Acessibilidade / Reportar erro

Causas de morte em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul

Causes of death in dairy cows in Rio Grande do Sul

RESUMO:

As causas de morte em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul foram analisadas através de um estudo retrospectivo dos protocolos de necropsia de 600 vacas leiteiras examinadas entre os anos de 1998-2012. Do total de vacas analisadas 67,5% eram oriundas da Região Metropolitana de Porto Alegre, seguida das Regiões Nordeste Rio-Grandense 12,4% e Centro Oriental Rio-Grandense 10,4%. Quanto às raças, 76,5% eram holandesas, 9,8% Jersey e 13,7% misturas dessas raças. O diagnóstico definitivo foi possível em 85,8% dos casos. A categoria de doenças inflamatórias e parasitárias foi a principal causa de morte com 48,2% dos casos conclusivos, seguida por neoplasias (17,5%), doenças tóxicas e toxi-infecções (15,9%), doenças nutricionais e metabólicas (8,5%), doenças causadas por agentes físicos (7,4%) e outras doenças (2,5%). As principais enfermidades diagnosticadas em cada categoria foram: tristeza parasitária bovina (120 casos), linfoma (77 casos), intoxicação por Senecio spp. (23 casos), retículo pericardite traumática (19 casos), cetose e timpanismo (11 casos cada uma) e fulguração (5 casos).

TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Doenças de bovinos; vacas leiteiras; estudo retrospectivo; patologia; Rio Grande do Sul

ABSTRACT:

The causes of death in dairy cows in Rio Grande do Sul state, Brazil, were analyzed through a retrospective study of the necropsy database from 600 dairy cows necropsied from 1998-2012. From a total of cows analyzed 67.5% were from metropolitan region of Porto Alegre, followed by Northeast (12.4%) and Eastern-center regions (10.4%) of the state. The cows were classified in breeds, which consisted in 76.5% Holstein, 9.8% Jersey and 13.7% mixed breed between these two. Conclusive diagnosis was found in 85.8% of the cases. Inflammatory and parasitic diseases were the main cause of death including 48.2% conclusive cases, followed by neoplasms (17.5%), poisoning and toxinfections (15.9%), metabolic and nutritional diseases (8.5%), physical agents (7.4%) and sun-dry conditions (2.5%). The main specific diseases diagnosed in each category were tick fever (120 cases), lymphoma (77 cases), Senecio spp. poisoning (23 cases), traumatic pericarditis (19 cases), ketosis and bloat (11 cases each), and lightning strike (5 cases).

INDEX TERMS:
Diseases of cattle; dairy cows; retrospective study; pathology; Rio Grande do Sul

Introdução

A produção de leite, de origem bovina no Brasil, no período de 1990 a 2009, apresentou um incremento de 100,94%; as regiões Sudeste e Sul do país são as mais importantes na geração do produto e, juntas, respondem por, aproximadamente, dois terços da produção nacional (IBGE 2011IBGE 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA Banco de Tabelas Estatísticas Disponível em <Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br > Acesso em 17 abr. 2013.
http://www.sidra.ibge.gov.br...
). O Rio Grande do Sul está entre os três maiores estados produtores de leite do Brasil, o que torna importante o conhecimento das enfermidades que afetam os bovinos nessa área. Laboratórios de diagnóstico de todo o país estão realizando estudos retrospectivos, a fim de reunir dados epidemiológicos e clínico-patológicos de diversas enfermidades em diferentes espécies, nas regiões onde estão inseridos, no intuito de produzirem dados fidedignos sobre as doenças de cada região (Rissi et al. 2007Rissi D.R., Rech R.R., Pierezan F., Gabriel A.L., Trost M.E., Brum J.S., Komners G.D. & Barros C.S.L. 2007. Intoxicações por plantas e micotoxinas associadas a plantas em bovinos no Rio Grande do Sul: 461 casos. Pesq. Vet. Bras. 27:261-268., Pierezan et al. 2009Pierezan F., Rissi D.R., Rech R.R., Fighera R.A., Brum J.S. & Barros C.S.L. 2009. Achados de necropsia relacionados com a morte de 335 eqüinos: 1968-2007. Pesq. Vet. Bras. 29(3):275-280., Galiza et al. 2010Galiza G.J.N., Silva M.L.C.R, Dantas A.F.M., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2010. Doenças do sistema nervoso de bovinos no semiárido nordestino. Pesq. Vet. Bras. 30:267-276., Lucena et al. 2010Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434., Almeida et al. 2006Almeida M.B., Tortelli F.P., Riet-Correa B., Ferreira J.L.M., Soares M.P., Farias N.A.R., Riet-Correa F. & Schild A.L. 2006. Tristeza parasitária bovina na região sul do Rio Grande do Sul: estudo retrospectivo de 1978-2005. Pesq. Vet. Bras. 26:237-242.). Este trabalho tem como objetivo determinar as principais causas de morte de vacas leiteiras no Rio Grande do Sul, com ênfase na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Material e Métodos

