois colégios: o primeiro oferecia aulas de catecismo, história sagrada, história da Igreja, leitura, escrita, aritmética, álgebra, gramática castelhana, gramática francesa, história antiga e moderna, geografia, cosmografia, mitologia, estilo epistolar, resumos, retórica, sem esquecer da costura. O segundo colégio, mais barato, "para dar às famílias de muitos filhos a possibilidade de mandar instruir suas meninas" (Paisant, 2009, p. 477-568), propunha um programa de ensino mais reduzido, embora de cunho pós-primário: catecismo, história sagrada, leitura, escrita, aritmética, gramática castelhana, gramática francesa, geografia, estilo epistolar. A análise das nuanças em matéria de origem social e objetivos escolares, relativas às populações chilenas, merecem ser aprofundadas, na esteira das pesquisas empreendidas por Francisco Javier González Errázuriz (2003).

A publicação de antologias de fontes primárias (acompanhadas de análises de especialistas) é uma iniciativa a ser aplaudida e amplamente explorada, de modo a que esses escritos contribuam para uma melhor compreensão da natureza das vocações missionárias e das dificuldades com que se deparam as realizações locais. No que se refere à história das mulheres e do gênero, essas fontes disponibilizadas pela comunidade dos pesquisadores permitem perceber as relações de gênero vigentes no momento em que as irmãs chegavam à terra estrangeira e precisavam buscar alianças para divulgar seu trabalho e nele ser bem-sucedidas. As correspondências, os diários e os anais, que constituem o essencial das fontes publicadas, revelam mulheres de extraordinária ousadia, como já mostrado por Yvonne Turin (1989) há mais de 20 anos. A abordagem biográfica, privilegiada por trabalhos recentes, afasta-se da esfera hagiográfica, para inserir essas mulheres numa história religiosa que poderíamos qualificar de transnacional. Entre as personalidades mais estudadas, encontramos figuras como Anne-Marie Javouhey, Emilie de Vialar ou Philippine Duchesne, que foi converter os indígenas do Meio-Oeste americano (Curtis, 2010a; Lecuir-Nemo, 2001; Paisant, 2011). Outras mulheres, menos conhecidas, também começam a se tornar objeto de estudos mais críticos: Cléonisse Cormier (Picpus) no Chile, irmã Isabelle Mation (São José de Cluny) em Mana8 8 . Comuna da Guiana Francesa (N.T.). , ou Anna du Rousier (Sagrado Coração) nos Estados Unidos e, mais tarde, no Chile, onde seria chamada a fundar Escolas Normais (Cornuel, 2009; La Taille, 2012a, 2012b; Paisant, 2009). Ao explorarem arquivos até o momento pouco utilizados, essas abordagens biográficas nos fazem descobrir mulheres cuja visão e carisma marcaram os estabelecimentos que dirigiam, e eram capazes de alterar suas orientações no contato com as sociedades estrangeiras. As congregações femininas souberam, de fato, se adaptar, como preconizava a Madre Galitzine durante uma viagem de inspeção às escolas norte-americanas das Damas do Sagrado Coração nos anos 1840:

Mas tudo isso que dizemos e fazemos em prol do bom êxito das obras e do bem da Sociedade deve variar segundo as circunstâncias, as épocas, os lugares e as pessoas; o que num momento convém, no outro deixa de convir; da flexibilidade de espírito e do tato na escolha dos meios é que vêm os bons resultados9 9 . Arquivos do Sagrado Coração (Roma), CIII, USA early history, box 4. "Anotação para a Superiora apenas" (c. 1840-43), "Anotações da Madre Galitzine sobre a América". .

As cartas do exílio, organizadas por Patrick Cabanel (2008), também revelam mulheres determinadas e estrategistas, quando chegavam a locais onde já estavam estabelecidas outras congregações. Assim, no Brasil, as Damas do Sagrado Coração contavam com a rede de antigas alunas, que as introduziram ao núncio apostólico, Giulio Tonti, para se estabelecerem na Tijuca, no Rio de Janeiro. Escreveu Emilie Crèvecoeur em 24 de outubro de 1904:

Poderemos implantar nossas estimadas obras de caridade sem causar nenhum incômodo, uma vez que, se lá formos, nossa casa religiosa será a primeira a se instalar. Encontraremos meios de exercer nosso zelo em civilizar, reformar, levar a ideia de vida cristã para esse povo instintivamente religioso de brancos e negrinhos (Carreel, 2008, p. 300).

