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Tempos do Recife: representações culturais e configurações urbanas

Este trabalho trata de visões e narrativas sobre a cidade do Recife, a partir das quais se pretende discutir as seguintes indagações: Constituem essas narrativas representações que se eliminam e contrapõem? Indicam essas narrativas sentidos de estranhamento e familiaridade? Para tanto, foi relegada à perspectiva das evoluções contínuas no tempo e foi adotado o entendimento sobre representações em Roger Chartier, "A História Cultural: entre práticas e representações". Foram igualmente pesquisados relatos de memorialistas portugueses e holandeses que aqui estiveram nos primeiros tempos da colonização, séculos XVI e XVII, e narrativas de urbanistas, geógrafos e jornalistas das décadas de 1930 e 1950. A interpretação realizada ao se fazer a discussão indicada procura mostrar que as representações contidas nas narrativas das origens não se dissiparam: mantiveram-se e superpõem-se às da atualidade, constituindo a tessitura cultural do Recife. Contudo, enquanto as primeiras expressam um sentido de positividade, as atuais estão repletas de negatividades, tão próprias aos urbanistas e jornalistas.

narrativas; cultura; representações


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