Foram revisados os arquivos dos exames de necropsias e anatomopatológicos de vacas de aptidão leiteira com mais de um ano de idade (adultas) do Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS) durante o período de janeiro de 1998 a dezembro de 2012. As informações contidas nestes protocolos foram agrupadas, registradas e classificadas quanto ao diagnóstico, à idade, à raça, à estação de ocorrência da enfermidade e à localização geográfica de origem dos bovinos. As causas de morte dos bovinos foram categorizadas em seis grupos: inflamatórias e parasitárias, neoplásicas, doenças tóxicas e toxi-infecções, doenças nutricionais e metabólicas, agentes físicos e outras patologias. Foram considerados inconclusivos os casos em que os protocolos não estabeleciam um diagnóstico definitivo das causas de morte dos bovinos. As localidades de origem das amostras foram classificadas de acordo com as Mesorregiões Rio-grandenses: região metropolitana de Porto Alegre, Nordeste, Centro-oriental, Noroeste, Sudoeste e Sudeste Rio-Grandense.

Resultados

De janeiro de 1998 a dezembro de 2012 foram examinados os tecidos provenientes de necropsias de 600 vacas de aptidão leiteira (317 necropsiadas pelos veterinários do SPV-UFRGS e 283 vacas necropsiadas por veterinários de campo).

Do total de vacas analisadas 67,5% (405/600) eram oriundas da Região Metropolitana de Porto Alegre, seguida das Regiões Nordeste Rio-grandense 12,4% (74/600) e Centro Oriental Rio-grandense 10,4% (62/600). A distribuição das amostras conforme a origem geográfica está representada na Figura 1. Quanto às raças, 76,5% (459/600) eram holandesas, 9,8% (59/600) Jersey e 13,7% (82/600) misturas dessas raças. O diagnóstico definitivo foi possível em 85,8% (515/600) dos casos. A categoria de doenças inflamatórias e parasitárias foi a mais frequente com 48,2% (248/515) dos casos, seguida por doenças neoplásicas 17,5% (90/515), doenças tóxicas e toxi-infecções 15,9% (82/515), doenças nutricionais e metabólicas 8,5% (44/515), agentes físicos 7,4% (38/515) e outras patologias 2,5% (13/515) (Fig.2). As principais enfermidades diagnosticadas em cada categoria podem ser visualizadas nas Figuras 3, 4, 5, 6, 7 e 8. As três principais enfermidades diagnosticas foram: tristeza parasitária bovina (120 casos, desses 55 anaplasmose, 54 babesiose e 11 casos diagnosticados como tristeza parasitária bovina), linfoma (77 casos) e intoxicação por Senecio spp. (23 casos).

Fig.1.
Causas de morte em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul. Origem das amostras de acordo com cada mesorregião do Rio Grande do Sul.

Fig.2.
Causas de morte em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul. Divisão dos diagnósticos conclusivos em categorias.

Fig.3.
Principais enfermidades inflamatórias e parasitárias causadoras de mortes em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul.

Fig.4.
Principais enfermidades neoplásicas causadoras de mortes em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul.

Fig.5.
Principais enfermidades tóxicas e toxi-infecções causadoras de mortes em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul.

Fig.6.
Principais enfermidades relacionadas a agentes físicos causadoras de mortes em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul.

Fig.7.
Principais enfermidades nutricionais e metabólicas causadoras de mortes em bovinos leiteiros no Rio Grande do Sul.

Fig.8.
Principais enfermidades classificadas como “outras” causadoras de mortes em vacas leiteiras no Rio Grande do Sul.

Oitenta e cinco casos (14,17%) foram classificados como inconclusivos. Desses, 72,9% (62/85) eram de materiais coletados por veterinários de campo e enviados para exame anatomopatológico, enquanto 27,1% (23/85) eram de necropsias realizadas pela equipe do SPV-UFRGS.

