Acessibilidade / Reportar erro

Efeitos de choques térmicos na germinação de Paepalanthus speciosus Koern. (Eriocaulaceae)

Effects of thermic shocks in the germination of Paepalanthus speciosus Koern. Eriocaulaceae

Resumos

Sementes de Paepalanthus speciosus Koern. - Eriocaulaceae, contidas em frutos nus e no diásporo, apresentaram tolerância a choques térmicos de até 70ºC por 30 minutos e essa capacidade não foi modificada quando as temperaturas foram fornecidas após 24 horas de einbebição. Observou-se também que o fotoblastismo das sementes não foi alterado por tratamento com temperaturas de 35 a 80ºC durante 30 minutos. Os resultados obtidos mostram que sementes de P. speciosus possuem elevada capacidade de sobrevivência à temperatura atingida durante as queimadas que ocorrem anualmente nos campos cerrados.

Paepalanthus speciosus; Eriocaulaceae; germinação; fotoblastismo; campo rupestre


Seeds of Paepalanthus speciosus Koern. - Eriocaulaceae, when enclosed into naked fruits and in the diaspores, showed tolerance at thermic shock until 70ºC during 30 min. and this capacity was not modified when the thermic shock happened 24 h after the imbebition. Seed photoblastism was not affected by treatment with temperatures from 35 to 80ºC during 30 min. These results showed that seeds of P. speciosus have high capacity of survival at temperature developed during the burn of annual occurrence on "campo rupestre".

Paepalanthus speciosus; Eriocaulaceae; germination; photoblastism; campo rupestre


Efeitos de choques térmicos na germinação de Paepalanthus speciosus Koern. (Eriocaulaceae)

Effects of thermic shocks in the germination of Paepalanthus speciosus Koern. Eriocaulaceae

C. G. Sá e CarvalhoI; M. C. RibeiroII

IDepartamento de Botânica - ICB - UFG. 74.000, Goiânia-GO. Bolsista do CNPq

IIEscola de Agronomia da UFG. Bolsista de Iniciação Científica do CNPq

RESUMO

Sementes de Paepalanthus speciosus Koern. - Eriocaulaceae, contidas em frutos nus e no diásporo, apresentaram tolerância a choques térmicos de até 70ºC por 30 minutos e essa capacidade não foi modificada quando as temperaturas foram fornecidas após 24 horas de einbebição. Observou-se também que o fotoblastismo das sementes não foi alterado por tratamento com temperaturas de 35 a 80ºC durante 30 minutos. Os resultados obtidos mostram que sementes de P. speciosus possuem elevada capacidade de sobrevivência à temperatura atingida durante as queimadas que ocorrem anualmente nos campos cerrados.

Palavras-chave: Paepalanthus speciosus, Eriocaulaceae, germinação, fotoblastismo, campo rupestre.

ABSTRACT

Seeds of Paepalanthus speciosus Koern. - Eriocaulaceae, when enclosed into naked fruits and in the diaspores, showed tolerance at thermic shock until 70ºC during 30 min. and this capacity was not modified when the thermic shock happened 24 h after the imbebition. Seed photoblastism was not affected by treatment with temperatures from 35 to 80ºC during 30 min. These results showed that seeds of P. speciosus have high capacity of survival at temperature developed during the burn of annual occurrence on "campo rupestre".

Key words: Paepalanthus speciosus, Eriocaulaceae, germination, photoblastism, "campo rupestre".

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Recebido em 16.9.91.

Aceito em 14.7.94

  • Coutinho, L.M. 1978a. O conceito de cerrado. Revta bras. Bot. 1:17-23.
  • Coutinho, L.M. 1978b. Aspectos ecológicos do fogo no cerrado. I - A temperatura do solo durante as queimadas. Revta bras.Bot. 1:93-96.
  • Coutinho, L.M. 1979. Aspectos ecológicos do fogo no cerrado. III - A precipitação atmosférica de nutrientes mineirais. Revta bras.Bot. 2:97-101.
  • Coutinho, L.M. 1980. As queimadas e seu papel ecológico. Brasil Florestal 44:7-23.
  • Coutinho, L.M., Vuono,Y.S., de Sousa, J.S. 1982. Aspectos ecológicos do fogo no cerrado. IV - A época da queimada e a produtividade primária líquida epigéia do extrato herbáceo sub-arbustivo. Revta bras.Bot. 5:37-41.
  • Dionello, S.B. 1979. Efeito do choque térmico sobre a germinação de Kilmeyera coriaceae Mart. Ciência & Cultura 31 (Supl.) p. 675.
  • Felippe, G.M., Giulietti, A.M. & Lucas, N.M.C. 1971. Estudos de germinação de Porophyllum lanceolatum DC. I- Efeito de luz, temperatura e fotoperíodo. Hoehnea 1:1-9.
  • Gomes, F.P. 1985. Curso de Estatística Experimental, São Paulo: Livraria Nobel.
  • Isikawa, S. & Fujii, T. 1961. Photocontrol and temperature dependence of germination of Rumex species. Plant & Cell Physiol. 2:51-62.
  • Joly, C.A., Felippe, G.M., Dietrich, S.M.C. & Campos -Takaki, G.M. 1980. Physiology of germination and seed gel analysis in two populations of Magonia pubescens St.Hil. Revta bras. Bot. 3:1-9.
  • Giulietti,N., Giulietti, A.M., Pirani, J.R. & Menezes, N. L. 1986. Estudos em sempre-vivas: importância econômica do extrativismo em Minas Gerais, Brasil. Acta bot. bras. 1(2): 179-193. supl.
  • Rizzini, C.T. 1976. Influência da temperatura sobre a germinação de diásporos de cerrado. Rodriguésia 47:341-383.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jun 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 1994

Histórico

  • Aceito
    14 Jul 1994
  • Recebido
    16 Set 1991
Sociedade Botânica do Brasil SCLN 307 - Bloco B - Sala 218 - Ed. Constrol Center Asa Norte CEP: 70746-520 Brasília/DF. - Alta Floresta - MT - Brazil
E-mail: acta@botanica.org.br