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Novas espécies de Mecometopus Thomson (Coleoptera, Cerambycidae)

New species of Mecometopus Thomson (Coleoptera, Cerambycidae)

Resumos

Três novas espécies de Mecometopus são descritas: M. catarina sp. nov. (Brasil: Santa Catarina), M. rondonianus. sp. nov. (Brasil: Mato Grosso, Rondônia, e Equador: Napo), e M. capixaba sp. nov. (Brasil: Bahia, Espírito Santo).

América do Sul; Cerambycinae; Clytini; taxonomia


Three new species of Mecometopus are described: M. catarina sp. nov. (Brazil: Santa Catarina), M. rondonianus sp. nov. (Brazil: Mato Grosso, Rondônia, and Ecuador: Napo), and M. capixaba sp. nov. (Brazil: Bahia, Espírito Santo).

Cerambycinae; Clytini; South America; taxonomy


SISTEMÁTICA, MORFOLOGIA E BIOGEOGRAFIA

Novas espécies de Mecometopus Thomson (Coleoptera, Cerambycidae)1 1 Contribuição nº. 1568 do Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná.

New species of Mecometopus Thomson (Coleoptera, Cerambycidae)

Dilma Solange NappI, III; Miguel A. MonnéII, III

IDepartamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná. Caixa Postal 19020, 81531-980 Curitiba-PR, Brasil

IIDepartamento de Entomologia, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, 20940-040 Rio de Janeiro-RJ, Brasil

IIIPesquisador do CNPq

RESUMO

Três novas espécies de Mecometopus são descritas: M. catarina sp. nov. (Brasil: Santa Catarina), M. rondonianus. sp. nov. (Brasil: Mato Grosso, Rondônia, e Equador: Napo), e M. capixaba sp. nov. (Brasil: Bahia, Espírito Santo).

Palavras-Chave: América do Sul; Cerambycinae; Clytini; taxonomia.

ABSTRACT

Three new species of Mecometopus are described: M. catarina sp. nov. (Brazil: Santa Catarina), M. rondonianus sp. nov. (Brazil: Mato Grosso, Rondônia, and Ecuador: Napo), and M. capixaba sp. nov. (Brazil: Bahia, Espírito Santo).

Keywords: Cerambycinae; Clytini; South America; taxonomy.

Mecometopus Thomson, 1860, gênero Neotropical, compreende 44 espécies (Monné 2005; Martins & Galileo 2005) distribuídas do México à Argentina, das quais 35 descritas para a América do Sul. Neste trabalho três novas espécies sul-americanas são acrescidas ao gênero: Mecometopus catarina, M. capixaba e M. rondonianus, as duas primeiras relacionadas à Mata Atlântica e a última, à Floresta Amazônica.

O material-tipo encontra-se depositado no Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro (MNRJ) e na Coleção de Entomologia Pe. J. S. Moure, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba (DZUP).

Mecometopus catarina sp. nov.

(Fig. 2)


Tegumento alaranjado, unicolor, com denso revestimento de pilosidade amarelada compacta que quase oblitera o tegumento. Nos élitros, a pilosidade mais adensada forma três faixas: duas na metade basal, oblíquas e ascendentes da margem para a sutura; a anterior inicia à frente do meio e alcança o quinto basal, estreitada no meio, alargada e arredondada na extremidade anterior que aproxima-se, mas não alcança a sutura; a posterior inicia no meio ou logo após, com a margem anterior retilínea, alcança a sutura e estende-se ao longo desta até o terço basal, contínua com a faixa do outro élitro; uma terceira faixa no terço posterior, quase transversal, da margem até a sutura. No pronoto, a pilosidade pode ser uniforme quando reveste os dois terços anteriores e a base, ou formar faixas irregulares, uma junto à margem anterior, uma mediana e outra na base; pilosidade esparsa sobre a elevação centro-longitudinal e nos lados no terço posterior. Antenas e pernas com pubescência mais fina e esparsa. Face ventral densamente revestida com pilosidade amarelada compacta que oblitera o tegumento; no metasterno a pilosidade delimita uma grande área central em "V" invertido; mais esparsa na região anterior dos urosternitos.