Procuravam respeitar suas predecessoras: "Inspiramos muito receio às Damas de Sion, que estão aborrecidas com a condessa de Barros por nos ter convidado", informa um relatório de 17 de julho de 1904, enviado à Superiora Geral (Carreel, 2008, p. 296). As cartas das religiosas descrevem igualmente a violência das relações sociais locais, como mostra a correspondência, publicada sob o título "Páginas íntimas", das religiosas do Santíssimo Sacramento, que chegam ao Brasil em 1903 e quatro anos depois fundam um noviciado na Bahia (Cabanel, 2008, p. 367-503).

Essas fontes nos fazem mergulhar num passado em que as congregações de irmãs educadoras cumpriam um papel essencial na educação das moças, tanto pobres como abastadas, em momentos em que, na França, sua influência era fortemente contestada. Sua capacidade de adaptação em terra estrangeira seria uma das condições de sua sobrevivência, ou mesmo de sua expansão, no século XX. Embora o trabalho de Claude Langlois tenha permitido compreender o fenômeno congreganista do século XIX, tanto pelo ângulo da história religiosa quanto da história das mulheres, ainda há muito por fazer, para compreender como se exportou o modelo congreganista francês, modificando as relações sociais nos países onde ele se implantava e atuando em prol de uma cultura francesa no seio das elites femininas, e não somente em territórios coloniais. Como é que "frágeis mulheres" chegaram a países onde se falava uma língua estrangeira e fundaram escolas que posteriormente se tornaram instituições de prestígio? Como se organizaram para preservar seu carisma inicial ou adaptá-lo em função do contexto? Como negociaram suas relações com o Estado francês e os Estados de acolhida? Que impacto tiveram sobre o desenvolvimento de estabelecimentos femininos e, in fine, sobre as relações de gênero em país missionário? Tais perguntas em torno das irmãs "viajantes" esboçam, para o futuro, projetos de pesquisas estimulantes – e já parcialmente iniciadas – que permitam compreender os recursos dessa diplomacia cultural aclamada pelo embaixador Couty, quando concedeu a Legião de Honra à Madre Voiron em 1918. Se as mulheres brasileiras educadas pelas Irmãs de São José de Chambéry, de fato, contiveram a influência germanófila dos congreganistas beneditinos no Brasil, o historiador gostaria de saber mais sobre as modalidades de ação a longo prazo e de estratégia dessas irmãs. Responder a essas perguntas exige, sem dúvida, a capacidade de situar as congregações numa abordagem transnacional, cujos contornos e métodos ainda se encontram em construção.

Referências bibliográficas

BARTHÉLÉMY, Pascale. L'Enseignement français dans l'empire colonial français: une vieille histoire? Histoire de l'education, Paris, n. 128, p. 5-28, 2010/4.

BITTENCOURT, Agueda B.; LEONARDI, Paula. Le catholicisme: la place des congrégations religieuses dans l'éducation brésilienne. In: HEYMANN, Catherine (Org.). Pérégrinations d'un intellectuel latino-américain. Toulouse: Méridiennes, 2011. p. 193-203.

BOUCHAGE, Léon. Chroniques de la Congrégation des sœurs de Saint-Joseph de Chambéry: sous la protection de l'Immaculée Mère de Dieu. v. 2. Livre XII. La mission et la Province brésiliennes. Annecy: Impr. Savoyarde, 1936.

BRUNO-JOFRÉ, Rosa (Ed.). Special issue: Catholic Teaching Congregations and Synthetic Configurations: Building Identity through Pedagogy and Spirituality across National Boundaries and Cultures. Paedagogica Historica, v. 49, n. 4, p. 447-453, Aug. 2013.

BYRNE, Patricia. Sisters of Saint-Joseph: Americanization of a French Tradition. U.S. Catholic Historian, Washington, DC, v. 5, n. 3-4, p. 241-272, Summer/Fall 1986.