Discussão e Conclusões

Juntamente com a nutrição e a genética, a sanidade do rebanho completa a tríade fundamental do manejo de bovinos. Dessa forma, é de suma importância estabelecer a prevalência das doenças causadoras de morte em rebanhos leiteiros de diferentes regiões, a fim de diminuir situações de risco e nortear a tomada de medidas profiláticas (Cruz et al. 2011Cruz C.E.F., Raymundo D.L., Cerva C., Pavarini S.P., Dalto A.G.C., Corbellini L.G. & Driemeier D. 2011. Records of performance and sanitary status from a dairy cattle herd in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. 31:1-9.). Vários estudos sobre causas de mortes de vacas leiteiras foram realizados em diferentes países; contudo, a grande maioria determinou a causa da morte baseada em questionários submetidos aos proprietários ou veterinários clínicos (Menzies et al. 1995Menzies F.D., Bryson D.G., McCallion T. & Matthews D.I. 1995. A study of mortality among suckler and dairy cows in Northern Ireland in 1992. Vet. Rec. 137:531-536., Esslemont & Kossaibati 1997Esslemont R.J. & Kossaibati M.A. 1997. Culling in 50 dairy herds in England. Vet. Rec. 140:36-39., Thomsen et al. 2004Thomsen P.T., Kjeldsen A.M., Sorensen J.T. & Houe H. 2004. Mortality (including euthanasia) among Danish dairy cows (1990-2001). Prev. Vet. Med. 62:19-33.). Estudos que avaliaram a causa da morte de vacas leiteiras através de exame de necropsia, como no presente trabalho são escassos (McConnell et al. 2009McConnel C.S., Garry F.B., Lombard J.E., Kidd J.A., Hill A.E & Gould D.H. 2009. A necropsy-based descriptive study of dairy cow deaths on a Colorado dairy. J. Dairy Sci. 92:1954-1962., McConnell et al. 2010McConnel C.S., Gerry F.B., Hill A.E., Lombard J.E. & Gould D.H. 2010. Conceptual modeling of postmortem evaluation findings to describe dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 93:373-386., Thomsen et al. 2012Thomsen P.T., Dahl-Pedersen K. & Jensen H.E. 2012. Necropsy as a means to gain additional information about causes of dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 95:5798-5803.). É incerto até que ponto a causa de morte declarada pelo proprietário ou veterinário clínico reflete a verdadeira patologia causadora da morte (Thomsen et al. 2012Thomsen P.T., Dahl-Pedersen K. & Jensen H.E. 2012. Necropsy as a means to gain additional information about causes of dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 95:5798-5803.). McConnell et al. (2009)McConnel C.S., Garry F.B., Lombard J.E., Kidd J.A., Hill A.E & Gould D.H. 2009. A necropsy-based descriptive study of dairy cow deaths on a Colorado dairy. J. Dairy Sci. 92:1954-1962. compararam a percepção do proprietário e o resultado do exame de necropsia em um único rebanho leiteiro e descobriram que o proprietário esteve correto em somente 55% dos casos.

Em estudos realizados na Europa e na América do Norte, as principais causas de mortalidade dos rebanhos leiteiros foram doenças metabólicas e afecções do sistema locomotor, digestivo e respiratório (Thomsen et al. 2004Thomsen P.T., Kjeldsen A.M., Sorensen J.T. & Houe H. 2004. Mortality (including euthanasia) among Danish dairy cows (1990-2001). Prev. Vet. Med. 62:19-33., Thomsen & Houe 2006Thomsen P.T. & Houe H. 2006. Dairy cow mortality: a review. Vet. Quart. 28:122-129., McConnell et al. 2009McConnel C.S., Garry F.B., Lombard J.E., Kidd J.A., Hill A.E & Gould D.H. 2009. A necropsy-based descriptive study of dairy cow deaths on a Colorado dairy. J. Dairy Sci. 92:1954-1962., McConnell et al. 2010McConnel C.S., Gerry F.B., Hill A.E., Lombard J.E. & Gould D.H. 2010. Conceptual modeling of postmortem evaluation findings to describe dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 93:373-386., Thomsen et al. 2012Thomsen P.T., Dahl-Pedersen K. & Jensen H.E. 2012. Necropsy as a means to gain additional information about causes of dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 95:5798-5803.). No presente trabalho, as principais causas de morte foram as doenças inflamatórias e parasitárias, seguidas das neoplasias e intoxicações. Essas diferenças de causas mortis são sugestivas dos distintos sistemas de manejo, uma vez que a grande maioria das propriedades, englobadas nesse estudo, possuem criação semi-extensiva e nos citados acima eram intensiva. Em sistemas intensivos os bovinos são submetidos a dietas ricas em concentrado que podem predispor a doenças de origem metabólica (Fleischer et al. 2001Fleischer P., Metzner M., Beyerbach M., Hoedemaker M. & Klee W. 2001. The relationship between milk yield and the incidence of some diseases in dairy cows. J. Dairy Sci. 84:2025-2035.). Além disso, o processo de confinamento aumenta o número de enfermidades relacionadas com o sistema locomotor (Pavlata et al. 2001Pavlata L., Pechová A. & Illek J. 2001. Muscular dystrophy in dairy cows following a change in housing technology. Acta Vet. Brno 70:269-275.) e diminui os casos de origem tóxicas frequentes em animais criados em pastagens (Pessoa et al. 2013Pessoa C.R.M., Medeiros R.M.T. & Riet-Correa F. 2013. Importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas no Brasil. Pesq. Vet. Bras. 33:752-758.). Similar aos dados encontrados nesse estudo, as doenças inflamatórias e parasitárias, tóxicas e neoplásicas foram as mais observadas em uma pesquisa sobre doenças de bovinos na região central do Rio Grande do Sul (Lucena et al. 2010Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434.).

