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Espinosa e a liberdade de ensinar

The freedom of teaching in Spinoza's work

Este pequeno trabalho pretende interpretar o parágrafo 49 do oitavo capítulo do Tratado político, de Espinosa (1632-1677), que versa sobre as academias fundadas às custas da República. Nesse curto parágrafo, constante de sete linhas, o filósofo holandês afirma que essas academias servem mais para constranger o espírito do que para cultivá-lo e que, ao contrário, em uma República livre, dar-se-á a cada um a licença para ensinar publicamente, às suas custas e com o perigo de sua reputação. Tal fragmento relaciona-se diretamente ao vigésimo capítulo do Tratado teológico-político, outra obra do mesmo filósofo, que aborda a liberdade de pensar e de dizer. Este trabalho, através de uma interpretação do parágrafo 49, evidenciará, finalmente, que a liberdade de ensinar, na república livre pensada por Espinosa, situa-se entre a organização do imperium e a iniciativa do professor.

Espinosa; Bento de (1632-1677); liberdade de ensinar; Tratado político; Filosofia da Educação


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