CABANEL, Patrick. Lettres d'exil, 1901-1909. Les congrégations françaises dans le monde après les lois laïques de 1901 et 1904. Turnhout, Bélgica: Brepols, 2008. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).

CABANEL, Patrick; DURAND, Jean-Dominique (Ed.). Le grand exil des congrégations religieuses françaises : 1901-1914. In : COLLOQUE INTERNATIONAL DE LYON, UNIVERSITE JEAN-MOULIN LYON, 12-13 juin 2003, Université Jean-Moulin Lyon III. Actes du colloque international de Lyon. Paris: Cerf, 2005.

CARREEL, Marie-France. Une Dispersion mondiale, la Société du Sacré-Cœur. In: CABANEL, Patrick (Ed.). Lettres d'exil, 1901-1909. Les congrégations françaises dans le monde après les lois laïques de 1901 et 1904. Turnhout, Bégica: Brepols, 2008. p. 243-366. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).

CLANCY-SMITH, Julia. L'éducation des jeunes filles musulmanes en Tunisie: missionnaires religieux et laïques. In: ROCHEFORT, Florence (Ed.). Le pouvoir du genre, Laïcités et religions, 1905-2005. Toulouse: Presses Universitaires du Mirail, 2007. p. 127-143.

CLANCY-SMITH, Julia. Muslim Princes, Female Missionaries, and Trans-Mediterranean Migrations: the Sœurs de Saint-Joseph de l'Apparition in Tunisia, c. 1840-1881. In: WHITE, Owen; DAUGHTON, James P. (Ed.). In God's Empire: French Missionaries and the Modern World. Oxford: Oxford University Press, 2012. p. 109-128.

CORNUEL, Pascale. Le vertige d'une succession: sœur Isabelle Mation, gardienne du Mana de mère Javouhey (1843-1867). In: PAISANT, Chantal. La mission au féminin. Turnhout, Bégica: Brepols, 2009. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).

CORNUEL, Pascale. Une utopie chrétienne - Mère Javouhey (1779-1851), fondatrice de Mana, Guyane française. Tese (Doutorado em História)–Université de Lyon II, Lyon, France, 2012.

CREDIC. Femmes en mission. Sessions Actes de la XIe session du CREDIC à Saint-Flour (août 1990). Lyon: Éditions d'Art et d'histoire Lyonnaises, 1991.

CURTIS, Sarah. Charity Begins Abroad: The Filles de la Charité in the Ottoman Empire. In: WHITE, Owen; DAUGHTON, James P. (Ed.). In God's Empire: French Missionaries and the Modern World. Oxford: Oxford University Press, 2012. p. 89-107.

CURTIS, Sarah. Civilizing Habits: Women Missionaries and the Revival of French Empire. Oxford: Oxford University Press, 2010a.

CURTIS, Sarah. L'autre visage de la mission: les femmes: À la découverte de la femme missionnaire. Histoire et missions chrétiennes, Paris, n. 16, p. 5-18, déc. 2010b.

DA CRUZ COLOMBO, Maria Alzira. La venue des congrégations religieuses françaises au Brésil à la fin du XIXe siècle et au début du XXe siècle. Chrétiens et sociétés, XVIe-XXe siècles, Lyon, n.13, p. 117-132, 2006.

DAUGHTON, James P. An Empire Divided. Religion, Republicanism, and the Making of French Colonialism. Oxford; New York: Oxford University Press, 2006.

DELISLE, Philippe. Colonisation, christianisation et émancipation. Les sœurs de Saint-Joseph de Cluny à Mana (Guyane française). 1828-1846. Revue française d'histoire d'outre-mer, Paris, v. 85, n. 320, p. 7-32, 1998.

DELISLE, Philippe. Congrégations enseignantes et missions extérieures. L'exemple des Frères de Ploërmel et des Sœurs de Saint-Joseph de Cluny aux Antilles françaises (XIXe siècle). Mémoire spiritaine, Paris, n. 13, p. 55-56, premier semestre 2001.

