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Para além de Tordesilhas: itinerários incertos

Beyond Tordesilhas: Uncertain Itineraries

RESUMO

A floresta amazônica, literária e imaginariamente construída como região que ultrapassa as fronteiras brasileiras, é central às reflexões deste artigo. As referências iniciais aos textos paradigmáticos de Joseph Conrad (Coração das Trevas) e Alberto Rangel (Inferno Verde), em narrativas que constroem espaços, viagens e caminhos percorridos, buscam traduzir o fascínio pelo desconhecido - trevas, inferno - assim nomeados com relação ao mundo considerado civilizado na virada para o século XX. Ponto de partida para leituras relacionadas às narrativas e discursos sobre a Amazônia, que oscilaram entre o elogio e a detratação: “terra bruta”, espaços que ultrapassam a linha de Tordesilhas, apontando para diferentes Brasis em suas especificidades e para a constante presença e permanência do lado obscuro da modernidade. Finalizo por referenciar leituras contemporâneas que abordam a região em sua universalidade pelo alargamento de horizontes e concepções, bem como pela aproximação de diferenças.

Palavras-chave:
Amazônia; natureza; literatura; viagens; imaginário

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