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Edição, política e ditadura: dois livros de oposição da Editora Alfa-Omega

Edition, politics and dictatorship: Two opposition books by Editora Alfa-Omega* * Este artigo dá continuidade à pesquisa sobre a atuação editorial de Fernando Mangarielo e da editora Alfa-Omega, feita em coatoria com Sandra Reimão e João Elias Nery, que já resultou em outros dois artigos: REIMAO; MAUES; NERY, 2015; 2016.

RESUMO

Neste artigo, analisarei a edição, pela Editora Alfa-Omega, de São Paulo, de dois livros de oposição: A Ilha (um repórter brasileiro no país de Fidel Castro), de Fernando Morais (1976), e Os exilados: 5 mil brasileiros à espera da anistia, de Cristina Pinheiro Machado (1979). A partir da análise da história da editora, do processo de produção e edição dos livros enfocados e da sua repercussão, buscarei mostrar como e por que eles se caracterizaram como livros de oposição à ditadura então vigente no Brasil e o papel político que estas obras desempenharam no período estudado. Discutirei também a categoria “livros de oposição”, entendendo-a como relacionada a obras literárias que representavam uma manifestação política pública de oposição em um período de forte restrição às liberdades democráticas. Eram, portanto, formas de intervenção possíveis em um quadro ditatorial, que traziam em si as limitações inerentes ao veículo livro, limitações estas relacionadas ao público leitor, à distribuição e ao alcance efetivo dessas obras, e a seu impacto real na conjuntura política do país.

Palavras-chave:
livros de oposição; editoras de oposição; ditadura no Brasil

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