DELISLE, Philippe. L'exportation d'un "modèle d'enseignement breton"? Les Frères de Ploërmel et les Filles de la Sagesse en Haïti (1864-1934), Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, Rennes, n. 112-2, p. 45-56, 2005.

DOUKI, Caroline; MINARD, Philippe. Introduction à "Histoire globale, histoires connectées: un changement d'échelle historiographique?". Revue d'histoire moderne et contemporaine, Paris, n. 54-5, p. 7-21, 2007.

DUFOURCQ, Elisabeth. Les aventurières de Dieu. Trois siècles d'histoire missionnaire française. Paris: Éditions Jean-Claude Lattès, 1993a.

DUFOURCQ, Elisabeth. Les congrégations religieuses féminines hors d'Europe de Richelieu à nos jours. Histoire naturelle d'une diaspora. Paris: Librairie de l'Inde, 1993b. 4 v.

ESPAGNE, Michel. Les transferts culturels franco-allemands. Paris: PUF, 1999.

FOSTER, Elizabeth. Faith in Empire: Religion, Politics, and Colonial Rule in French Senegal, 1880-1940. Stanford: Stanford University Press, 2013.

FRANÇA. Archives nationales, LH/2736/56, Dossier Voiron. Disponível em: http://www.culture.gouv.fr/public/mistral/leonore_fr.

GONZALEZ ERRAZURIZ, Francisco Javier. Aquellos años franceses. 1870-1900. Chile en la huella de Paris. Santiago do Chile: Taurus, 2003.

JAVOUHEY, Anne-Marie. Anne-Marie Javouhey. Fondatrice de la congrégation des sœurs de Saint-Joseph de Cluny. Lettres. Paris: Cerf, 1994. 4 v.

KAVALLIERAKIS, Stéphanos. Éducation et écoles étrangères en Grèce au XIXe siècle. Le cas des écoles des sœurs de St Joseph de l'Apparition 1856-1893. Tese (Doutorado em Estudos Mediterrâneos e Orientais)–Université Marc Bloch, Strasbourg, France, 2008.

LANGLOIS, Claude. Catholicisme, religieuses et société. Le temps des bonnes sœurs. Paris: Desclée de Brouwer, 2011.

LANGLOIS, Claude. Le catholicisme au féminin. Les congrégations françaises à supérieure générale au XIXe siècle. Paris: Les Editions du Cerf, 1984.

LANGLOIS, Claude. L'offre scolaire des congrégations féminines françaises dans le bassin méditerranéen oriental. In: CABANEL, Patrick (Ed.). Une France en Méditerranée. Ecole, langue et culture françaises, XIXe-XXe siècles. Paris: Créaphis, 2006. p. 207-224.

LA TAILLE, Alexandrine de. Ana du Rousier. Le legs sur Trois Continents d'une religieuse du Sacré-Cœur. In: COVA, Anne; DUMONS, Bruno (Ed.). Femmes, genre et catholicisme ? Nouvelles recherches, nouveaux objets (France, XIXe-XXe siècles). Lyon: RESEA, 2012a. p. 163-180. (Coleção Chrétiens et société, v. 17).

LA TAILLE, Alexandrine de. Educar a la francesa: Anna du Rousier y el impacto del Sagrado Corazón en la mujer chilena (1806-1880). Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2012b.

LECUIR-NEMO, Geneviève. Anne-Marie Javouhey, Fondatrice de la congrégation des soeurs de Saint-Joseph de Cluny (1779-1851). Paris: Karthala, 2001.

LECUIR-NEMO, Geneviève. Femmes et vocation missionnaire. Permanence des congrégations féminines au Sénégal de 1819 à 1960: adaptation ou mutation ? Impact et insertion. Tese (Doutorado em História)–Université Paris I, Paris, France, 1995.

MARTIN, Phyllis M. Celebrating the ordinary: Church, Empire and Gender in the Life of Mère Marie-Michelle Déie (Senegal and Congo, 1882-1931). Gender and History, Oxford, v. 16, n. 2, p. 261-317, Aug. 2004.

