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Da condição social da deficiência à liberdade: uma trajetória acadêmica1 1 Este memorial foi apresentado, originalmente, como memorial acadêmico para progressão de Paulo Ricardo Ross para a categoria de professor titular, no Departamento de Planejamento e Administração Escolar (Deplae), da Universidade Federal do Paraná, no dia 19 de junho de 2017. Compuseram a banca examinadora como membros titulares: Prof.ª Dr.ª Maria Augusta Bolsanello (UFPR) - presidente da banca de defesa -, Prof. Dr. Osíris Canceglieri Júnior (PUCPR), Prof.ª Dr.ª Maria de Lourdes Gisi (PUCPR) e Prof.ª Dr.ª Maria Elizabeth Black Miguel (PUCPR).

From the social condition of disability to freedom: an academic trajectory

RESUMO

Neste artigo, são analisadas as visões da sociedade sobre a pessoa com deficiência, tomando- se como sujeito e objeto da pesquisa a trajetória profissional e acadêmica, os enfrentamentos, as tomadas de consciência e decisão, os espaços e lugares ocupados, as oportunidades de docência, bem como a produção científica realizada pelo professor e escritor Paulo Ricardo Ross. Quando uma pessoa com cegueira congênita torna-se professor titular, pode oferecer subsídios para compreender as mudanças históricas sobre como as famílias, a escola e as políticas vêm educando e respeitando as crianças, os jovens, os idosos, as mulheres, as pessoas com diversidade racial, de gênero, de origem social e de crença. A trajetória do sujeito revela os aprendizados, os princípios e pressupostos construídos, as barreiras superadas, atuando para encorajar as pessoas, mobilizar as organizações, orientar os pesquisadores, formular novas políticas, estimulando a participação social, subsidiando os tomadores de decisão. Pequenas conquistas não resultaram apenas na alegria no corpo do Ross, mas se converteram em força gigantesca, que o fez persistir sempre, criando um sujeito dedicado a estudar todos os dias para ser melhor professor e contribuir para a formação e a dignificação do outro. As exigências de competitividade, a meritocracia, as diferentes formas de violência simbólica, os padrões de produtividade ainda se confrontam com os discursos da inclusão social, a diversidade, o direito à dignidade humana e a defesa da liberdade.

Palavras-chave:
Memorial Acadêmico; Deficiência; Inclusão

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