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A importância da discussão sobre a noção de sujeito: Foucault, Sartre, Merleau-PontyI I - Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Processo n. 2014/17192-2. Para Fernando L. Gonzáles Rey.

Resumo

Inicialmente, destacamos a importância da discussão da noção de sujeito para a educação, a partir do fenômeno da educação corporal das crianças e do pensamento de Michel Foucault. A seguir, assumimos a discussão a partir da definição da noção de sujeito enquanto polo ativo do indivíduo em suas possibilidades de configuração de mundo, nas relações com os outros e as coisas. Partimos dessa ideia porque a noção de atividade parece central em qualquer concepção de sujeito. Mesmo o sentido de sujeito assujeitado pressupõe nele um princípio ativo que se assujeita ao outro ou a determinada situação de mundo, sem o que o termo sequer teria sentido. Nosso objetivo é introduzir variações de sentido em torno dessa definição, a fim de inscrevê-la num quadro mais amplo e intrincado de subjetivação. Procuramos fazê-lo, num primeiro momento, a partir da análise de um acontecimento de adaptação escolar de uma criança de dois anos e meio de idade, e, num segundo momento, através de contribuições conceituais do pensamento de Merleau-Ponty, em contrapontos com o pensamento de Foucault e Sartre. Destacamos as noções de carne, fundo perceptivo e implicação ou entrelaçamento dos corpos ou sujeitos, que nos impõem uma nova compreensão do ser subjetivo ou social. Concluímos que a atividade do sujeito é inseparável de sua passividade e suas relações com os outros, nas quais não é possível saber ao certo onde termina o sentido do outro e começa o do próprio sujeito.

Sujeito; Subjetivação; Merleau-Ponty; Michel Foucault; Sartre

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