PAISANT, Chantal. Des lettres aux Annales. Les avatars littéraires du temporel dans les écrits des religieuses missionnaires (fin 19e-début 20e siècle). In: PIROTTE, Jean (Ed.). Les conditions matérielles de la mission - Contrainte, dépassement et imaginaires, XVIIe-XXe siècles: Actes du colloque conjoint du CREDIS, de l'AFOM et du Centre Vincent Lebbe, Belley, Ain, du 31 août au 3 septembre 2004. Paris: Karthala, 2005. p. 429-452.

PAISANT, Chantal (Ed.). La mission au féminin. Turnhout, Bélgica: Brepols, 2009. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).

PAISANT, Chantal (Ed.). Philippine Duchesne et ses compagnes. Les années pionnières, 1818-1823. Lettres et journaux des premières missionnaires du Sacré-Cœur aux Etats-Unis. Paris: Cerf, 2011.

PAISANT, Chantal. Quand résister c'est faire le choix du départ. La Société du Sacré-Cœur. In: CABANEL, Patrick (Ed.). Lettres d'exil, 1901-1909. Les congrégations françaises dans le monde après les lois laïques de 1901 et 1904. Turnhout: Brepols, 2008. p. 163-241. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).

O'BRIEN, Susan. French Nuns in Nineteenth-century England. Past and Present, Oxford, n. 154, p. 142-180, 1997.

ROGERS, Rebecca. Genre, mission et colonisation. In: BORNE, Dominique; FALAIZE, Benoît (Ed.). Religions et colonisation. Afrique-Asie-Océanie-Amériques (XVIe-XXe siècles). Paris: L'Atelier, 2009. p. 93-100.

ROGERS, Rebecca. Le Catholicisme au féminin. Thirty Years of Women's History. Historical Reflections, New York, v. 39, n. 1, p. 82-100, Spring 2013.

ROGERS, Rebecca. Les bourgeoises au pensionnat. L'éducation féminine en France au XIXe siècle. Traduit de l'américain par Céline Grasser. Rennes: Presses universitaires de Rennes, 2007. Original em inglês de 2005.

ROGERS, Rebecca. Questioning national models: the history of women teachers in comparative perspective. In: INTERNATIONAL FEDERATION FOR RESEARCH IN WOMEN'S HISTORY CONFERENCE, julho de 2005, Sydney. Disponível em: http://www.historians.ie/women/rogers.PDF.

ROGERS, Rebecca; THÉBAUD, Françoise. Relectures. Clio. Histoire, femmes et société. Toulouse, n. 32, p. 7-16, 2010.

SANCHEZ-SUMMERER, Karène. "Ouvrir les trésors de la charité aux enfants dévoyés d'Abraham". L'action educative des sœurs de Sion en Palestine ottomane et mandataire (1860-1948). In: BOCQUET, Jérôme (Ed.). L'Enseignement français en Méditerranée. Les missionnaires et l'Alliance israélite universelle. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2010. p. 207-238.

SAUNIER, Pierre-Yves. Transnational History. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2013.

SERRANO, Sol; LA TAILLE, Alexandrine (Ed.). Vírgenes viajeras: diarios de religiosas en su ruta a Chile, 1837-1874. Tradução de Estela Lorca. Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2000. (Série Lecturas Escogidas).

SMYTH, Elisabeth. French Women Religious on the Canadian Frontier: A Case Study of Two Nineteenth Century Convent Academies of the Sisters of St Joseph (Toronto) and the Religious of the Sacred Heart of Jesus (London). In: LEJEUNE, F. (Ed.). Legacy and Contribution to Canada of European Female Emigrants. Geneva: Peter Lang, 2003. p. 155-174.

SORREL, Christian. Romanisation et expansion internationale: Les Sœurs de Saint-Joseph de Chambéry de 1843 a 1914. Schweizerische Zeitchrift für Religions und Kulturgeschichte, Freiburg, n. 105, p. 117-139, 2011.

TRESAL, J. Les Sœurs de Saint-Joseph de Moûtiers en France et au Brésil (1828-1928). Paris: Lecoffre, 1929.

TURIN, Yvonne. Femmes et Religieuses au XIXe siècle. Le féminisme "en religion". Paris: Nouvelle Cité, 1989.

