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A busca inglesa pelo curso do Rio Níger: do problema geográfico à possessão potencial

O artigo analisa o corpo de textos produzidos por expedições inglesas na região do rio Niger entre primeira viagem de Mungo Park (1795) e a expedição oficial britânica de 1841 procurando notar as semelhanças e diferenças nas representações ao longo do tempo. O período em questão apresenta grandes transformações no contexto atlântico, incluindo o final do tráfico de escravos pela Inglaterra, e marca também uma alteração no equilíbrio das forças na costa e no interior da África Ocidental. Desta forma, o trabalho procura mostrar como as ideias inglesas sobre escravidão e tráfico de escravos interferem nas dinâmicas de representação e nas práticas diplomáticas europeias para com as sociedades próximas ao curso do rio Niger. Finalmente, o artigo também aponta para a forma como as preocupações quase exclusivamente geográficas das primeiras viagens paulatinamente adquiriram o caráter intervencionista de um discurso de posse ao mesmo tempo em que as novas condições materiais e técnicas desequilibravam as relações de força em favor da Inglaterra.

ingleses; Rio Níger; escravidão; diplomacia


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