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Tráfico interprovincial e alforria em grandes propriedades do termo de Monte Alto, Século XIX1 1 O artigo é, em parte, recorte da tese de doutorado defendida em 2018, na Universidade Federal da Bahia, sob a orientação da professora Dra. Maria de Fátima Novaes Pires. A tese contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).

Interprovincial Trafficking and Manumission on Large Estates in the term of Monte Alto, 19th Century

RESUMO

O artigo analisa articulações entre senhores e escravos em grandes propriedades do termo de Monte Alto, no Alto Sertão da Bahia, durante o século XIX. As terras vastas e propícias ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária permitiram atividades diversificadas. O fim do tráfico Atlântico (1850) e o intenso tráfico interprovincial na região, a partir de 1840, marcaram a vida de muitos cativos, diante da ameaça de venda ao Sudeste do país, dificultando o processo de alforria. Propriedades contaram com escravaria numerosa e economia diversificada, permitindo aos cativos tecer com seus senhores possibilidades de arranjos e negociações de manumissão. Atrelado à História Social da Escravidão, este estudo centra-se no método da ligação nominativa em inventários, livros de notas e correspondências. Um banco de dados permitiu-nos analisar o perfil desses diferentes sujeitos sociais e os graus de articulações estabelecidos entre eles.

Palavras-chave:
Sertão; escravos; alforrias; tráfico interno

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