Comportamento de variedades paulistas de algodoeiro em solo infestado pelo fungo causador da murcha verticilar

Cia, Edivaldo; Ferraz, Carlos A. M.; Silva, Nelson Machado da; Fuzatto, Milton Geraldo

doi:10.1590/S0006-87051970000100007

Resumos

Foi estudado o comportamento de variedades paulistas de algodoeiro em terreno infestado pelo fungo causador da "murcha de Verticillium", no Estado de São Paulo. As variedades IAC RM3 e IAC RM4, resistentes à Fusariose, destacaram-se em produção e apresentaram as menores porcentagens de plantas com sintomas externos da doença estudada. Os resultados sugerem que tais variedades constituem também fontes genéticas de resistência à murcha verticilar.

A study was made on the reactions of the cotton varieties commonly cultivated in the State of São Paulo (Brazil) to Verticillium wilt under field conditions. The effects of the disease were evaluated by determining the percentages of plants showing the symptoms of the Verticilliumwilt and by measuring the yield of each variety. The Fusarium resistant varieties IAC RM3 and IAC RM4 gave the highest yields and the lowest percentages of plants infected by Verticilliumwilt. It is suggested that these varieties might represent sources of resistance to Verticillium wilt.

Comportamento de variedades paulistas de algodoeiro em solo infestado pelo fungo causador da murcha verticilar¹ 1 Trabalho apresentado na III Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Fitopatologia, realizada em Campinas, de 4 a 7 de fevereiro de 1969.

Comparative reactions of some cotton varieties to Verticillium wilt in field conditions

Edivaldo Cia² 2 Os autores agradecem a D Noemia J. Rehder pelos préstimos dispensados aos ensaios instalados em sua propriedade. ; Carlos A. M. Ferraz² 2 Os autores agradecem a D Noemia J. Rehder pelos préstimos dispensados aos ensaios instalados em sua propriedade. ; Nelson Machado da Silva² 2 Os autores agradecem a D Noemia J. Rehder pelos préstimos dispensados aos ensaios instalados em sua propriedade. ; Milton Geraldo Fuzatto² 2 Os autores agradecem a D Noemia J. Rehder pelos préstimos dispensados aos ensaios instalados em sua propriedade.

Engenheiros-agrônomos, Seção de Algodão, Instituto Agronômico

SINOPSE

Foi estudado o comportamento de variedades paulistas de algodoeiro em terreno infestado pelo fungo causador da "murcha de Verticillium", no Estado de São Paulo.

As variedades IAC RM3 e IAC RM4, resistentes à Fusariose, destacaram-se em produção e apresentaram as menores porcentagens de plantas com sintomas externos da doença estudada. Os resultados sugerem que tais variedades constituem também fontes genéticas de resistência à murcha verticilar.

SUMMARY

A study was made on the reactions of the cotton varieties commonly cultivated in the State of São Paulo (Brazil) to Verticillium wilt under field conditions.

The effects of the disease were evaluated by determining the percentages of plants showing the symptoms of the Verticilliumwilt and by measuring the yield of each variety.

The Fusarium resistant varieties IAC RM3 and IAC RM4 gave the highest yields and the lowest percentages of plants infected by Verticilliumwilt.

It is suggested that these varieties might represent sources of resistance to Verticillium wilt.

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LITERATURA CITADA

Recebido para publicação em 22 de julho de 1969.