A tristeza parasitária bovina (TPB) foi a principal causa de mortalidade em vacas de leite nas mesorregiões analisadas, correspondendo a 23,3% do total. No Brasil, os agentes etiológicos dessa enfermidade são: Anaplasma marginale, Babesia bovis e B. bigemina, e o carrapato Rhipicephalus microplus seu principal vetor. A TPB é considerada uma importante doença parasitária em bovinos no Brasil, principalmente, em gado leiteiro (Costa et al. 2011Costa V.M.M., Rodrigues A.L., Medeiros J.M.A., Labruna M.B., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2011. Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesq. Vet. Bras. 31:239-243., Cruz et al. 2011Cruz C.E.F., Raymundo D.L., Cerva C., Pavarini S.P., Dalto A.G.C., Corbellini L.G. & Driemeier D. 2011. Records of performance and sanitary status from a dairy cattle herd in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. 31:1-9., Gonçalves et al. 2011Gonçalves R.C., Silva A.A., Ferreira D.O.L., Chiacchio S.B., Lopes R.S., Borges A.S. & Amorim R.M. 2011. Tristeza parasitária em bovinos na região de Botucatu-SP: estudo retrospectivo de 1986-2007. Semina, Ciênc. Agrárias 32:307-312.). Altos índices de morbidade e letalidade podem ser observados, especialmente, em zonas de instabilidade enzoótica como o Rio Grande do Sul. Esses locais apresentam variações climáticas alternando períodos variáveis sem a presença do agente transmissor (R. microplus) (Almeida et al. 2006Almeida M.B., Tortelli F.P., Riet-Correa B., Ferreira J.L.M., Soares M.P., Farias N.A.R., Riet-Correa F. & Schild A.L. 2006. Tristeza parasitária bovina na região sul do Rio Grande do Sul: estudo retrospectivo de 1978-2005. Pesq. Vet. Bras. 26:237-242.). Diferentemente deste estudo, a TPB não é incriminada como causa frequente de morte em bovinos leiteiros na América do Norte e na Europa (Thomsen et al. 2004Thomsen P.T., Kjeldsen A.M., Sorensen J.T. & Houe H. 2004. Mortality (including euthanasia) among Danish dairy cows (1990-2001). Prev. Vet. Med. 62:19-33., Thomsen & Houe 2006Thomsen P.T. & Houe H. 2006. Dairy cow mortality: a review. Vet. Quart. 28:122-129., McConnell et al. 2009McConnel C.S., Garry F.B., Lombard J.E., Kidd J.A., Hill A.E & Gould D.H. 2009. A necropsy-based descriptive study of dairy cow deaths on a Colorado dairy. J. Dairy Sci. 92:1954-1962., 2010McConnel C.S., Gerry F.B., Hill A.E., Lombard J.E. & Gould D.H. 2010. Conceptual modeling of postmortem evaluation findings to describe dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 93:373-386., Thomsen et al. 2012Thomsen P.T., Dahl-Pedersen K. & Jensen H.E. 2012. Necropsy as a means to gain additional information about causes of dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 95:5798-5803.). A baixa incidência dessa enfermidade nesses países relaciona-se aos fatores ambientais envolvidos no ciclo biológico do vetor (Costa et al. 2011Costa V.M.M., Rodrigues A.L., Medeiros J.M.A., Labruna M.B., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2011. Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesq. Vet. Bras. 31:239-243.). No Brasil, os casos de anaplasmose são mais prevalentes que os de babesiose (Costa et al. 2011Costa V.M.M., Rodrigues A.L., Medeiros J.M.A., Labruna M.B., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2011. Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesq. Vet. Bras. 31:239-243., Cruz et al. 2011Cruz C.E.F., Raymundo D.L., Cerva C., Pavarini S.P., Dalto A.G.C., Corbellini L.G. & Driemeier D. 2011. Records of performance and sanitary status from a dairy cattle herd in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. 31:1-9., Gonçalves et al. 2011Gonçalves R.C., Silva A.A., Ferreira D.O.L., Chiacchio S.B., Lopes R.S., Borges A.S. & Amorim R.M. 2011. Tristeza parasitária em bovinos na região de Botucatu-SP: estudo retrospectivo de 1986-2007. Semina, Ciênc. Agrárias 32:307-312.), porém no presente estudo os diagnósticos foram similares.

A principal doença de origem viral como causa de morte em vacas de leite neste levantamento foi a raiva. Essa enfermidade é endêmica no Rio Grande do Sul, e considerada a principal enfermidade neurológica de origem viral em bovinos no estado (Sanches et al. 2000Sanches A.W.D., Langohr I.M., Stigger A.L. & Barros C.S.L. 2000. Doenças do sistema nervoso central em bovinos no sul do Brasil. Pesq. Vet. Bras. 20(3):113-118., Lucena et al. 2010Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434.), e em outras regiões do Brasil (Galiza et al. 2010Galiza G.J.N., Silva M.L.C.R, Dantas A.F.M., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2010. Doenças do sistema nervoso de bovinos no semiárido nordestino. Pesq. Vet. Bras. 30:267-276.).

