RESUMO
Desde o projeto da modernidade, criou-se a expetativa do poder libertador da educação, na lógica do progresso civilizacional, em que as conquistas da escolarização poderiam libertar o sujeito do obscurantismo, da ignorância e dos poderes políticos alienantes. Este artigo reflete sobre o par emancipação-retrocesso no âmbito do discurso educacional contemporâneo e discute se hoje faz sentido afirmar que a educação pode ainda emancipar. Parte, assim, de uma perspetiva crítica de emancipação, reflete sobre o perigo do retrocesso no contexto da pós-modernidade e, sob o signo da esperança, coloca um conjunto de interrogações e reflexões críticas, concluindo que o par emancipação-retrocesso, inserido em uma perspetiva evolutiva, expressa um tempo de mudança na reconfiguração do par emancipação-alienação.
PALAVRAS-CHAVE:
educação; contemporaneidade; emancipação; alienação; progresso; retrocesso