1. BALMER, ERIC et alii. Estudo de resistęncia ŕ Verticillium albo-atrum Reinke & Berth., em variedades paulistas de algodoeiro. Bragantia 28:39-46, 1969.
2. BAZAN DE SEGURA, CONSUELO. Problemas fitopatologicos dei algodonero en Latinamerica. Marchitez Verticillium albo-atrumR. & B. In: Mesa de Algodon. Reunion Latinoamericana de Fitotecnia, Buenos Aires, 1961. p.99-102.
3. BITTANCOURT, A. A. Doenças do algodoeiro. Săo Paulo, Instituto Biológico, 1935. 21p. (Folheto 80)
4. COTTON, JOHN B. Breeding cotton for tolerance to Verticilliumwilt. Washington, Department of Agriculture, 1965. 18p. (ARS 34-80)
5. GARBER, R. H. Report of the VerticilliumWilt Comittee, compiled by A. B. Wiles. In: Proc. Annual Cotton Disease Council, (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 10-11.
6. KRUG, H. P. Conhecimentos actuaes sobre a murcha do algodoeiro no Estado de Săo Paulo. Campinas, Instituto Agronômico, 1935. lip. (Boletim técnico 21)
7. MCDANIEL, M. C; FULTON, N. D. & SINCLAIR, J. B. Estimated reduction in 1965 cotton yield as a result of disease damage. In:Proc. Annual Cotton Disease Council, (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 5-6.
8. STAFFELDT, E. E. & FRYXELL, P. A. A measurement of disease reaction of cotton to Verticilliumwilt. Plt. Dis. Reptr 39(9): 690-692, 1955.
9. VIEGAS, A. P. A murcha do algodoeiro. Revista da Agricultura 14:449-556, 1939.
10. ________& KRUG, H. P. A murcha do algodoeiro. Campinas, Instituto Agronômico, 1935. 5p. (Boletim técnico 18)
11. WADLE, B. A. & FULTON, N. D. Report of the VerticilliumWilt Comittee, compiled by A. B. Wiles. In: Proc. Annual Cotton Disease Council (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 10-11.
12. WILES, ALFRED B. Comparative reactions of certain cottons to fusarium and Verticillium wilts. Phytopathology 53:586-588, 1953.

1

Trabalho apresentado na III Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Fitopatologia, realizada em Campinas, de 4 a 7 de fevereiro de 1969.

2

Os autores agradecem a D Noemia J. Rehder pelos préstimos dispensados aos ensaios instalados em sua propriedade.

Datas de Publicação

Publicação nesta coleção
18 Mar 2009
Data do Fascículo
Jan 1970

Histórico

Recebido
22 Jul 1969

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[1] 1. BALMER, ERIC et alii. Estudo de resistęncia ŕ Verticillium albo-atrum Reinke & Berth., em variedades paulistas de algodoeiro. Bragantia 28:39-46, 1969.

[2] 2. BAZAN DE SEGURA, CONSUELO. Problemas fitopatologicos dei algodonero en Latinamerica. Marchitez Verticillium albo-atrumR. & B. In: Mesa de Algodon. Reunion Latinoamericana de Fitotecnia, Buenos Aires, 1961. p.99-102.

[3] 3. BITTANCOURT, A. A. Doenças do algodoeiro. Săo Paulo, Instituto Biológico, 1935. 21p. (Folheto 80)

[4] 4. COTTON, JOHN B. Breeding cotton for tolerance to Verticilliumwilt. Washington, Department of Agriculture, 1965. 18p. (ARS 34-80)

[5] 5. GARBER, R. H. Report of the VerticilliumWilt Comittee, compiled by A. B. Wiles. In: Proc. Annual Cotton Disease Council, (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 10-11.

[6] 6. KRUG, H. P. Conhecimentos actuaes sobre a murcha do algodoeiro no Estado de Săo Paulo. Campinas, Instituto Agronômico, 1935. lip. (Boletim técnico 21)

[7] 7. MCDANIEL, M. C; FULTON, N. D. & SINCLAIR, J. B. Estimated reduction in 1965 cotton yield as a result of disease damage. In:Proc. Annual Cotton Disease Council, (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 5-6.

[8] 8. STAFFELDT, E. E. & FRYXELL, P. A. A measurement of disease reaction of cotton to Verticilliumwilt. Plt. Dis. Reptr 39(9): 690-692, 1955.

[9] 9. VIEGAS, A. P. A murcha do algodoeiro. Revista da Agricultura 14:449-556, 1939.

[10] 10. ________& KRUG, H. P. A murcha do algodoeiro. Campinas, Instituto Agronômico, 1935. 5p. (Boletim técnico 18)

[11] 11. WADLE, B. A. & FULTON, N. D. Report of the VerticilliumWilt Comittee, compiled by A. B. Wiles. In: Proc. Annual Cotton Disease Council (26th). Memphis, Tennessee, 1966. p. 10-11.

[12] 12. WILES, ALFRED B. Comparative reactions of certain cottons to fusarium and Verticillium wilts. Phytopathology 53:586-588, 1953.