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As relações humanas como uma questão pedagógica: a conectividade humana em Rousseau

Resumo

Mesmo que o título deste artigo possa evocar uma análise ampla das relações humanas, o texto se limita à análise das relações humanas na teoria política e pedagógica de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). E ao considerar que a ideia é mais bem exposta na obra Emílio ou da educação e em Júlia ou a Nova Heloísa, ambas escritas pelo filósofo de Genebra, o texto procura defender que essa capacidade de conexão e relacionamento humano pode ser bem utilizada para o melhoramento moral, social e até mesmo político, se bem conduzida. Portanto, é uma questão pedagógica, a qual deve ser bastante explorada, tal como o é em seu tratado de educação através das cenas pedagógicas, que possibilitam uma experiência prática do aprendiz e a possibilidade de expandir sua conectividade e, igualmente, de bem educar seu amor-próprio. Daí o motivo de uma educação repleta de conectividade humana e de situações nas quais esse potencial possa ser desenvolvido o máximo possível, assegurando uma formação moral que prepare o indivíduo a um convívio virtuoso. E isso só será possível se tiver passado por situações em que a compreensão desse aspecto tenha sido interiorizada o suficiente para tornar-se uma norma, tal como ocorreu ao personagem Emílio – o que pode ser visto na obra Emílio ou da educação e em sua continuidade, o inconcluso livro Emílio e Sofia, ou os solitários.

Rousseau; Amizade; Relações humanas; Educação do amor-próprio

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