Mulheres falando sobre suas crenças e práticas no cuidado ao coto umbilical do recém-nascido

Boens, Astrid Eggert; Monticelli, Marisa; Elsen, Ingrid

doi:10.1590/S0034-71671991000100007

Resumos

Este estudo teve como objetivo verificar o significado do coto umbilical, o auxílio à nova mãe no cuidado ao RN e as práticas no cuidado ao coto umbilical. Utilizou-se técnicas qualitativas para entrevistar mulheres com experiência no cuidado ao RN. Verificou-se que o auxílio no cuidado ao RN é feito pelos familiares de forma hierárquica onde a mãe da puérpura ocupa primeiro lugar. Este auxílio irá influenciar na percepção que a nova mãe tem coto bem como nas práticas do cuidado. Conclui-se que a Enfermangem, no processo de cuidar deve levar em consideração a família e as percepções desta, para que possa haver diálogo e respeito mútuo.

The goal of this study was to verify the meaning of the umbilical stump, the help offered the new mother in caring of her newborn, and practices concerning the umbilical stump care. Qualitative techniques were employed to interview experienced on newborn care. It has been verified one conclusion arrived at is that the help invested on newborn care is performed by the family according to an hierarchical form whereby the puerpera's mother occupies first place. Such help will influence the new mother's perception of the umbilical stump, as well as her care practices. Thus nursing, in the context of its caring process, must take into consideration the family and its perceptions so that dialogue and mutual respect will be are expected to prevail

Mulheres falando sobre suas crenças e práticas no cuidado ao coto umbilical do recém-nascido

Astrid Eggert Boens^I; Marisa Monticelli^I; Ingrid Elsen^II

^IProfessores Adjuntos do Departamento de Enfermagem da UFSC

^IIProfessor Adjunto do curso de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC e Orientadora do Trabalho

RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar o significado do coto umbilical, o auxílio à nova mãe no cuidado ao RN e as práticas no cuidado ao coto umbilical. Utilizou-se técnicas qualitativas para entrevistar mulheres com experiência no cuidado ao RN. Verificou-se que o auxílio no cuidado ao RN é feito pelos familiares de forma hierárquica onde a mãe da puérpura ocupa primeiro lugar. Este auxílio irá influenciar na percepção que a nova mãe tem coto bem como nas práticas do cuidado. Conclui-se que a Enfermangem, no processo de cuidar deve levar em consideração a família e as percepções desta, para que possa haver diálogo e respeito mútuo.

ABSTRACT

The goal of this study was to verify the meaning of the umbilical stump, the help offered the new mother in caring of her newborn, and practices concerning the umbilical stump care. Qualitative techniques were employed to interview experienced on newborn care. It has been verified one conclusion arrived at is that the help invested on newborn care is performed by the family according to an hierarchical form whereby the puerpera's mother occupies first place. Such help will influence the new mother's perception of the umbilical stump, as well as her care practices. Thus nursing, in the context of its caring process, must take into consideration the family and its perceptions so that dialogue and mutual respect will be are expected to prevail.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Referências bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT, 1989, 19p.
2 ARAÚJO, Alceu Maynard. Medicina Rústica. São Paulo: Nacional, 1977.
3 BOEHS, Astrid Eggert. Famílias vivenciando a chegada de um Recém-Nascido. Trabalho apresentado à disciplina Antropologia Médica do curso de mestrado em Antropologia Social. Universidade Federal de Santa Catarina, 1989 (mimeo).
4 CARTANA, Maria do Horto Fontoura. Rede e Suporte Social de famílias. Dissertação (mestrado em Enfermagem - Universidade Federal de Santa Catarina, 1988.
5 COSMINSKY, Sheila Childbirth and midwifery on a Guatemala Finca. Medicai Anthropology v.1 Nş 3 p. 70-103, 1977.
6 ELSEN, Ingrid. ALTHOFF, Coleta. "Mulheres brasileiras falam sobre o suporte social durante a gravidez. Trabalho apresentado no Second International Nursing Research Conference on Social Support, 1989, Seoul Korea.
7 DALILLA, Augusto. Primeiro banho e primeiro curativo umbilical em recém-nascido normal, praticados no domicílio: Conhecimentos, opiniões, práticas e temores manifestados por primigestas e por primiparas. Dissertação (mestrado em enfermagem), Escola Paulista de Medicina, São Paulo, 1983.
8 DOUGLAS, Mary, Pureza e Perigo. São Paulo: Perspectiva, 1976.
9 GLASER, G.B. & STRAUSS, A.L. The discovery of ground theory, Strategies for qualitative research. Chicago: Aldine Publishing, 1967.
10 LANGDON, Esther Jean. Saúde Indígena: a lógica do processo de tratamento. Apresentado no Simpósio "Saúde do índio". Ministério da Saúde, Brasília, 1986 (mimeo)
11 MARCONDES, Eduardo. Pediatria básica. São Paulo: Sarvier, 1986, 1ş volume
12 MEAD, Margareth. Sexo e Temperamento. São Paulo: Perspectivas, 1988.
¹³
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de controle de infecção hospitalar. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1985.
14 MONTICELLI, Marisa & BOEHS, Astrid Eggert. Percepção das Mães sobre os cuidados à criança no primeiro mês de vida. IN: Anais (resumo) Encontro de Pesquisa Qualitativa em Enfermagem, 1. São Paulo: 1988.
15 RODRIGUES, José Carlos. Tabu do Corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1983.
16 ROSA, Maria Tereza Leopardi. Análise dos símbolos e a concepção de saúde. Trabalho apresentado à disciplina Antropologia Simbólica do Curso de Mestrado em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, 1988 (mimeo).
17 SPENCER, Robert. Embriology and Obstetrics in Preindustrial Societies. IN: LANDY, David, (ed) Culture disease and Healing Studies in Medical Anthropology. Macmillan Publishing, New York: 1977.