WACHE, Brigitte. Religieuses missionnaires issues du diocèse du Mans de la veille de la Révolution à la Seconde Guerre Mondiale. Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, Rennes, v. 112, n. 2, p. 31-56, 2005.

WHITE, Owen; DAUGHTON, James P. (Ed.). In God's Empire: French Missionaries and the Modern World. Oxford: Oxford University Press, 2012.

XAVIER DE BRITO, Angela. Le solde est positif. Culture scolaire catholique et socialisation des élites féminines au Brésil, 1920-1970. Éducation et Sociétés, Bruxelas, n. 15, p. 153-167, avril-juin 2005/1.

XAVIER DE BRITO, Angela. L'influence française dans la socialisation des élites féminines brésiliennes. Le collège Notre Dame de Sion à Rio de Janeiro. Paris: L'Harmattan, 2010.

  • BARTHÉLÉMY, Pascale. L'Enseignement français dans l'empire colonial français: une vieille histoire? Histoire de l'education, Paris, n. 128, p. 5-28, 2010/4.
  • BITTENCOURT, Agueda B.; LEONARDI, Paula. Le catholicisme: la place des congrégations religieuses dans l'éducation brésilienne. In: HEYMANN, Catherine (Org.). Pérégrinations d'un intellectuel latino-américain Toulouse: Méridiennes, 2011. p. 193-203.
  • BRUNO-JOFRÉ, Rosa (Ed.). Special issue: Catholic Teaching Congregations and Synthetic Configurations: Building Identity through Pedagogy and Spirituality across National Boundaries and Cultures. Paedagogica Historica, v. 49, n. 4, p. 447-453, Aug. 2013.
  • BYRNE, Patricia. Sisters of Saint-Joseph: Americanization of a French Tradition. U.S. Catholic Historian, Washington, DC, v. 5, n. 3-4, p. 241-272, Summer/Fall 1986.
  • CABANEL, Patrick. Lettres d'exil, 1901-1909. Les congrégations françaises dans le monde après les lois laïques de 1901 et 1904 Turnhout, Bélgica: Brepols,  2008. (Coleção Anthologie de textes missionnaires).
  • CABANEL, Patrick; DURAND, Jean-Dominique (Ed.). Le grand exil des congrégations religieuses françaises : 1901-1914. In : COLLOQUE INTERNATIONAL DE LYON, UNIVERSITE JEAN-MOULIN LYON, 12-13 juin 2003, Université Jean-Moulin Lyon III.  Actes du colloque international de Lyon  Paris: Cerf, 2005.
  • CLANCY-SMITH, Julia. L'éducation des jeunes filles musulmanes en Tunisie: missionnaires religieux et laïques. In: ROCHEFORT, Florence (Ed.). Le pouvoir du genre, Laïcités et religions, 1905-2005 Toulouse: Presses Universitaires du Mirail, 2007. p. 127-143.
  • CORNUEL, Pascale. Une utopie chrétienne - Mère Javouhey (1779-1851), fondatrice de Mana, Guyane française. Tese (Doutorado em História)Université de Lyon II, Lyon, France, 2012.
  • CREDIC. Femmes en mission Sessions Actes de la XIe session du CREDIC à Saint-Flour (août 1990). Lyon: Éditions d'Art et d'histoire Lyonnaises, 1991.
  • CURTIS, Sarah. Charity Begins Abroad: The Filles de la Charité in the Ottoman Empire. In: WHITE, Owen; DAUGHTON, James P. (Ed.). In God's Empire: French Missionaries and the Modern World. Oxford: Oxford University Press, 2012. p. 89-107.
  • CURTIS, Sarah. Civilizing Habits: Women Missionaries and the Revival of French Empire. Oxford: Oxford University Press, 2010a.
  • CURTIS, Sarah. L'autre visage de la mission: les femmes: À la découverte de la femme missionnaire. Histoire et missions chrétiennes, Paris, n. 16, p. 5-18, déc. 2010b.
  • DA CRUZ COLOMBO, Maria Alzira. La venue des congrégations religieuses françaises au Brésil à la fin du XIXe siècle et au début du XXe siècle. Chrétiens et sociétés, XVIe-XXe siècles, Lyon, n.13, p. 117-132, 2006.
