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A perspectiva de Michael Apple para os estudos das políticas educacionais

Michael Apple’s contributions to research on educational policy

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar as contribuições de Michael Apple para o campo da pesquisa em políticas educacionais. Na extensa obra de Michael Apple, destacamos seis elementos que podem auxiliar aqueles que estão interessados na área de políticas em educação: o princípio epistemológico da análise relacional; o exame do Estado como relação; a herança de Antonio Gramsci e de Raymond Williams que Michael Apple incorpora no uso de conceitos como hegemonia e senso comum; a análise que Michael Apple faz das políticas educacionais como políticas culturais, como disputas por visão de mundo, como luta por consolidação de uma hegemonia que vai além do econômico; a sua postura de pesquisador; e a capacidade que Michael Apple tem de ir além da lógica da reprodução e determinação para enfatizar o papel da agência e da contra-hegemonia. Através de exemplos práticos da própria obra de Apple e de outras pesquisas empíricas, apresentam-se as implicações de cada um dos seis pontos acima citados para os pesquisadores interessados na área de políticas educacionais. Conclui-se que muitas das contribuições de Apple podem auxiliar em pesquisas nessa área, tendo em vista a discussão que o autor realiza em sua obra e sua crítica ao determinismo econômico nas análises do campo educacional, salientando a importância, assim, de aspectos que estão relacionados à esfera da cultura.

Michael Apple; Políticas educacionais; Análise relacional; Sociologia da educação

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