Fronte um terço mais longa que larga. Genas cerca de um quarto mais curtas que o lobo ocular inferior. Pontuação obliterada pela pilosidade. Antenas quase atingem o meio dos élitros. Escapo cilíndrico ligeiramente engrossado para o ápice, tão longo quanto o antenômero III; este pouco mais longo que o IV e o V, subiguais; VI-XI decrescentes, notavelmente os VIII-XI entumescidos e com cerca de um terço do comprimento do III.

Protórax globoso, tão largo quanto longo, regularmente arredondado nos lados; no meio tão ou mais largo que os úmeros. Pronoto fortemente convexo, deprimido na base. Pontuação grossa, muito densa a confluente; superfície brilhante; fileira centro-longitudinal de grânulos subglabra e elevada em quilha nos 2/3 anteriores. Lados do protórax e prosterno com escultura menos marcada, o tegumento quase inteiramente encoberto pela pilosidade. Disco do metasterno com pontuação fina e rasa. Urosternitos com pontos finos e rasos, superfície brilhante; pilosidade amarela densa, decumbente, reveste quase inteiramente os urosternitos I-III, mais densa aos lados e no terço posterior onde forma faixa contínua; urosternito V arredondado no ápice.

Escutelo com densa pilosidade amarelada, oblitera totalmente o tegumento. Élitros cerca de 2,5 vezes mais longos que a largura umeral. Lados paralelos atenuados apenas nos ápices. Margem apical truncada, oblíqua da sutura para a margem externa, o ângulo externo um pouco projetado. Dorso convexo, mais notavelmente na base sem gibosidades. Superfície opaca, com pontos finos e densos quase completamente obliterados pela pilosidade, principalmente na metade posterior.

Fêmures subclavados, com abas apicais aguçadas; pontuação fina, densa e rasa e densa pilosidade amarelada, decumbente; os posteriores ultrapassam o ápice elitral em um quarto de seu comprimento. Tíbias delgadas, cilíndrico-deprimidas, com pontuação e pilosidade esparsas. Metatarsômero I pelo menos tão longo quanto os seguintes somados.

Dimensões, em mm, macho/fêmea. Comprimento total 9,8/ 8,8-6,2; comprimento do protórax 2,7/2,5-1,5; largura do protórax 2,7/2,7-1,7; comprimento do élitro 6,7/5,0-4,3; largura umeral 2,6/2,7-1,7.

Holótipo macho, BRASIL, Santa Catarina: Corupá (60 m), X.1961, A. Maller col. (MNRJ). Parátipos: fêmea, mesmos dados do holótipo (MNRJ); São Paulo. São Paulo (Cantareira), 1 fêmea, I.1952, H. Zellibor (DZUP).

Variabilidade. Um dos parátipos apresenta: élitros encurtados deixando visíveis os dois últimos segmentos abdominais; protórax mais largo que os úmeros e a quilha mediana mais elevada com grânulos mais densos e proeminentes; fêmures mais robustos; e a pilosidade amarelada oblitera totalmente o protórax (exceto quilha mediana) e os 2/3 posteriores dos élitros, de tal forma que se distingue apenas a faixa anterior.

Comentários. Mecometopus catarina sp. nov. distingue-se das demais espécies conhecidas do gênero pela combinação de: colorido uniforme alaranjado do corpo e apêndices, denso revestimento de pilosidade amarelada compacta, antenas atingem quase o meio dos élitros, protórax globoso, fortemente convexo com a fileira de grânulos elevada em quilha e fêmures subclavados.

O epíteto é um nome aposto alusivo ao Estado de Santa Catarina.

Mecometopus rondonianus sp. nov.

(Fig. 1)

Tegumento preto. Élitros com pubescência acinzentada: na base e entre as gibosidades atrás do escutelo; na metade anterior, em cada élitro, uma faixa curva, ascendente do meio da margem para o dorso no terço basal, onde avança um pouco sobre as gibosidades, as extremidades arredondadas, a anterior distante da sutura e a posterior não atinge a margem; mancha triangular no meio do dorso, contínua com a mancha do outro élitro, mesclada ou marginada por cerdas mais grossas e um pouco amareladas; reveste o terço apical onde, conforme a incidência da luz, forma uma faixa de aspecto transverso com a margem anterior oblíqua, ascendente da margem para a sutura. Pilosidade compacta branca: margeia o escutelo; forma mancha diminuta próximo à margem externa logo após o ângulo lateral da mancha triangular dorsal; forma faixa oblíqua na margem posterior dos mesepisternos; reveste o urosternito I(II).

