Acessibilidade / Reportar erro

Megalencefalia: Considerações a respeito de 7 casos diagnosticados em vida

Megalencephaly: Comments on 7 cases diagnosed during life

Resumos

O diagnóstico de megalencefalia deve ser feito em vida, especialmente pela possibilidade de confusão com hidrocefalia. Os dados anamnésticos e clínicos poderão, em alguns casos, sugerir esta hipótese diagnóstica; entretanto, são as punções ventriculares que, geralmente, orientam para o diagnóstico certo. As pneumografias confirmam o diagnóstico, podendo ser dispensadas nos casos típicos. Outros exames (radiografias do crânio, eletrencefalograma ou arteriografia cerebral) têm pouco valor. São apresentados 7 casos em que o diagnóstico foi feito em vida. Em um paciente havia também macroglossia e, em dois irmãos, mancha vinhosa ao nível da glabela. A incidência familiar foi observada em dois pares de crianças, sendo que em um dêles os pais eram consangüíneos. A casuística apresentada - relativa a um período de 7 anos - maior do que as encontradas na literatura compulsada, mostra que a megalencefalia não é tão rara como geralmente é admitido.


Megalencephaly should be diagnosed during life, especially knowing that it could be confused with hydrocephalus. The diagnosis could be arrived at on the basis of clinical data in some cases, but mostly by way of the ventricular puncture. Pneumoencephalography or pneumoventriculography may confirm the diagnosis but it is not essential in a typical case. Other procedures like X rays of the skull, electroencephalograma or cerebral angiography are of little help. Seven cases diagnosed during life are presented. One patient had macroglossia; two brothers had a hemangioma at the glabella area. A familial tendency was noticed in two pairs of children, one of them with consanguineous parents. Judging by our series, which seems to be larger than others, megalencephaly is not such a rare condition as it is thought to be.


Megalencefalia. Considerações a respeito de 7 casos diagnosticados em vida

Megalencephaly. Comments on 7 cases diagnosed during life

Gilberto Machado de AlmeidaI; Nelio Garcia de BarrosII

INeurocirurgião do Pronto Socorro; Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Prof. Adherbal Tolosa)

IINeurorradiologista; Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Prof. Adherbal Tolosa)

RESUMO

O diagnóstico de megalencefalia deve ser feito em vida, especialmente pela possibilidade de confusão com hidrocefalia. Os dados anamnésticos e clínicos poderão, em alguns casos, sugerir esta hipótese diagnóstica; entretanto, são as punções ventriculares que, geralmente, orientam para o diagnóstico certo. As pneumografias confirmam o diagnóstico, podendo ser dispensadas nos casos típicos. Outros exames (radiografias do crânio, eletrencefalograma ou arteriografia cerebral) têm pouco valor.

São apresentados 7 casos em que o diagnóstico foi feito em vida. Em um paciente havia também macroglossia e, em dois irmãos, mancha vinhosa ao nível da glabela. A incidência familiar foi observada em dois pares de crianças, sendo que em um dêles os pais eram consangüíneos.

A casuística apresentada - relativa a um período de 7 anos - maior do que as encontradas na literatura compulsada, mostra que a megalencefalia não é tão rara como geralmente é admitido.

ABSTRACT

Megalencephaly should be diagnosed during life, especially knowing that it could be confused with hydrocephalus. The diagnosis could be arrived at on the basis of clinical data in some cases, but mostly by way of the ventricular puncture. Pneumoencephalography or pneumoventriculography may confirm the diagnosis but it is not essential in a typical case. Other procedures like X rays of the skull, electroencephalograma or cerebral angiography are of little help.

Seven cases diagnosed during life are presented. One patient had macroglossia; two brothers had a hemangioma at the glabella area. A familial tendency was noticed in two pairs of children, one of them with consanguineous parents.

Judging by our series, which seems to be larger than others, megalencephaly is not such a rare condition as it is thought to be.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Clínica Neurológica Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Caixa Postal 3461 - São Paulo, Brasil

  • 1. CORRADINI, E. - Sulla megalencefalia. Arch. De Vecchi Anat. Pat., 33: 249-266, 1960.
  • 2. CROME, L. - Megalencephaly associated with hyaline pan-neuropathy. Brain 76:215-228, 1953.
  • 3. DENNIS, J. P.; ROSEMBERG, H. S. & ALVORD Jr., E. C. - Megalencephaly, internal hydrocephalus and other neurological aspects of achondroplasia. Brain 84:427-445, 1961.
  • 4. FATTOVICH, G. - Su di un caso de megalencefalia. Cervello 34:81-98, 1958.
  • 5. FORD, F. R. - Diseases of the Nervous System in Infancy, Childhood and Adolescence. Ed. 3. Charles C. Thomas, Springfield (Illinois), 1952, pág. 267.
  • 6. GEISLER, E. & STADLER, A. - Klinische Boobactung und EEG-Veränderungen bei Megalencephalie. Helv. Paediat. Acta 12: 541-547, 1957.
  • 7. SENISE, T. - Concetto e aspetti della megalencefalia. Cervello 13:71-89, 1934.
  • 8. STEEGMAN, A. T. & KARNOSH, L. J. - Infantile amaurotic family idioty with megalencephaly and cerebellar atrophy. Amer. J. Psychiat., 92: 1413-1424, 1936.
  • 9. WEIL, A. - Megalencephaly with diffuse glioblastomatosis of brain stem and cerebellum. Arch. Neurol, a. Psychiat., 30:795-8C9, 1933.
  • 10. WILSON, S. A. K. - Megalencephaly. J. Neurol, a. Psycopath., 14:193-216, 1934.
  • 11. WOLF, A. & COWEN, D. - Cytoplasmic bodies in a case of megalencephaly. Bull. Neurol. Inst. New York 6:1-11, 1937.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Ago 2013
  • Data do Fascículo
    Mar 1964
Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista.arquivos@abneuro.org