Dentre as enfermidades neoplásicas o linfoma foi a neoplasia mais prevalente. Em bovinos a forma mais comum do linfoma é o enzoótico, o qual é causado pelo vírus da leucemia bovina (VLB) (Panziera et al. 2014Panziera W., Bianchi R.M., Galiza G.J.N., Pereira P.R., Mazaro R.D., Barros C.S.L., Kommers G.D., Irigoyen L.F. & Fighera R.A. 2014. Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos do linfoma em bovinos: 128 casos (1965-2013). Pesq. Vet. Bras. 34:856-864.). O linfoma está associado a grandes perdas econômicas na cadeia pro­dutiva do leite e é o principal tumor observado em bovinos de leite na América do Norte (Radostits et al. 2007Radostits O.M., Gay C.C., Hinchcliff K.W. & Constable P.D. 2007. Diseases associated with viruses and Chlamydia, p.1157-1305. In: Ibid. (Eds), Veterinary Medicine: a textbook of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs and goats. 10th ed. Saunders Elsevier, Philadelphia. 2156p.). Sua alta prevalência em bovinos de leite está associada à maior proximidade entre os animais e à longevidade das vacas leiteiras quando comparada aos rebanhos de corte (Panziera et al. 2014Panziera W., Bianchi R.M., Galiza G.J.N., Pereira P.R., Mazaro R.D., Barros C.S.L., Kommers G.D., Irigoyen L.F. & Fighera R.A. 2014. Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos do linfoma em bovinos: 128 casos (1965-2013). Pesq. Vet. Bras. 34:856-864.). As práticas de manejo comuns em vacas leiteiras como inseminação, cirurgias, transferência de embriões, palpação obstétrica e uso repetitivo de agulha podem propiciar a transmissão nessa categoria (Santos et al. 2011Santos H.P., Pereira H.M., Nascimento S.A., Coutinho L.C.A., Teixeira W.C., Arruda R.C.N., Bezerra N.P.C., Bezerra D.C. & Castro R.S. 2011. Frequência de anticorpos e fatores de risco associados a leucose enzoótica bovina em rebanhos da bacia leiteira do estado do Maranhão. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 78:351-358.). Somente 2-5% dos bovinos infectados pelo VLB desenvolvem linfoma de evolução fatal (Leuzzi et al. 2001Leuzzi A.L., Alfieri F.A. & Alfieri A.A. 2001. Leucose enzoótica bovina e vírus da leucemia bovina. Semina, Ciênc. Agrarias 22:211-221.) e quanto maior o tempo de manutenção dos bovinos dentro do rebanho maior serão as perdas relacionadas à doença (Cruz et al. 2011Cruz C.E.F., Raymundo D.L., Cerva C., Pavarini S.P., Dalto A.G.C., Corbellini L.G. & Driemeier D. 2011. Records of performance and sanitary status from a dairy cattle herd in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. 31:1-9.). Em estudos realizados no Sul (Lucena et al. 2011Lucena R.B., Rissi D.R., Kommers G.D., Pierezan F., Oliveira-Filho J.C., Macêdo J.T.S.A., Flores M.M. & Barros C.S.L. 2011. A retrospective study of 586 tumors in Brazilian cattle. J. Comp. Pathol. 145:20-24.) e no Nordeste brasileiro (Carvalho et al. 2014Carvalho F.K.L., Dantas A.F.M., Riet-Correa F., Andrade R.L.F.S., Nóbrega Neto P.I., Miranda Neto E.G., Simões S.V.D. & Azevedo S.S. 2014. Estudo retrospectivo das neoplasias em ruminantes e equídeos no semiárido do Nordeste Brasileiro. Pesq. Vet. Bras. 34:211-216.), o linfoma foi o segundo tumor mais diagnosticado em bovinos de corte e leite, atrás apenas do carcinoma de células escamosas. O alto número de casos de carcinoma de células escamosas em bovinos está associado à ingestão crônica de Pteridium aquilinum, com formação desse neoplasma no trato digestivo e por radiação ultravioleta, com formação de carcinoma de células escamosas em olho, tecido periocular e sistema reprodutor feminino (Lucena et al. 2011Lucena R.B., Rissi D.R., Kommers G.D., Pierezan F., Oliveira-Filho J.C., Macêdo J.T.S.A., Flores M.M. & Barros C.S.L. 2011. A retrospective study of 586 tumors in Brazilian cattle. J. Comp. Pathol. 145:20-24., Carvalho et al. 2014Carvalho F.K.L., Dantas A.F.M., Riet-Correa F., Andrade R.L.F.S., Nóbrega Neto P.I., Miranda Neto E.G., Simões S.V.D. & Azevedo S.S. 2014. Estudo retrospectivo das neoplasias em ruminantes e equídeos no semiárido do Nordeste Brasileiro. Pesq. Vet. Bras. 34:211-216.).

