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A questão agrária, o governo Goulart e o golpe de 1964 meio século depois1 1 Este artigo apresenta resultados de pesquisa divulgada no Simpósio Temático "História Rural no Brasil: ofício do historiador, pesquisa e ensino", coordenado por mim e por Marina Machado (Uerj), no XVI Encontro Regional da ANPUH-RJ em julho de 2014. Agradeço aos colegas das seções regionais da ANPUH do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pará que fizeram convites para mesas, palestras e conferências no 2º semestre de 2014 e estimularam a submissão deste texto à RBH. Além disso, agradeço ao CNPq que financiou a bolsa de iniciação científica de Luciene Garrido (UFF) e à Capes, na pesquisa de Pedro Balthazar (UFF), cujas orientações concluídas e em curso reforçaram entendimentos aqui sustentados.

RESUMO

O objetivo deste artigo é discutir o papel da questão agrária na crise política que conduziu à derrubada do governo Goulart (1961-1964). Trata-se de identificar o tratamento conferido pela produção historiográfica à questão agrária nos 50 anos do golpe, relacionando-a às fontes exploradas e às pesquisas desenvolvidas no âmbito da História Rural. Com isso, busca-se investigar três aspectos fundamentais que estão indissociados: o debate sobre a reforma agrária, o papel e a atuação das Ligas Camponesas e o processo de sindicalização rural de iniciativa do governo. Defende-se que a reabilitação da questão agrária ajuda a melhor entender temas importantes sobre a crise de 1964, como a concorrência e competição política no período, a tese da radicalização das esquerdas e os efeitos esperados e não previstos das políticas trabalhistas.

Palavras-chave:
Questão Agrária; governo Goulart; golpe de 1964

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