Fronte plana, cerca de um quarto mais longa que larga, fina e densamente pontuado-corrugada, pubescência inaparente. Área malar cerca de 1,5 vezes o comprimento do lobo ocular inferior, com escultura pouco mais esparsa e rasa do que na fronte. Antenas atingem o terço basal dos élitros ou, no máximo, o início do terço mediano. Escapo e antenômero III cilíndricos, delgados, o III pouco mais longo, com pontos finos e pubescência esparsos; IV 1/3 mais curto que o III; V-XI decrescentes, cônicos, um pouco engrossados, V-XI com pubescência esbranquiçada densa; XI afilado para o ápice com metade do comprimento do III; ápices internos dos antenômeros II-VI(VII) com longas cerdas castanhas.

Protórax globoso, aspecto hexagonal, mais atenuado para a base do que para a margem anterior, fortemente deprimido na base; pouco mais largo que longo e, no meio, quase tão largo quanto os úmeros. Pronoto e lados do protórax microrreticulados com pubescência branco-acinzentada curta; pronoto com faixa centro-longitudinal de finas rugas irregulares mas bem marcadas, pubescência ausente. Prosterno fina e densamente pontuado-rugoso, com pilosidade esbranquiçada longa e esparsa. Metasterno e metepisternos finamente corrugados com pilosidade castanha. Urosternitos com microescultura superficial; urosternito I(II) com denso revestimento de cerdas branco-amareladas que obliteram o tegumento; II-V com pilosidade esbranquiçada. Último urosternito alongado, um pouco deprimido na área centro-apical; margem apical com os lados ligeiramente oblíquos para o ápice, este subarredondado. Pigídio exposto, emarginado no ápice.

Élitros 2,3 vezes mais longos que a largura umeral, ligeiramente sinuosos no meio, atenuados na curvatura apical, os ápices transversalmente truncados com curto espinho externo, o ângulo sutural fracamente projetado. Na base, após o escutelo, com gibosidade muito evidente. Superfície microcorrugada, opaca, com denso revestimento de pubescência castanha, curta, decumbente, exceto nas áreas com pubescência clara. Início do terço posterior marcado por depressão que acompanha a margem anterior da faixa transversal acinzentada.

Fêmures fina e densamente pontuados, aspecto um pouco áspero, pilosidade castanha, esparsa; cilíndricos, um pouco engrossados; abas apicais externas dentiformes, as internas, principalmente nos metafêmures, mais alongadas, espiniformes; metafêmures ultrapassam o ápice elitral em cerca de ¼ de seu comprimento. Metatíbias fortemente deprimidas, aspecto lamelar, tão largas quanto os metafêmures; densamente pontuadas, aspecto biselado, com densas cerdas rijas que formam escova compacta nas margens dorsal e ventral. Metatarsômero I mais longo que os seguintes reunidos.

Dimensões, em mm, macho/fêmea. Comprimento total 9,5-8,0/11,3-6,7; comprimento do protórax 2,6-2,1/3,0-1,8; largura do protórax 2,7-2,4/3,3-1,9; comprimento do élitro 6,5-5,7/7,8-4,7; largura umeral 2,8-2,4/3,4-1,9.

Holótipo macho, BRASIL, Mato Grosso: Sinop (12º 31'S, 55º 37'W), BR 163, km 500-600, 350 m, X.1974, Alvarenga & Roppa col. (MNRJ). Parátipos: BRASIL, 1 macho, 1 fêmea, mesmos dados do holótipo, exceto X.1975 e X.1976, Roppa & Alvarenga col. (MNRJ); Rondônia: Ouro Preto do Oeste, 1 macho, VIII.1980, B. Silva col., 1 fêmea, X.1983, O. Roppa, J. Becker & B. Silva col. (DZUP), 1 macho, X.1983, 1 fêmea, XI.1983, O. Roppa, J. Becker & B. Silva col., 1 macho, X.1986, O. Roppa, P. Magno & J. Becker col. (MNRJ). EQUADOR, Napo: Pto. Misahualli, 1 macho, 7.XII.1984, D. Sánchez col. (MNRJ).

