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Tratamento conservador da fratura toracolombar do tipo explosão: análise radiográfica da cifose pós-traumática

Conservative treatment of thoracolumbar burst fractures: radiographic analysis of post-traumatic kyphosis

Tratamiento conservador de la fractura toracolumbar del tipo explosión: análisis radiográfico de la cifosis postraumática

Resumos

INTRODUÇÃO: a cifose pós-traumática é uma complicação do tratamento conservador da fratura toracolombar tipo explosão. A maioria das séries avalia todos os subtipos de Magerl e discute seus achados com base na perda média de cifose no acompanhamento. OBJETIVO: avaliação do desfecho radiográfico quanto à cifose nos portadores de fraturas do subtipo A3 de Magerl de acordo com a variação das médias entre os indivíduos após acompanhamento mínimo de um ano. MÉTODOS: estudo retrospectivo com 36 pacientes submetidos à realização de gesso antigravitacional ou colete TLSO. A mensuração da cifose foi realizada pelo método de Cobb no momento da admissão no hospital e no final do acompanhamento médio de 66 meses. RESULTADOS: não houve diferença estatística entre a cifose antes e após o tratamento (12,2° versus 13,4°; p=0,2544). CONCLUSÃO: a cifose radiográfica no final do acompanhamento é similar à cifose encontrada nas radiografias iniciais neste grupo de pacientes.

Fraturas da coluna vertebral; Fraturas da coluna vertebral; Cifose; Resultado de tratamento


INTRODUCTION: the post-traumatic kyphosis is a complication reported after conservative treatment of thoracolumbar burst fracture. The majority of the series evaluates all subtypes of Magerl and discuss their findings based on the average loss of kyphosis during the follow-up. OBJECTIVE: evaluation of radiographic outcomes regarding kyphosis in patients with fractures subtype A3 of Magerl according to the average variation between individuals after follow-up of at least one year. METHODS: retrospective study with 36 patients treated with hyperextension cast or TLSO brace. The measurement of kyphosis was performed by means of Cobb method at the admission to the hospital and at the end of mean follow-up of 66 months. RESULTS: there was no statistical difference between the kyphosis before and after treatment (12.2° versus 13.4°, p=0.2544). CONCLUSION: the radiographic kyphosis at final follow-up and in the initial radiographs is similar in this group of patients.

Spinal fractures; Spinal fractures; kyphosis; Treatment outcome


INTRODUCCIÓN: la cifosis postraumática es una complicación del tratamiento conservador de la fractura toracolumbar tipo explosión. La mayoría de las series evalúan todos los subtipos de Magerl y discuten sus resultados con base en la pérdida promedio de cifosis en el acompañamiento. OBJETIVO: evaluación del desenlace radiográfico según la cifosis en los portadores de fracturas del subtipo A3 de Magerl, de acuerdo con la variación de los promedios entre los individuos después de un acompañamiento mínimo de un año. MÉTODOS: estudio retrospectivo con 36 pacientes sometidos a la realización de yeso antigravitacional o chaleco TLSO. La medición de la cifosis fue realizada por el método de Cobb en el momento de la admisión en el hospital y en el final del acompañamiento promedio de 66 meses. RESULTADOS: no hubo diferencia estadística entre la cifosis antes y después del tratamiento (12.2° versus 13.4°; p=0.2544). CONCLUSIÓN: la cifosis radiográfica en el final del acompañamiento es similar a la encontrada en las radiografías iniciales en este grupo de pacientes.

Fracturas espinales; Fracturas espinales; Cifosis; Resultado del tratamiento


ARTIGO ORIGINAL ORIGINAL ARTICLE

Tratamento conservador da fratura toracolombar do tipo explosão: análise radiográfica da cifose pós-traumática

Conservative treatment of thoracolumbar burst fractures: radiographic analysis of post-traumatic kyphosis

Tratamiento conservador de la fractura toracolumbar del tipo explosión: análisis radiográfico de la cifosis postraumática

Osmar AvanziI; Elcio LandimII; Robert MevesIII; Maria Fernanda Silber CaffaroIV; Ricardo Shigueaki UmetaIV; Cristovam Miguel NetoV

IDiretor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil

IIConsultor Sênior do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil

IIIChefe do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil

IVAssistente do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil

VEstagiário do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil

Correspondência Correspondência: Robert Meves Rua Doutor Cesário Mota Junior, 112 CEP 01277-900 - São Paulo (SP), Brasil Tel.: (11) 2176-7000, ramal 1565 E-mail: robertmeves@hotmail.com / coluna@santacasasp.org.br

RESUMO

INTRODUÇÃO: a cifose pós-traumática é uma complicação do tratamento conservador da fratura toracolombar tipo explosão. A maioria das séries avalia todos os subtipos de Magerl e discute seus achados com base na perda média de cifose no acompanhamento.

OBJETIVO: avaliação do desfecho radiográfico quanto à cifose nos portadores de fraturas do subtipo A3 de Magerl de acordo com a variação das médias entre os indivíduos após acompanhamento mínimo de um ano.

MÉTODOS: estudo retrospectivo com 36 pacientes submetidos à realização de gesso antigravitacional ou colete TLSO. A mensuração da cifose foi realizada pelo método de Cobb no momento da admissão no hospital e no final do acompanhamento médio de 66 meses.

RESULTADOS: não houve diferença estatística entre a cifose antes e após o tratamento (12,2° versus 13,4°; p=0,2544).

CONCLUSÃO: a cifose radiográfica no final do acompanhamento é similar à cifose encontrada nas radiografias iniciais neste grupo de pacientes.

