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Mulher, mãe e esposa: conservadorismo católico e representações do feminino na imprensa católica mineira1 1 Este texto foi apresentado no II Colóquio Internacional Congregações Católicas, Educação e Estado Nacional, realizado na Universidade Estadual de Campinas, em 2015. Agradeço à profa. Dra. Agueda Bittencourt, pelo convite para participar do evento e ao prof. Dr. Rodolfo R. de Roux, pelos gentis comentários ao meu trabalho.

Woman, mother and wife: catholic conservatism and the representations of the feminine in Minas Gerais’ catholic press

Resumo

Parece consensual que a renovação que tanto os movimentos feministas quanto os estudos de gênero proporcionaram, a partir dos anos 1960, implicou uma nova forma de escrever a história das mulheres no Ocidente, o que também se aplica, obviamente, ao Brasil. O impacto dessa renovação no seio do catolicismo continua, entretanto, uma questão em aberto, que ainda exige estudos aprofundados e uma reavaliação dos papéis – passados e presentes – de homens e mulheres no interior da Igreja. Algumas importantes pesquisas têm destacado que, diante de processos geradores de profundas transformações, a Instituição reagiu, muitas vezes, com a reafirmação de valores que, embora soassem arcaicos, eram afirmados como constitutivos da essência do catolicismo e, por isso, vistos como estáticos e imutáveis. Este artigo apresenta uma análise de um dos casos dessa reação, ao acompanhar os discursos sobre a mulher nas páginas do jornal O Arquidiocesano, Órgão Oficial da Arquidiocese de Mariana (Minas Gerais), que circulou semanalmente entre os anos de 1959 e 1988 e que, quase sempre com uma abordagem conservadora do tema, reafirmava determinados lugares sociais à mulher, com destaque para os papéis de mãe e de esposa.

Palavras-chave
mulheres; catolicismo; imprensa; conservadorismo

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