Variabilidade. Em alguns exemplares falta a pilosidade compacta branca na face ventral, ou pode ser amarelada nos urosternitos I-II. No exemplar do Equador, a margem posterior da mancha triangular dorsal é sinuosamente oblíqua descendente para a margem externa onde se une à mancha de pilosidade compacta branca.

Discussão. O colorido do corpo e o desenho elitral de M. rondonianus sp. nov. são semelhantes aos de M. triangularis (Laporte & Gory, 1838), registrada para Guiana Francesa (Caiena) e Brasil (Pará), da qual se distingue prontamente pelas gibosidades manifestas na base dos élitros, metatíbias achatadas, lamelares, protórax com aspecto hexagonal e tão largo quanto os úmeros e antenas unicolores pretas. Em M. triangularis: élitros sem gibosidades basais, tíbias cilíndrico-deprimidas, protórax mais longo que largo e mais estreito que os úmeros e antenas com antenômeros apicais mais claros, aspecto bicolor.

Como nas demais espécies de Mecometopus, a distinção entre os sexos é bastante difícil. Aparentemente, nos machos de M. rondonianus as gibosidades elitrais são mais manifestas, as metatíbias mais alargadas, o último urosternito tem discreto entalhe mediano com a área apical deprimida menor e mais acentuada do que nas fêmeas.

O nome da espécie significa natural ou habitante do Estado de Rondônia.

Mecometopus capixaba sp. nov.

(Fig. 3)

Tegumento castanho-escuro a preto, exceto: cabeça, escapo e, pelo menos, o terço anterior do pronoto avermelhados. Antenas: pedicelo avermelhado a castanho-claro, antenômeros III-VI castanho-escuros, VII-XI amarelos os X-XI amarelo-acastanhados. Pernas pretas a castanho-avermelhadas. Pubescência branco-acinzentada curta e densa na metade posterior do pronoto e lados do protórax, base dos élitros e escutelo; em cada élitro: faixa oblíqua que se inicia no terço basal, descendente para a margem até o meio do élitro, não atinge a sutura nem a margem; grande mancha triangular dorso-mediana, truncada na margem posterior, a anterior oblíqua acompanha a faixa anterior; faixa transversa, larga, no terço posterior, contínua sobre a sutura e quase atinge a margem. Pubescência acinzentada esparsa no mesosterno, metasterno, urosternitos III-V e pernas. Pilosidade branca, compacta: no disco do prosterno; faixa oblíqua que acompanha a margem posterior dos mesepisternos; região anterior e lados do metasterno; faixa estreita na metade superior dos metepisternos; faixa larga que recobre quase inteiramente os urosternitos I-II.

Fronte fina e densamente pontuada, microesculturada, pilosidade inaparente; genas com pontos pouco maiores e esparsos, superfície brilhante. Escapo delgado, pouco mais curto que o antenômero III, quase liso, subglabro, brilhante; antenômeros II-XI com pubescência esbranquiçada, esparsa nos II-V, densa nos demais; antenômero III 1/3 mais longo que o IV; V-XI decrescentes, VII-XI cônicos e um pouco engrossados.

Protórax tão ou pouco mais largo que longo, no meio tão largo quanto os úmeros, mais atenuado para a margem posterior. Pronoto, lados do protórax e prosterno microcorrugados; metade anterior do pronoto com pubescência esbranquiçada quase inaparente; faixa centro-longitudinal de grânulos evidente, os grânulos elevados embora pouco adensados. Mesosterno, área central do metasterno e região anterior dos urosternitos I-II fina e densamente pontuados a microcorrugados; urosternitos III-V com pontuação e pilosidade esparsas e pêlos muito longos no disco mais evidentes nos IV-V e lados do ápice do V onde são até mais longos que o esternito.

Élitros microcorrugados, opacos, com pubescência castanha exceto nas áreas recobertas por pubescência cinza. Gibosidades basais moderadas. Extremidades transversalmente truncadas projetadas em espinho curto nos ângulos externo e sutural.

Fêmures sublineares, fina e densamente pontuados, os pontos algo biselados, aspecto geral moderadamente áspero; pubescência esbranquiçada esparsa; os posteriores ultrapassam o ápice elitral em cerca de ¼ de seu comprimento. Tíbias cilíndrico-deprimidas, com pontos biselados e pilosidade esparsos, a superfície brilhante. Metatarsômero I tão longo quanto os demais somados.