No Brasil, devido à grande extensão territorial, a maioria dos animais de produção é criada em pastagens nativas ou cultivadas, o que possibilita maior acesso a plantas tóxicas (Pessoa et al. 2013Pessoa C.R.M., Medeiros R.M.T. & Riet-Correa F. 2013. Importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas no Brasil. Pesq. Vet. Bras. 33:752-758.). Considerando os dados dos laboratórios de diagnóstico de diferentes regiões do Brasil, entre 7,4% e 15,8% das mortes dos bovinos são causadas por plantas tóxicas (Pessoa et al. 2013Pessoa C.R.M., Medeiros R.M.T. & Riet-Correa F. 2013. Importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas no Brasil. Pesq. Vet. Bras. 33:752-758.). No presente estudo, as doenças tóxicas e toxi-infecções foram a terceira categoria mais frequente, correspondendo a 8,5% das causas de morte em vacas leiteiras. A intoxicação por Senecio spp. foi responsável por cerca de 52% das mortes nessa categoria, valor similar ao observado em outros trabalhos desenvolvidos no Rio Grande do Sul, nos quais a intoxicação por Senecio spp. foi responsável por, aproximadamente, 50-56% das mortes de bovinos causadas por plantas tóxicas (Riet-Correa & Medeiros 2001Riet-Correa F. , Medeiros R.M.T. 2001. Intoxicações por plantas em ruminantes no Brasil e no Uruguai: importância econômica, controle e riscos para a saúde pública. Pesq. Vet. Bras. 21:38-42., Rissi et al. 2007Rissi D.R., Rech R.R., Pierezan F., Gabriel A.L., Trost M.E., Brum J.S., Komners G.D. & Barros C.S.L. 2007. Intoxicações por plantas e micotoxinas associadas a plantas em bovinos no Rio Grande do Sul: 461 casos. Pesq. Vet. Bras. 27:261-268.). Entretanto, dentre todas as causas de morte demonstradas nesse estudo a intoxicação por Senecio spp. representou 3,8% do total, um valor abaixo dos observados em outros trabalhos desenvolvidos no Estado (Riet-Correa & Medeiros 2001Riet-Correa F. , Medeiros R.M.T. 2001. Intoxicações por plantas em ruminantes no Brasil e no Uruguai: importância econômica, controle e riscos para a saúde pública. Pesq. Vet. Bras. 21:38-42., Lucena et al. 2010Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434.). Essa divergência, entre os resultados, deve-se ao fato dos outros estudos abrangerem bovinos de corte, os quais no Rio Grande do Sul são criados, principalmente, de maneira extensiva e em campos nativos aumentando a possibilidade de intoxicação pela planta. Nessa mesma corrente, no estudo de Lucena et al. (2010)Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434., realizado na região central do Rio Grande do Sul, a intoxicação por Senecio spp. foi a principal causa mortis de bovinos, todavia somente 20% do total dos bovinos que morreram por intoxicação por Senecio spp. eram de raças leiteiras. A intoxicação por Amorimia exotropica foi a segunda causa tóxica mais diagnosticada. Essa é uma planta cardiotóxica encontrada, exclusivamente, na Região Sul do Brasil, nas regiões Metropolitana de Porto Alegre, Nordeste Rio-Grandense e Sudeste do Estado de Santa Catarina (Gava et al. 1998Gava A., Cristani J., Branco J.V., Neves D.S., Mondadori A.J. & Souza R.S. 1998. Mortes súbitas em bovinos causadas pela ingestão de Mascagnia sp. (Malpighiaceae), no Estado de Santa Catarina. Pesq. Vet. Bras. 18:16-20., Pavarini et al. 2011Pavarini S.P., Soares M.P., Bandarra P.M., Gomes D.C., Bandinelli M.B., Cruz C.E.F. & Driemeier D. 2011 Mortes súbitas em bovinos causadas por Amorimia exotropica (Malpighiaceae) no Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. Bras. 31:291-296.). Por se tratar de um semi arbusto com ramos em forma de lianas, os casos de intoxicação foram observados em pequenas propriedades, nas quais as vacas tinham acesso a áreas de mata onde a planta se desenvolve (Pavarini et al. 2011Pavarini S.P., Soares M.P., Bandarra P.M., Gomes D.C., Bandinelli M.B., Cruz C.E.F. & Driemeier D. 2011 Mortes súbitas em bovinos causadas por Amorimia exotropica (Malpighiaceae) no Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. Bras. 31:291-296.). A intoxicação por Aspergillus clavatus, é uma neurotoxicose observada em bovinos alimentados com malte e outros subprodutos da indústria de cervejas e destilados, contaminados com cepas tóxicas de A. clavatus e suas micotoxinas durante o período de armazenamento (Brust et al. 2015Brust L.A.C., Aragão A.P., Bezerra Jr P.S., Galvão A., França T.N., Graça F.A.S. & Peixoto P.V. 2015. Enfermidades em bovinos associadas ao consumo de resíduos de cervejaria. Pesq. Vet. Bras. 35:956-964.). Essa enfermidade foi a principal toxi-infecção causadora de morte de vacas de leite nesse estudo. Trata-se de uma enfermidade pouco descrita no Brasil (Brust et al. 2015Brust L.A.C., Aragão A.P., Bezerra Jr P.S., Galvão A., França T.N., Graça F.A.S. & Peixoto P.V. 2015. Enfermidades em bovinos associadas ao consumo de resíduos de cervejaria. Pesq. Vet. Bras. 35:956-964.) e seu alto número nesse estudo está associado à disponibilidade desse subproduto da indústria cervejeira na região metropolitana de Porto Alegre e sua utilização na alimentação de bovinos na região (Bezerra et al. 2009Bezerra Jr P.S., Raymundo D.L., Spanamberg A., Corrêa A.M.R., Bangel Jr J.J., Ferreiro L. & Driemeier D. 2009. Neurotoxicose em bovinos associada ao consumo de bagaço de malte contaminado por Aspergillus clavatus. Pesq. Vet. Bras. 29:10-218.)

