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Versão brasileira da Escala Cornell de depressão em demência (Cornell depression scale in dementia)

Brazilian version of the Cornell depression scale in dementia

Resumos

OBJETIVO: Tradução e adaptação da escala Cornell de depressão em demência e verificação da confiabilidade entre e intra-examinadores da versão na língua portuguesa. MÉTODO: A versão original da Escala Cornell foi traduzida para o português por firma especializada em tradução de textos médicos e retrotraduzida para o inglês por outros dois tradutores independentes. As divergências de tradução foram identificadas e discutidas, chegando-se à versão que foi submetida à pré-teste para adaptação sócio-cultural. Após esta adaptação, obteve-se a versão final que foi administrada a amostra de 29 pacientes com doença de Alzheimer provável e aos seus cuidadores. RESULTADOS: A versão final da escala mostrou-se de fácil aplicação e obteve boa confiabilidade intra-examinador (Kappa=0,77; p<0,001) e entre-examinadores (Kappa=0,76; p<0,001). CONCLUSÃO: A versão brasileira da Escala Cornell é um instrumento que pode ser utilizado para avaliação e acompanhamento de depressão em pacientes com demência.

depressão; escalas; adaptação; reprodutibilidade dos testes


OBJECTIVE: Translating and adapting the Cornell scale for depression in dementia to the Portuguese language and verifying the interrater and test-retest reliability of the translated and adapted version. METHOD: The Cornell scale was translated into Portuguese and back translated into English. Divergences of translation were identified and discussed, resulting in a version which was submitted to a pre-test for cross-cultural adaptation. The final version was administered to a sample of 29 patients with probable AD and to their caregivers. RESULTS: The Cornell Scale presented good interrater (Kappa=0,77; p<0,001) and test-retest reliability (Kappa=0,76; p<0,001). The final version was easy to administer and well understood by the caregivers. CONCLUSION: The Brazilian version of the Cornell Scale is an instrument with good reliability to evaluate depression in patients with dementia. This tool will contribute to the evaluation and follow-up of depressed patients with dementia in our population and may also be used in multicentric studies with Brazilian population.

depression; scales; adaptation; reproducibility of results


Versão brasileira da Escala Cornell de depressão em demência (Cornell depression scale in dementia)

Brazilian version of the Cornell depression scale in dementia

Maria Teresa Carthery-GoulartI; Renata Areza-FegyveresI; Rodrigo R. SchultzII; Ivan OkamotoII; Paulo CaramelliI; Paulo Henrique F. BertolucciII; Ricardo NitriniI

IGrupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento (GNCC) da Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo SP, Brasil (HCFMUSP)

IISetor de Neurologia do Comportamento do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Escola de Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo SP, Brasil (EPM-UNIFESP)

RESUMO

OBJETIVO: Tradução e adaptação da escala Cornell de depressão em demência e verificação da confiabilidade entre e intra-examinadores da versão na língua portuguesa.

MÉTODO: A versão original da Escala Cornell foi traduzida para o português por firma especializada em tradução de textos médicos e retrotraduzida para o inglês por outros dois tradutores independentes. As divergências de tradução foram identificadas e discutidas, chegando-se à versão que foi submetida à pré-teste para adaptação sócio-cultural. Após esta adaptação, obteve-se a versão final que foi administrada a amostra de 29 pacientes com doença de Alzheimer provável e aos seus cuidadores.

RESULTADOS: A versão final da escala mostrou-se de fácil aplicação e obteve boa confiabilidade intra-examinador (Kappa=0,77; p<0,001) e entre-examinadores (Kappa=0,76; p<0,001).

CONCLUSÃO: A versão brasileira da Escala Cornell é um instrumento que pode ser utilizado para avaliação e acompanhamento de depressão em pacientes com demência.

Palavras-chave: depressão, escalas, adaptação, reprodutibilidade dos testes.

ABSTRACT

OBJECTIVE: Translating and adapting the Cornell scale for depression in dementia to the Portuguese language and verifying the interrater and test-retest reliability of the translated and adapted version.

METHOD: The Cornell scale was translated into Portuguese and back translated into English. Divergences of translation were identified and discussed, resulting in a version which was submitted to a pre-test for cross-cultural adaptation. The final version was administered to a sample of 29 patients with probable AD and to their caregivers.

RESULTS: The Cornell Scale presented good interrater (Kappa=0,77; p<0,001) and test-retest reliability (Kappa=0,76; p<0,001). The final version was easy to administer and well understood by the caregivers.

CONCLUSION: The Brazilian version of the Cornell Scale is an instrument with good reliability to evaluate depression in patients with dementia. This tool will contribute to the evaluation and follow-up of depressed patients with dementia in our population and may also be used in multicentric studies with Brazilian population.

Key words: depression, scales, adaptation, reproducibility of results.

