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Pesquisa em educação, movimentos sociais e colonialidade: continuando um debateI I - Este artigo foi primeiramente um trabalho apresentado na 35.ª Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), realizada em Porto de Galinhas, e teve apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (CAPES – PROEX) para que o trabalho pudesse ser apresentado. O artigo remete aos meus três atuais projetos de pesquisa, que contam com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Resumo

Este é um ensaio com base num artigo publicado na revista Educação e Pesquisa dos autores Danilo Streck e Telmo Adams, “Pesquisa em educação: os movimentos sociais e a reconstrução epistemológica num contexto de colonialidade” (2012). Segundo esses autores, para que seja coerente, essa epistemologia deve desconstruir a colonialidade com a qual somos marcados ao longo dos séculos da nossa existência. Neste ensaio, retomam-se alguns desses argumentos trazidos por Streck e Adams e pisa-se nesse chão da descolonialidade epistemológica muito devagarinho. Argumenta-se que há uma mistura paradoxal nas propostas de pesquisa participante, educação popular, bem como dos movimentos de descolonização: a mistura da cópia que já somos, da antropofagia que fizemos com o que nos impuseram. A ideia da cópia e da repetição são apresentadas como numa experiência de artífice: a ação de fazer e refazer faz acontecer a obra e, portanto, produz também a aprendizagem. A tentativa é pensar modos singulares de buscar/produzir/criar conhecimento na perspectiva da educação latino-americana.

Colonialidade; Cópia; Recriação; Pesquisa participante; Educação popular

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