Referências

  • Almeida M.B., Tortelli F.P., Riet-Correa B., Ferreira J.L.M., Soares M.P., Farias N.A.R., Riet-Correa F. & Schild A.L. 2006. Tristeza parasitária bovina na região sul do Rio Grande do Sul: estudo retrospectivo de 1978-2005. Pesq. Vet. Bras. 26:237-242.
  • Bezerra Jr P.S., Raymundo D.L., Spanamberg A., Corrêa A.M.R., Bangel Jr J.J., Ferreiro L. & Driemeier D. 2009. Neurotoxicose em bovinos associada ao consumo de bagaço de malte contaminado por Aspergillus clavatus Pesq. Vet. Bras. 29:10-218.
  • Brust L.A.C., Aragão A.P., Bezerra Jr P.S., Galvão A., França T.N., Graça F.A.S. & Peixoto P.V. 2015. Enfermidades em bovinos associadas ao consumo de resíduos de cervejaria. Pesq. Vet. Bras. 35:956-964.
  • Carvalho F.K.L., Dantas A.F.M., Riet-Correa F., Andrade R.L.F.S., Nóbrega Neto P.I., Miranda Neto E.G., Simões S.V.D. & Azevedo S.S. 2014. Estudo retrospectivo das neoplasias em ruminantes e equídeos no semiárido do Nordeste Brasileiro. Pesq. Vet. Bras. 34:211-216.
  • Costa V.M.M., Rodrigues A.L., Medeiros J.M.A., Labruna M.B., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2011. Tristeza parasitária bovina no Sertão da Paraíba. Pesq. Vet. Bras. 31:239-243.
  • Cruz C.E.F., Raymundo D.L., Cerva C., Pavarini S.P., Dalto A.G.C., Corbellini L.G. & Driemeier D. 2011. Records of performance and sanitary status from a dairy cattle herd in southern Brazil. Pesq. Vet. Bras. 31:1-9.
  • Esslemont R.J. & Kossaibati M.A. 1997. Culling in 50 dairy herds in England. Vet. Rec. 140:36-39.
  • Fleischer P., Metzner M., Beyerbach M., Hoedemaker M. & Klee W. 2001. The relationship between milk yield and the incidence of some diseases in dairy cows. J. Dairy Sci. 84:2025-2035.
  • Galiza G.J.N., Silva M.L.C.R, Dantas A.F.M., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2010. Doenças do sistema nervoso de bovinos no semiárido nordestino. Pesq. Vet. Bras. 30:267-276.
  • Gava A., Cristani J., Branco J.V., Neves D.S., Mondadori A.J. & Souza R.S. 1998. Mortes súbitas em bovinos causadas pela ingestão de Mascagnia sp. (Malpighiaceae), no Estado de Santa Catarina. Pesq. Vet. Bras. 18:16-20.
  • Gonçalves R.C., Silva A.A., Ferreira D.O.L., Chiacchio S.B., Lopes R.S., Borges A.S. & Amorim R.M. 2011. Tristeza parasitária em bovinos na região de Botucatu-SP: estudo retrospectivo de 1986-2007. Semina, Ciênc. Agrárias 32:307-312.
  • IBGE 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA Banco de Tabelas Estatísticas Disponível em <Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br > Acesso em 17 abr. 2013.
    » http://www.sidra.ibge.gov.br
  • Leuzzi A.L., Alfieri F.A. & Alfieri A.A. 2001. Leucose enzoótica bovina e vírus da leucemia bovina. Semina, Ciênc. Agrarias 22:211-221.
  • Lucena R.B., Pierezan F., Kommers G.D., Irigoyen L.F., Fighera R.A. & Barros C.S.L. 2010. Doenças de bovinos no Sul do Brasil: 6.706 casos. Pesq. Vet. Bras. 30:428-434.
  • Lucena R.B., Rissi D.R., Kommers G.D., Pierezan F., Oliveira-Filho J.C., Macêdo J.T.S.A., Flores M.M. & Barros C.S.L. 2011. A retrospective study of 586 tumors in Brazilian cattle. J. Comp. Pathol. 145:20-24.
  • McConnel C.S., Garry F.B., Lombard J.E., Kidd J.A., Hill A.E & Gould D.H. 2009. A necropsy-based descriptive study of dairy cow deaths on a Colorado dairy. J. Dairy Sci. 92:1954-1962.
  • McConnel C.S., Gerry F.B., Hill A.E., Lombard J.E. & Gould D.H. 2010. Conceptual modeling of postmortem evaluation findings to describe dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 93:373-386.