Depressão e demência são síndromes clínicas muito freqüentes na população idosa e podem, muitas vezes, coexistir. A prevalência de sintomas depressivos em pacientes com doença de Alzheimer (DA) varia entre 10 e 86%, dependendo dos critérios diagnósticos, das avaliações utilizadas e das populações estudadas1-5. Estudos longitudinais sugerem que a depressão pode preceder o desenvolvimento de demência ou mesmo constituir um fator de risco para o aparecimento da DA6-8. Esses fatores apontam para a necessidade de se utilizar instrumentos específicos para avaliar sintomas depressivos em pacientes com demência. A escala Cornell de depressão em demência (ECDD) é um instrumento para auxiliar em pesquisa farmacológica e em estudos sobre a evolução de sintomas psiquiátricos em pacientes com demência9 e mostrou-se confiável, válida e sensível de acordo com critérios de escalas psiquiátricas discutidos por Hamilton10. Foi elaborada de forma a obter informações, não somente pelo exame clínico do paciente, mas também por meio de questionário aplicado ao cuidador. Sua utilização é indicada quando o objetivo é quantificar os sintomas e não fazer o diagnóstico, o que requer a utilização de outros instrumentos9.

Há inúmeros estudos comparativos entre escalas para depressão que incluem a ECDD4,11-14. Vida e col.15 verificaram que a ECDD pode estabelecer estádios da sintomatologia depressiva em todos os níveis de gravidade da depressão. Por esta razão, seu uso é vantajoso em relação a outras escalas, como a de Hamilton, em que há falha na distinção entre depressão leve e ausência de depressão, ou na quantificação da depressão em casos de demência grave, uma vez que os pacientes não conseguem informar os sintomas. Müller-Thomsem e col.4 concluíram que a ECDD é um dos instrumentos mais adequados para detectar depressão em pacientes com DA, independentemente da gravidade da demência. Um estudo realizado no Japão14 também chegou a conclusão semelhante. A ECDD foi utilizada em estudos com diversos objetivos, dentre os quais, o de comparar subgrupos de pacientes com demência16-18. Além disso, a ECDD tem sido utilizada em ensaios clínicos que avaliam efeito de fármacos no tratamento da depressão em demência19-23. Em resumo, a ECDD é um instrumento de fácil e rápida aplicação, que contempla as características clínicas do paciente com demência e é capaz de quantificar os sintomas, o que é bastante útil quando são realizados estudos para verificação da eficácia de um tratamento antidepressivo nesta população.

O presente estudo visou traduzir e adaptar a ECDD e verificar a confiabilidade entre-examinadores e teste-reteste da versão adaptada e traduzida. Sua tradução e adaptação transcultural para a Língua Portuguesa viabilizará seu uso em nosso meio.

MÉTODO

A versão original da ECDD13 foi traduzida para a língua portuguesa por uma empresa especializada em tradução de textos médicos. Esta versão foi, em seguida, traduzida de volta para a língua inglesa, de modo independente, por dois neurologistas experientes em escalas para demência e fluentes em língua inglesa. As diferenças de tradução foram identificadas e discutidas em painel, considerando as razões para as diferenças e cotejando-as com a forma original em língua inglesa, chegando-se a uma versão que foi submetida a um pré-teste para a adaptação sócio-cultural. Nesta fase, oito indivíduos atendidos pelo Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Faculdade de Medicina da USP (GNCC HCFMUSP), que preencheram os critérios do NINCDS-ADRDA24 para DA provável de graus leve e moderado, foram avaliados e seus cuidadores, entrevistados. Durante a aplicação dos questionários, solicitou-se que cada cuidador explicasse seu entendimento sobre cada pergunta. A partir deste levantamento, verificamos nenhuma questão suscitou dúvidas a cuidadores de diferentes níveis de escolaridade, portanto não era necessário introduzir alterações maiores de linguagem. As escalas foram aplicadas por três neurologistas e uma fonoaudióloga, todos com experiência na aplicação de escalas para indivíduos com demência. A versão final da escala, incluindo as normas de aplicação está disponível em www.abneuro.org/departamento cientifico/Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento.

Posteriormente, esta versão foi administrada a uma amostra de 29 pacientes com DA provável segundo os critérios do NINCDS-ADRDA24, com pontuações no Mini-Exame do Estado Mental25,26 entre 14 e 26 pontos (correspondendo à demência leve a moderada), atendidos nos ambulatórios do GNCC-HCFMUSP e do Setor de Neurologia do Comportamento da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Vinte e quatro pacientes fizeram parte da amostra para checar a confiabilidade entre-examinadores e 20 pacientes, para checar a confiabilidade teste-reteste, com intervalo de uma a duas semanas entre a primeira e a segunda avaliação.

