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Ocorrência de brusone em folhas de cevada no Rio Grande do Sul

Occurrence of rice blast in barley leaves in Rio Grande do Sul, Brazil

NOTAS FITOPATOLÓGICAS PHYTOPATHOLOGICAL NOTES

Ocorrência de brusone em folhas de cevada no Rio Grande do Sul

Occurrence of rice blast in barley leaves in Rio Grande do Sul, Brazil

Maria I.P.M. LimaI; Euclydes MinellaI; Fernanda S. VilasbôasII

IEmbrapa Trigo, Cx. Postal 451, CEP 99001-970, Passo Fundo, RS, Brasil, e-mail: imac@cnpt.embrapa.br, eminella@cnpt.embrapa.br

IIUniversidade de Passo Fundo, Cx. Postal 611, CEP 99001-970, Passo Fundo, RS, Brasil

ABSTRACT

Magnaporthe grisea is reported for the first time affecting barley leaves in the state of Rio Grande do Sul, in experimental plots and in farmers fields in Victor Graeff county and surroundings.

A brusone, causada pelo fungo Magnaporthe grisea (T.T. Hebert) M.E. Barr (anamorfo Pyricularia grisea Sacc.), foi constatada pela primeira vez na cultura de cevada (Hordeum vulgare L.) no Brasil em 1998 (Anjos & Charchar, Fitopatol. Bras. 25:205. 2000), no Distrito Federal afetando folhas da planta, cujos sintomas foram descritos como lesões elípticas com centro de cor cinza e margem de cor marrom. Em 2001 e 2002, registrou-se sua ocorrência afetando espigas nos estados de Goiás, Minas Gerais e também no Rio Grande do Sul (Lima & Minella, Fitopatol. Bras. 28:207. 2003), cujos sintomas foram caracterizados por morte da porção superior da espiga no ponto de infecção no ráquis e lesão preta brilhante nesse. Em 2005, a brusone em espigas de cevada foi observada, novamente, no Rio Grande do Sul em ensaios e lavouras no município Victor Graeff e arredores. Observou-se nas folhas sintomas similares aos de brusone descritos em cevada (Figura 1A). Na Embrapa Trigo, no Laboratório de Fitopatologia, após incubação das folhas com sintomas em câmara úmida, constatou-se nas lesões a presença de conídios em formato semelhante a pêra, hialinos, com até três células, características inerentes a conídios de Pyricularia. Realizou-se isolamento do fungo em meio de cultura BDA conforme Anjos & Charchar (2000). Plantas de cevada, cultivar BR 2, de aproximadamente 30 dias foram pulverizadas com uma suspensão de conídios na concentração de 1,0 X 105 esporos mL-1 e mantidas em câmara úmida no escuro por 24 horas a temperatura de 28 ºC. Os primeiros sintomas da doença foram registrados 48 horas após a inoculação. As dimensões dos conídios produzidos em câmara úmida foram de 10 µm de largura e 30-40 µm de comprimento. O re-isolamento do microorganismo a partir das lesões produzidas nas folhas inoculadas (Figura 1B) comprovou a ocorrência de P. grisea afetando folhas de cevada no estado do Rio Grande do Sul.


Recebido 13 Dezembro 2006 - Aceito 16 Março 2007 - FB 6134

Autor para correspondência: Maria I.P.M. Lima

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jun 2007
  • Data do Fascículo
    Abr 2007
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