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Prêmio Laís Netto dos Reis -1º lugar -42º Congresso Brasileiro de Enfermagem - Natal - RN.

Datas de Publicação

Publicação nesta coleção
27 Fev 2015
Data do Fascículo
Mar 1991

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[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: Referências bibliográficas. Rio de Janeiro: ABNT, 1989, 19p.

[2] 2 ARAÚJO, Alceu Maynard. Medicina Rústica. São Paulo: Nacional, 1977.

[3] 3 BOEHS, Astrid Eggert. Famílias vivenciando a chegada de um Recém-Nascido. Trabalho apresentado à disciplina Antropologia Médica do curso de mestrado em Antropologia Social. Universidade Federal de Santa Catarina, 1989 (mimeo).

[4] 4 CARTANA, Maria do Horto Fontoura. Rede e Suporte Social de famílias. Dissertação (mestrado em Enfermagem - Universidade Federal de Santa Catarina, 1988.

[5] 5 COSMINSKY, Sheila Childbirth and midwifery on a Guatemala Finca. Medicai Anthropology v.1 Nş 3 p. 70-103, 1977.

[6] 6 ELSEN, Ingrid. ALTHOFF, Coleta. "Mulheres brasileiras falam sobre o suporte social durante a gravidez. Trabalho apresentado no Second International Nursing Research Conference on Social Support, 1989, Seoul Korea.

[7] 7 DALILLA, Augusto. Primeiro banho e primeiro curativo umbilical em recém-nascido normal, praticados no domicílio: Conhecimentos, opiniões, práticas e temores manifestados por primigestas e por primiparas. Dissertação (mestrado em enfermagem), Escola Paulista de Medicina, São Paulo, 1983.

[8] 8 DOUGLAS, Mary, Pureza e Perigo. São Paulo: Perspectiva, 1976.

[9] 9 GLASER, G.B. & STRAUSS, A.L. The discovery of ground theory, Strategies for qualitative research. Chicago: Aldine Publishing, 1967.

[10] 10 LANGDON, Esther Jean. Saúde Indígena: a lógica do processo de tratamento. Apresentado no Simpósio "Saúde do índio". Ministério da Saúde, Brasília, 1986 (mimeo)

[11] 11 MARCONDES, Eduardo. Pediatria básica. São Paulo: Sarvier, 1986, 1ş volume

[12] 12 MEAD, Margareth. Sexo e Temperamento. São Paulo: Perspectivas, 1988.

[13] ¹³
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de controle de infecção hospitalar. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1985.

[14] 14 MONTICELLI, Marisa & BOEHS, Astrid Eggert. Percepção das Mães sobre os cuidados à criança no primeiro mês de vida. IN: Anais (resumo) Encontro de Pesquisa Qualitativa em Enfermagem, 1. São Paulo: 1988.

[15] 15 RODRIGUES, José Carlos. Tabu do Corpo. Rio de Janeiro: Achiamé, 1983.

[16] 16 ROSA, Maria Tereza Leopardi. Análise dos símbolos e a concepção de saúde. Trabalho apresentado à disciplina Antropologia Simbólica do Curso de Mestrado em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, 1988 (mimeo).

[17] 17 SPENCER, Robert. Embriology and Obstetrics in Preindustrial Societies. IN: LANDY, David, (ed) Culture disease and Healing Studies in Medical Anthropology. Macmillan Publishing, New York: 1977.