  • Menzies F.D., Bryson D.G., McCallion T. & Matthews D.I. 1995. A study of mortality among suckler and dairy cows in Northern Ireland in 1992. Vet. Rec. 137:531-536.
  • Panziera W., Bianchi R.M., Galiza G.J.N., Pereira P.R., Mazaro R.D., Barros C.S.L., Kommers G.D., Irigoyen L.F. & Fighera R.A. 2014. Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos do linfoma em bovinos: 128 casos (1965-2013). Pesq. Vet. Bras. 34:856-864.
  • Pavarini S.P., Soares M.P., Bandarra P.M., Gomes D.C., Bandinelli M.B., Cruz C.E.F. & Driemeier D. 2011 Mortes súbitas em bovinos causadas por Amorimia exotropica (Malpighiaceae) no Rio Grande do Sul. Pesq. Vet. Bras. 31:291-296.
  • Pavlata L., Pechová A. & Illek J. 2001. Muscular dystrophy in dairy cows following a change in housing technology. Acta Vet. Brno 70:269-275.
  • Pessoa C.R.M., Medeiros R.M.T. & Riet-Correa F. 2013. Importância econômica, epidemiologia e controle das intoxicações por plantas no Brasil. Pesq. Vet. Bras. 33:752-758.
  • Pierezan F., Rissi D.R., Rech R.R., Fighera R.A., Brum J.S. & Barros C.S.L. 2009. Achados de necropsia relacionados com a morte de 335 eqüinos: 1968-2007. Pesq. Vet. Bras. 29(3):275-280.
  • Radostits O.M., Gay C.C., Hinchcliff K.W. & Constable P.D. 2007. Diseases associated with viruses and Chlamydia, p.1157-1305. In: Ibid. (Eds), Veterinary Medicine: a textbook of the diseases of cattle, horses, sheep, pigs and goats. 10th ed. Saunders Elsevier, Philadelphia. 2156p.
  • Riet-Correa F. , Medeiros R.M.T. 2001. Intoxicações por plantas em ruminantes no Brasil e no Uruguai: importância econômica, controle e riscos para a saúde pública. Pesq. Vet. Bras. 21:38-42.
  • Rissi D.R., Rech R.R., Pierezan F., Gabriel A.L., Trost M.E., Brum J.S., Komners G.D. & Barros C.S.L. 2007. Intoxicações por plantas e micotoxinas associadas a plantas em bovinos no Rio Grande do Sul: 461 casos. Pesq. Vet. Bras. 27:261-268.
  • Sanches A.W.D., Langohr I.M., Stigger A.L. & Barros C.S.L. 2000. Doenças do sistema nervoso central em bovinos no sul do Brasil. Pesq. Vet. Bras. 20(3):113-118.
  • Santos H.P., Pereira H.M., Nascimento S.A., Coutinho L.C.A., Teixeira W.C., Arruda R.C.N., Bezerra N.P.C., Bezerra D.C. & Castro R.S. 2011. Frequência de anticorpos e fatores de risco associados a leucose enzoótica bovina em rebanhos da bacia leiteira do estado do Maranhão. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 78:351-358.
  • Thomsen P.T., Kjeldsen A.M., Sorensen J.T. & Houe H. 2004. Mortality (including euthanasia) among Danish dairy cows (1990-2001). Prev. Vet. Med. 62:19-33.
  • Thomsen P.T. & Houe H. 2006. Dairy cow mortality: a review. Vet. Quart. 28:122-129.
  • Thomsen P.T., Dahl-Pedersen K. & Jensen H.E. 2012. Necropsy as a means to gain additional information about causes of dairy cow deaths. J. Dairy Sci. 95:5798-5803.

Disponibilidade de dados

Citações de dados

IBGE 2011. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. SIDRA Banco de Tabelas Estatísticas Disponível em <Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br > Acesso em 17 abr. 2013.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Set 2017

Histórico

  • Recebido
    18 Mar 2016
  • Aceito
    16 Dez 2016
Colégio Brasileiro de Patologia Animal - CBPA Pesquisa Veterinária Brasileira, Caixa Postal 74.591, 23890-000 Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel./Fax: (55 21) 2682-1081 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: pvb@pvb.com.br