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Educação de Jovens e Adultos na esfera municipal em Minas Gerais

Resumo

A ampliação dos encargos subnacionais com a educação básica interroga o protagonismo do poder local desde os anos de 1990. A educação de jovens e adultos (EJA) insere-se na agenda dos compromissos municipais e desperta a atenção quanto às formas de atendimento que têm sido realizadas a fim de se cumprir com o direito de todos à educação. O artigo apresenta dados da investigação que se preocupou em mapear e compreender ofertas educativas a jovens e adultos empreendidas por dez municípios mineiros. A investigação quanti-qualitativa produziu dados a partir de reuniões com gestores de EJA, seminários de pesquisa, acompanhamento em sala de aula, entrevistas com gestores, professores e alunos, os quais dialogam com a literatura da área do pós Constituição Federal de 1988. A análise dos dados à luz das convergências e das singularidades destaca a afirmativa recorrente de que “A EJA vai acabar” e ressonâncias da frase “Caí na EJA” advindas dos colaboradores da pesquisa. Há reconhecimento por parte dos gestores de que a Educação de Jovens e Adultos tem características próprias. Constata-se que somente esse reconhecimento não tem sido suficiente para amparar uma proposta de EJA, que atenda ao provimento de vaga de educador por meio do concurso público e à formação continuada voltada para as especificidades de jovens, adultos e idosos. Ao final, encaminha recomendações a partir das implicações ao perfil do professor como um profissional que afirma poder: “se jogar na EJA”.

Educação de Jovens e Adultos; Especificidades; Poder Local; Formação

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