Dimensões, em mm, fêmea. Comprimento total 10,8-6,8; comprimento do protórax 3,0-1,8; largura do protórax 3,0-1,8; comprimento do élitro 7,3-4,7; largura umeral 3,0-1,8.

Material-tipo. Holótipo fêmea, BRASIL, Espírito Santo: Linhares (Parque Sooretama), XI.1967, F.M. Oliveira col. (MNRJ). Parátipos: Bahia: Barrolândia, 1 fêmea., VIII.1977, O. Roppa col. (MNRJ); Espírito Santo: Linhares (Parque Sooretama),1 fêmea, X.1967, 2 fêmeas, XI.1967, F.M. Oliveira col. (MNRJ), 2 fêmeas, XI.1967, F.M. Oliveira col. (DZUP), 3 fêmeas, V.1968, 1 fêmea, X.1968, B. Silva col. (MNRJ); Linhares, 1 fêmea., X.1970, Roppa col. (MNRJ), 1 fêmea, 16.XI.1973, C.T. & C. Elias (DZUP); Pedro Canário (Conceição da Barra), 1 fêmea, X.1972, B. Silva, 1 fêmea, XI.1972, B. Silva (MNRJ).

Material examinado de M. triangularis (Laporte & Gory, 1838). BRASIL, Pará: Óbidos, 1 fêmea, IX.1954, 1 fêmea, VI.1959, F. M. Oliveira col. (MNRJ). O tipo de M. triangularis e os de seus sinônimos, M. funereus (Chevrolat, 1862) e M. maronensis (Chevrolat, 1862), foram examinados por meio de diapositivos.

Discussão. Mecometopus capixaba sp. nov. é muito semelhante a M. triangularis (Laporte & Gory, 1838), com distribuição conhecida para Guiana Francesa (Cayena) e Brasil (Pará). Difere (M. triangularis entre parênteses): 1) cabeça, escapo e metade anterior ou, pelo menos, a base do protórax, vermelho-alaranjados (castanho-escuros, no máximo a fronte castanho-avermelhado-escuro); 2) escapo avermelhado, antenômeros II-IV castanhos, VIII-XI amarelados, antenas com aspecto tricolor (escapo concolor com antenômeros II-IV, castanho-escuros, os apicais mais claros, aspecto bicolor); 3) fronte glabra (com pilosidade esbranquiçada aparente); 4) rostro mais curto e largo, distância interocular na fronte igual ao comprimento do escapo (mais longo e estreito, distância interocular ¼ menor que o comprimento do escapo); 5) protórax tão largo quanto longo, mais expandido no meio, mais atenuado para a margem posterior, aspecto hexagonal (mais longo que largo, pouco expandido no meio, lados gradualmente atenuados para as margens anterior e posterior, mais evidente para a frente); 6) fileira de grânulos no pronoto elevada e bem evidente (pouco elevada); 7) pronoto subglabro na metade anterior (com pubescência esbranquiçada aparente); 8) fêmures e tíbias com pontuação e pilosidade esparsas, metatíbias brilhantes (fêmures com pontos adensados a corrugados, pilosidade adensada; metatíbias opacas com pontos biselados densos, aspecto áspero); 9) metatarsômero I tão longo quanto os seguintes somados (mais longo).

O nome da espécie, "capixaba", significa natural do Estado do Espírito Santo.

Agradecimentos. A Albino M. Sakakibara (DZUP) pelas fotos que ilustram o trabalho.

Recebido em 24/05/2005; aceito em 19/09/2005

  • Martins, U. R. & M. H. M. Galileo. 2005. Cerambycidae (Coleoptera) da Colômbia. VII. Novos táxons, novos registros, nova sinonímia, nova combinação e novo nome. Revista Brasileira de Zoologia 22: 518.
  • Monné, M. A. 2005. Catalogue of the Cerambycidae (Coleoptera) of the Neotropical Region. Part I. Subfamily Cerambycinae. Zootaxa 946: 1765.
  • 1
    Contribuição nº. 1568 do Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Abr 2006
    • Data do Fascículo
      Mar 2006

    Histórico

    • Aceito
      19 Set 2005
    • Recebido
      24 Maio 2005
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