  • DAUGHTON, James P. An Empire Divided. Religion, Republicanism, and the Making of French Colonialism Oxford; New York: Oxford University Press, 2006.
  • DELISLE, Philippe. L'exportation d'un "modèle d'enseignement breton"? Les Frères de Ploërmel et les Filles de la Sagesse en Haïti (1864-1934), Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, Rennes, n. 112-2, p. 45-56, 2005.
  • DOUKI, Caroline; MINARD, Philippe. Introduction à "Histoire globale, histoires connectées: un changement d'échelle historiographique?". Revue d'histoire moderne et contemporaine, Paris, n. 54-5, p. 7-21, 2007.
  • DUFOURCQ, Elisabeth. Les aventurières de Dieu. Trois siècles d'histoire missionnaire française Paris: Éditions Jean-Claude Lattès, 1993a.
  • DUFOURCQ, Elisabeth. Les congrégations religieuses féminines hors d'Europe de Richelieu à nos jours. Histoire naturelle d'une diaspora Paris: Librairie de l'Inde, 1993b. 4 v.
  • ESPAGNE, Michel. Les transferts culturels franco-allemands Paris: PUF, 1999.
  • FOSTER, Elizabeth. Faith in Empire: Religion, Politics, and Colonial Rule in French Senegal, 1880-1940. Stanford: Stanford University Press, 2013.
  • FRANÇA. Archives nationales, LH/2736/56, Dossier Voiron. Disponível em: http://www.culture.gouv.fr/public/mistral/leonore_fr
  • GONZALEZ ERRAZURIZ, Francisco Javier. Aquellos años franceses 1870-1900. Chile en la huella de Paris. Santiago do Chile: Taurus, 2003.
  • LANGLOIS, Claude. Le catholicisme au féminin. Les congrégations françaises à supérieure générale au XIXe siècle Paris: Les Editions du Cerf, 1984.
  • LANGLOIS, Claude. L'offre scolaire des congrégations féminines françaises dans le bassin méditerranéen oriental. In: CABANEL, Patrick (Ed.). Une France en Méditerranée. Ecole, langue et culture françaises, XIXe-XXe siècles Paris: Créaphis, 2006. p. 207-224.
  • LA TAILLE, Alexandrine de. Educar a la francesa: Anna du Rousier y el impacto del Sagrado Corazón en la mujer chilena (1806-1880). Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2012b.
  • LECUIR-NEMO, Geneviève. Anne-Marie Javouhey, Fondatrice de la congrégation des soeurs de Saint-Joseph de Cluny (1779-1851) Paris: Karthala, 2001.
  • LECUIR-NEMO, Geneviève. Femmes et vocation missionnaire. Permanence des congrégations féminines au Sénégal de 1819 à 1960: adaptation ou mutation ? Impact et insertion Tese (Doutorado em História)Université Paris I, Paris, France, 1995.
  • MARTIN, Phyllis M. Celebrating the ordinary: Church, Empire and Gender in the Life of Mère Marie-Michelle Déie (Senegal and Congo, 1882-1931). Gender and History, Oxford, v. 16, n. 2, p. 261-317, Aug. 2004.
  • PAISANT, Chantal. Des lettres aux Annales. Les avatars littéraires du temporel dans les écrits des religieuses missionnaires (fin 19e-début 20e siècle). In: PIROTTE, Jean (Ed.). Les conditions matérielles de la mission - Contrainte, dépassement et  imaginaires, XVIIe-XXe siècles: Actes du colloque conjoint du CREDIS, de l'AFOM et du Centre Vincent Lebbe, Belley, Ain, du 31 août au 3 septembre 2004.  Paris: Karthala, 2005.  p. 429-452.
  • PAISANT, Chantal (Ed.). La mission au féminin Turnhout, Bélgica: Brepols, 2009. (Coleção  Anthologie de textes missionnaires).
  • O'BRIEN, Susan. French Nuns in Nineteenth-century England. Past and Present, Oxford, n. 154, p. 142-180, 1997.