Ética – O presente estudo teve aprovação da Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e todos os pacientes e/ou seus responsáveis legais assinaram Termo de Consentimento informado para a aplicação das escalas.

Análise estatística – A confiabilidade inter-examinador foi testada com a estatística de Kappa, utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 10.0), assim como a confiabilidade entre-examinadores, a fim de comparar as pontuações dos dois examinadores. O teste de Spearman foi utilizado para determinar a correlação.

RESULTADOS

A Tabela apresenta as características demográficas dos pacientes avaliados.

A versão final da escala foi de fácil aplicação e entendimento, levando aproximadamente 30 minutos para ser administrada.

A ECDD teve boa confiabilidade teste-reteste (Kappa 0,76; p<0,001) e entre-examinadores (Kappa 0,76; p<0,001). A correlação de Spearmann foi 0,87 (p<0,001) para entre-examinadores e 0,85 (p<0,001) para intra-examinadores. A pontuação média obtida na primeira avaliação foi 5,42 e o desvio-padrão 5,23.

DISCUSSÃO

A ocorrência de síndrome demencial potencialmente reversível durante um episódio depressivo, a instalação do primeiro episódio depressivo na senescência e achados anormais de neuroimagem, como atrofia cortical e alargamento de ventrículos, são fatores preditivos importantes para o aparecimento de demência27,28. Em idosos, o tempo do episódio depressivo correlaciona-se com a redução do volume hipocampal, atrofia de substância cinzenta do córtex pré-frontal e perda de células gliais29,30. Dessa forma, torna-se importante haver no nosso meio escalas que identifiquem e graduem sintomas depressivos.

A maioria das escalas de depressão existentes baseia-se em informações fornecidas pelos pacientes que, ou completam um questionário, ou são entrevistados por um profissional de saúde devidamente treinado. Este método torna difícil a avaliação de pacientes com demência, já que suas falhas de concentração, memória e julgamento podem prejudicar a interpretação de suas respostas.

A ECDD mostrou-se de fácil e rápida aplicação, levando em média vinte minutos para a avaliação do cuidador/familiar e dez minutos para avaliação do paciente. Esses dados, quando comparados ao estudo original9, mostram–se semelhantes. A versão traduzida e adaptada foi avaliada em suas propriedades de medida, mostrando-se uma escala estável e confiável, em relação à reprodutibilidade tanto pelo mesmo examinador em dois momentos distintos, quanto entre diferentes examinadores.

Nas últimas décadas tem ocorrido tendência crescente ao desenvolvimento de pesquisas multicêntricas. Estabeleceu-se, então, a necessidade de serem elaboradas medidas específicas para utilização das diversas escalas em outros idiomas, além do de sua origem, tanto para o emprego dos mesmos em outros países, quanto em populações de imigrantes, uma vez que em ambas as situações podem estar presentes diferenças culturais importantes31,32. A realização de estudos multicêntricos nos possibilita avaliar um mesmo fenômeno em diversos meios, identificando diferenças sócio-culturais entre populações afetadas por uma mesma doença. Para isso devemos considerar que o instrumento de avaliação utilizado seja no mínimo similar, de forma a permitir que os resultados possam ser comparados.

Em diferentes meios culturais, a adaptação transcultural é um pré-requisito para podermos pesquisar um mesmo fenômeno31. A adaptação transcultural de um instrumento de avaliação pressupõe uma metodologia que engloba etapas que vão além da simples tradução do instrumento, considerando aspectos culturais e de linguagem da população-alvo. Neste estudo, a ECDD foi traduzida e adaptada para população em questão de acordo com a metodologia proposta por Guillemin e col.31.

O estudo de validade da versão original foi baseado em comparações entre os escores na ECDD e os diagnósticos dados por psiquiatras por meio dos "Critérios Diagnósticos de Pesquisa" (Research Diagnostic Criteria-RDC). Estes últimos se baseiam na história do paciente obtida no prontuário médico, na consulta com o psiquiatra do paciente, quando possível, e do exame clínico, consistindo num sistema categórico de pontuação e não em uma escala quantitativa como a ECDD9,10. Acreditamos que a versão brasileira da ECDD possa ser útil para a realização de estudos em nossa população e também para permitir a participação de grupos brasileiros de pesquisa clínica em projetos cooperativos multicêntricos internacionais que empreguem esta escala.

Recebido 22 Setembro 2006, recebido na forma final 11 Maio 2007. Aceito 18 Junho 2007.

Dra. Renata Areza-Fegyveres - Rua Oscar Freire 1702 / 44 - 05409-011 São Paulo SP. E-mail: renataareza@yahoo.com.br

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Abr 2008
  • Data do Fascículo
    Set 2007

Histórico

  • Recebido
    22 Set 2006
  • Revisado
    11 Maio 2007
  • Aceito
    18 Jun 2007
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