Acessibilidade / Reportar erro

Venda de colírios, sem receita médica, em farmácias com serviço de entrega a domicílio

Selling of eye drops, without prescription

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a venda de colírios, sem receita médica, em farmácias com serviço de entrega a domicílio, para um paciente com olho vermelho.

Métodos:

Neste estudo, cem farmácias que dispunham de serviço de entrega a domicílio, em Recife-Brasil, foram selecionadas aleatoriamente. Por meio de contato telefônico, um cliente que alegava sensação de corpo estranho ocular unilateral, lacrimejamento e vermelhidão com 24 horas de evolução questionou ao atendente a conduta a ser tomada. Ao final do contato foi perguntado se o atendente era farmacêutico ou balconista.

Resultados:

Em todas as farmácias o contato foi feito com balconistas. Em 91 % dos casos foi sugerida a compra de medicação sem receita médica. Colírio para alívio sintomático foi a mais freqüente sugestão, oferecido em 45 % dos casos.

Conclusão:

Estes dados sugerem que a venda de colírios sem receita médica, em farmácias com serviço de entrega a domicílio, é comum em Recife, PE.

Palavras-chave:
Abuso de medicamentos; Anormalidades do olho; Infecção ocular; Auto-medicação

SUMMARY

Purpose:

To evaluate the selling of eye drops without prescription to a patient with red eye, in drugswres with delivery system.

Methods:

One hundred drugstores with de livery system were randomly selected, in Recife - Brazil. By telephone contact, a patient who complain!d of unilateral ocular foreign body sensation, lacrimal discharge, and red eye of 24-hour duration, asked the em.ployee to recommend a treatment. After that, the employee's status was asked whether he was a clerk or a pharmacist.

Results:

In all of the drugstores the telephone contact was made with a clerk. In 91% of the cases the client was advised to buy a drug without prescription. Drops for symptomatic relief was the most common advice, offered in 45%c of the drugstores.

Conclusions:

These data suggest that selling eye drops without prescription In drugstores with delivery system is common in Recife, PE.

Keywords:
Drug abuse; Eye diseases; Ocular infection; Self-treatment

Texto completo disponível apenas em PDF.

  • Apresentado no XXIX Congresso Brasileiro de Oftalmologia, 03 a 06/09/97, Goiânia-GO. Disciplina de Oftalmologia. Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • 1
    Rumelt MB. Blindness from misuse of over-the-counter eye medications. Ann Ophthalmol 1988;20(1):26-30.
  • 2
    Rosenwasser GOD, Holland S, Pflugfelder SC, Lugo M, Heidemann DG, Culbertson WW, Kattan H. Topical anesthetic abuse. Ophthalmology 1990;97(8):967-72.
  • 3
    Adefule-Ositelu AO. Ocular drug abuse in Lagos, Nigeria. Acta Ophthalmol. 1989;67:396-400.
  • 4
    Rocha G, Bruentte I, François M. Severe toxic keratopathy secondary to topical anesthetic abuse. Can J Ophthalmol 1995;30(4):198-202.
  • 5
    Moreira H, Kureski ML, Fasano AP. Topical anesthetic abuse in Brazil. Ophthalmology 1991 ;98(9): 1322-3.
  • 6
    Bechara SJ, Kara José N. Olho vermelho: diagnóstico diferencial e conduta. JBM 1985;48(5): 19-25.
  • 7
    Kara José N, Helene A, Deus PRG, Caldato R, Fávero M. Atendimento de conjuntivite catarral aguda em farmácias nas cidades de Campinas e São Paulo. Arq Bras Oftal 1983;46(6): 178-82.
  • 8
    Wilson II FM. Adverse externai ocular effects of topical ophthalmic medications. Surv Opthalmol 1979;24(2):57-88.
  • 9
    Michel JM. Why do people like medicines? A perspective from Africa. Lancet 1985;1:210-1.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jun 1999
Conselho Brasileiro de Oftalmologia Rua Casa do Ator, 1117 - cj.21, 04546-004 São Paulo SP Brazil, Tel: 55 11 - 3266-4000, Fax: 55 11- 3171-0953 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: abo@cbo.com.br