  • ROGERS, Rebecca. Genre, mission et colonisation. In: BORNE, Dominique; FALAIZE, Benoît (Ed.). Religions et colonisation. Afrique-Asie-Océanie-Amériques (XVIe-XXe siècles) Paris: L'Atelier, 2009. p. 93-100.
  • ROGERS, Rebecca. Le Catholicisme au féminin. Thirty Years of Women's History. Historical Reflections, New York, v. 39, n. 1, p. 82-100, Spring 2013.
  • ROGERS, Rebecca. Les bourgeoises au pensionnat. L'éducation féminine en France au XIXe siècle Traduit de l'américain par Céline Grasser. Rennes: Presses universitaires de Rennes, 2007. Original em inglês de 2005.
  • ROGERS, Rebecca. Questioning national models: the history of women teachers in comparative perspective. In: INTERNATIONAL FEDERATION FOR RESEARCH IN WOMEN'S HISTORY CONFERENCE, julho de 2005, Sydney. Disponível em: http://www.historians.ie/women/rogers.PDF
  • ROGERS, Rebecca; THÉBAUD, Françoise. Relectures. Clio. Histoire, femmes et société Toulouse, n. 32, p. 7-16, 2010.
  • SAUNIER, Pierre-Yves. Transnational History Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2013.
  • SERRANO, Sol; LA TAILLE, Alexandrine (Ed.).  Vírgenes viajeras: diarios de religiosas en su ruta a Chile, 1837-1874. Tradução de Estela Lorca. Santiago: Ediciones Universidad Católica de Chile, 2000. (Série Lecturas Escogidas).
  • SMYTH, Elisabeth. French Women Religious on the Canadian Frontier: A Case Study of Two Nineteenth Century Convent Academies of the Sisters of St Joseph (Toronto) and the Religious of the Sacred Heart of Jesus (London). In: LEJEUNE, F. (Ed.). Legacy and Contribution to Canada of European Female Emigrants Geneva: Peter Lang, 2003. p. 155-174.
  • TURIN, Yvonne. Femmes et Religieuses au XIXe siècle. Le féminisme "en religion" Paris: Nouvelle Cité, 1989.
  • WACHE, Brigitte. Religieuses missionnaires issues du diocèse du Mans de la veille de la Révolution à la Seconde Guerre Mondiale. Annales de Bretagne et des Pays de l'Ouest, Rennes, v. 112, n. 2, p. 31-56, 2005.
  • WHITE, Owen; DAUGHTON, James P.  (Ed.). In God's Empire: French Missionaries and the Modern World. Oxford: Oxford University Press, 2012.
  • XAVIER DE BRITO, Angela. Le solde est positif. Culture scolaire catholique et socialisation des élites féminines au Brésil, 1920-1970. Éducation et Sociétés, Bruxelas, n. 15, p. 153-167, avril-juin 2005/1.
  • XAVIER DE BRITO, Angela. L'influence française dans la socialisation des élites féminines brésiliennes. Le collège Notre Dame de Sion à Rio de Janeiro Paris: L'Harmattan, 2010.
  • 1
    . Federação Internacional para a Pesquisa em História das Mulheres (N.T.).
  • 2
    . "O outro rosto da missão: as mulheres" (N. T.).
  • 3
    . "Mulheres em missão" (N.T.).
  • 4
    . As aventureiras de Deus (N. T.).
  • 5
    . Atual Líbano (N.E.).
  • 6
    . Grupo de Pesquisa sobre a Escrita Missionária (N.T.).
  • 7
    . Collectif Régional pour le Développement des Initiatives Solidaires, sediado em Auvergne, na França (N.T.).
  • 8
    . Comuna da Guiana Francesa (N.T.).
  • 9
    . Arquivos do Sagrado Coração (Roma), CIII, USA early history, box 4. "Anotação para a Superiora apenas" (c. 1840-43), "Anotações da Madre Galitzine sobre a América".
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      20 Maio 2014
    • Data do Fascículo
      Abr 2014
    UNICAMP - Faculdade de Educação Av Bertrand Russel, 801, 13083-865 - Campinas SP/ Brasil, Tel.: (55 19) 3521-6707 - Campinas - SP - Brazil
    E-mail: proposic@unicamp.br