Acessibilidade / Reportar erro

Infecção da ferida cirúrgica: uma complicação da mastectomia

Resumos

Análise retrospectiva de 30 prontuários de pacientes submetidas a mastectomia em um hospital geral escola, com o objetivo de se conhecer a frequência de infecção da ferida cirúrgica, relacionando-a aos fatores predisponentes à infecção. O índice encontrado foi de 40%, muito acima do apontado pela literatura, o que sugere que nele possam estar embutidos também os possíveis casos de seroma, tendo em vista os indicadores utilizados para definir infecção, e a ausência de registro de exames laboratoriais nos prontuários consultados.

lnfecçãodaferida operatória; Mastectomia; Complicações pós-operatórias


The present study contains a retrospective analysis of thirty medical reports of patients that were submitted to mastectomy at a school hospital, and has the objective of knowing the frequency of surgical injury infection, relating it to predisposed factors to infection. The frequency founded was 40%, a percentage above the level pointed in the literature, suggesting that can be included in it cases of seroma, due the indicators utilized to define infection and the absence of laboratory exams registrers in the consulted medical reports.

Surgical wound infection; Mastectomy; Postoperative complications


ARTIGOS

Infecção da ferida cirúrgica - uma complicação da mastectomia

Olga Maimoni AguillarI; Branca Maria de Oliveira SantosI; Roberta Helena Elias de AndradeII; Edla da Silva BarbosaIII

IProfessora doutora do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP

IIEnfermeira da CCIH da Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca e Ex-bolsista PIBIC/USP/CNPq

IIIEnfermeira da Unidade de Emergência HCRP/USP

RESUMO

Análise retrospectiva de 30 prontuários de pacientes submetidas a mastectomia em um hospital geral escola, com o objetivo de se conhecer a frequência de infecção da ferida cirúrgica, relacionando-a aos fatores predisponentes à infecção. O índice encontrado foi de 40%, muito acima do apontado pela literatura, o que sugere que nele possam estar embutidos também os possíveis casos de seroma, tendo em vista os indicadores utilizados para definir infecção, e a ausência de registro de exames laboratoriais nos prontuários consultados.

Unitermos:lnfecçãodaferida operatória-Mastectomia-Complicações pós-operatórias.

ABSTRACT

The present study contains a retrospective analysis of thirty medical reports of patients that were submitted to mastectomy at a school hospital, and has the objective of knowing the frequency of surgical injury infection, relating it to predisposed factors to infection. The frequency founded was 40%, a percentage above the level pointed in the literature, suggesting that can be included in it cases of seroma, due the indicators utilized to define infection and the absence of laboratory exams registrers in the consulted medical reports.

Keywords: Surgical wound infection - Mastectomy - Postoperative complications

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Recebido para publicação em 27.10.1994.

Aprovado para publicação em 2.5.1995.

  • 1. AGUILLAR, O. M. et al. Cirurgias ginecológicas: problemas pós-alta. Rev. Brasileira de Enfermagem, v. 42, nº 2 e 3 p. 105-115, abril/set., 1992.
  • 2. ALMEIDA, A. M. Câncer de mama: análise de fatores de risco sob a perspectiva da Teoria de Kurt Lewin. Rio de Janeiro, 1991, 61 p. Dissertação (Mestrado) , Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1991.
  • 3. BARBOSA, H. Souza, J. A. G. A ferida operatória In: BARBOSA, H. Controle clínico do paciente cirúrgico. 5 ed. São Paulo: Livraria Ateneu, p. 109 -114,1986.
  • 4. BERNARDO, C. L. et al. Própolis - cicratrizante e antibiótico natural. Rev. Brasileira de Enfermagem. V. 43, n. 1, 2, 3, 4. p. 101 - 106, jan./dez., 1990.
  • 5. BRANDGER, P. et al. Slit drainage versus redon drainage in a clinical comparison - initial experiences with a new king of wound of drainage system. Gebertshilfe Franunheilkd. v. 51, n. 5, p. 393 - 397, may, 1991.
  • 6. BRUNNER, L. S., SUDDARTH, D. S. Conduta de enfermagem pós-operatória. In: Enfermagem Médico - Cirúrgica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990, v.1, p. 303-332.
  • 7. BUDD, D. C. et al. Surgical morbidity after mastectomy operations. Am. J. Surg., v. 135, n.2, p.218 - 20, 1978.
  • 8. CHEN, J., GUTKIN , J & BAWNIK, J. Postoperative infections in breast surgey. J. Hosp. Infect, v. 17, p. 61-65, jan. 1991.
  • 9. CONDON, R. E. & NYHUS, L. M. Manual de diagnóstico e terapêutica em cirurgia. R. J., S. P: Atheneu, 346p., 1985.
  • 10. FERRAZ, E. M. Epidemiologia e controle da infecão em cirurgia, In: Manual de Controle de Infecão em Cirurgia. São Paulo: E.P.U., 1982, p. 17-27.
  • 11. ______ et al. Variação de incidência de infecão pós-operatória relacionada com o tipo de cirurgia realizada. Rev. Col. Bras. Cirurgiões, n.1, vol. 7, p. 1-4, 1980.
  • 12. HULTZLER, V. et al. Incidência de infecões hospitalares. Rev. Clin. Fac. Med. São Paulo, 28 (supl): p.1, 1973.
  • 13. LAUS, E., MAIA T. A., Avaliação do índice de infecção da ferida operatória em pacientes cirúrgicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. Medicina. Ribeirão Preto, v. 15, n.2, p. 73 - 78, abr./jun., 1982.
  • 14.MAMEDE, M. V. Reabilitação de mastectomizadas: um enfoque assistencial. Ribeirão Preto, 1991, 140p. Tese (Livre Docência) Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, 1991.
  • 15. MENKE, C M., et al. Complicações pós-operatórias das mastectomizadas. Rev. Am. Rigs., v. 29, p. 228-230, jul/set., 1985.
  • 16. ______ et al. Alta em pós operatório de câncer de mama. J. Brasileiro de Ginecologia, v. 92, n.8, p. 437-438, ago., 1988.
  • 17. MENNEL, C. et. al. Diagnostic problems in local recurrence after breast saving therapy of breast câncer. Geburtshuil Freuenheikal, v. 51, n. 4, p. 262-266, apr., 1991.
  • 18. PINHEIRO, J. C. L. Câncer de mana feminina: algumas considerações. Feminina, v. 14, n.1, p. 41-48, 1986.
  • 19. SILVEIRA G. P. et al. Radicalidade da mastectomia e o pequeno peitoral. Rev. Med. Puc. RS, v.1, n. 2, p. 73-77, jan./mar., 1989
  • 20. YASARGIL, E. C. Cirurgia da mama. In: Manual de Cirurgia. 3. ed. São Paulo: EPU, Springer, p. 318-326, 1981.
  • 21. WILSON, J. L. Manual de cirurgia, 5 ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, pag. 41-47, 1976.
  • 22. ZANON, V. et. al., Reflexos sobre indicidência de infecções cirúrgicas. Rev. Col. Bras. Cirurgiões , n. 6, vol. 1, p. 1-10, 1979.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Fev 2015
  • Data do Fascículo
    Jun 1995

Histórico

  • Recebido
    27 Out 1994
  • Aceito
    02 Maio 1995
Associação Brasileira de Enfermagem SGA Norte Quadra 603 Conj. "B" - Av. L2 Norte 70830-102 Brasília, DF, Brasil, Tel.: (55 61) 3226-0653, Fax: (55 61) 3225-4473 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: reben@abennacional.org.br