Descritores: Fraturas da coluna vertebral/terapia; Fraturas da coluna vertebral/ complicações; Cifose/radiografia; Resultado de tratamento

ABSTRACT

INTRODUCTION: the post-traumatic kyphosis is a complication reported after conservative treatment of thoracolumbar burst fracture. The majority of the series evaluates all subtypes of Magerl and discuss their findings based on the average loss of kyphosis during the follow-up.

OBJECTIVE: evaluation of radiographic outcomes regarding kyphosis in patients with fractures subtype A3 of Magerl according to the average variation between individuals after follow-up of at least one year.

METHODS: retrospective study with 36 patients treated with hyperextension cast or TLSO brace. The measurement of kyphosis was performed by means of Cobb method at the admission to the hospital and at the end of mean follow-up of 66 months.

RESULTS: there was no statistical difference between the kyphosis before and after treatment (12.2° versus 13.4°, p=0.2544).

CONCLUSION: the radiographic kyphosis at final follow-up and in the initial radiographs is similar in this group of patients.

Keywords: Spinal fractures/therapy; Spinal fractures/complications; kyphosis/radiography; Treatment outcome

RESUMEN

INTRODUCCIÓN: la cifosis postraumática es una complicación del tratamiento conservador de la fractura toracolumbar tipo explosión. La mayoría de las series evalúan todos los subtipos de Magerl y discuten sus resultados con base en la pérdida promedio de cifosis en el acompañamiento.

OBJETIVO: evaluación del desenlace radiográfico según la cifosis en los portadores de fracturas del subtipo A3 de Magerl, de acuerdo con la variación de los promedios entre los individuos después de un acompañamiento mínimo de un año.

MÉTODOS: estudio retrospectivo con 36 pacientes sometidos a la realización de yeso antigravitacional o chaleco TLSO. La medición de la cifosis fue realizada por el método de Cobb en el momento de la admisión en el hospital y en el final del acompañamiento promedio de 66 meses.

RESULTADOS: no hubo diferencia estadística entre la cifosis antes y después del tratamiento (12.2° versus 13.4°; p=0.2544).

CONCLUSIÓN: la cifosis radiográfica en el final del acompañamiento es similar a la encontrada en las radiografías iniciales en este grupo de pacientes.

Descriptores: Fracturas espinales/terapia; Fracturas espinales/complicaciones; Cifosis/radiografía; Resultado del tratamiento

INTRODUÇÃO

A fratura toracolombar tipo explosão ocorre, em geral, após trauma axial de grande energia e caracteriza-se pela cominuição do corpo vertebral associado ao fragmento ósseo no interior do canal vertebral1. A transição toracolombar (T12-L1) - mais flexível por características anatômicas do que a coluna torácica e lombar baixa - é local comum de ocorrência dessas fraturas, com incidência variando de 10 a 45%1-3. É frequente ocorrerem lesões associadas, como fraturas, em outros níveis da coluna vertebral, membros, bacia e lesões em tórax e abdômen4.

Uma das complicações do tratamento conservador é a instabilidade mecânica progressiva, caracterizada por aumento da cifose e dorsalgia1,5-7. Define-se, de acordo com alguns autores, a cifose >30° como um dos critérios de instabilidade4,8-17. Apesar disso, várias séries relatam pequena progressão da deformidade após o tratamento conservador mediante uso de gesso ou órteses nos pacientes2-4,8-23.

Verificamos poucos trabalhos em nosso meio, sendo que a grande maioria analisa todos os subtipos de fraturas tipo explosão de Magerl em conjunto. Além disso, analisa-se a evolução da deformidade em termos da piora da média do ângulo de Cobb e não de variação estatística dos valores antes e após o tratamento conservador entre os indivíduos. Dessa forma, avaliamos aqui a evolução radiográfica da cifose dos pacientes submetidos ao tratamento conservador das fraturas toracolombares do tipo explosão.

MÉTODOS

Foi realizado um levantamento retrospectivo, no Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, dos prontuários, radiografias e tomografias axiais computadorizadas dos portadores de fratura tipo explosão da coluna toracolombar, segundo os critérios de Denis1 e A3 de Magerl24, internados entre 1991 e 2008. Este projeto de pesquisa foi avaliado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Serviço de Ortopedia e Traumatologia de Santa Casa de São Paulo.

Os critérios de inclusão foram: tempo de fratura menor que 10 dias, uma única vértebra fraturada, sem alteração neurológica, com pelo menos 12 meses de acompanhamento do tratamento conservador (gesso antigravitacional ou colete Jewett). Excluíram-se os casos sem documentação completa, com fratura patológica, vítimas de ferimento por arma de fogo, fraturas tardias ou pacientes com déficit neurológico.

A mensuração da cifose foi feita de acordo com o método de Cobb25 e o percentual de comprometimento do canal vertebral foi medido na tomografia com régua milimétrica, segundo método descrito por Trafton e Boyd26, utilizando-se como valor normal a média dos níveis adjacentes.

A média de idade dos 36 pacientes estudados foi 51 anos, com mínimo de 13 e máximo de 83 anos, sendo 20 pacientes do sexo masculino. O mecanismo de trauma foi: queda de altura em 26 pacientes, acidente automobilístico em cinco pacientes, queda da própria altura em 4 casos e esmagamento em 1 caso. Quanto ao segmento acometido tivemos T11 em 1 caso, T12 em 7 casos, L1 em 15 pacientes, L2 em 11 pacientes e L3 em 2. O tempo de seguimento médio foi 66 meses, variando de 13 a 185 meses. Todos os pacientes mantiveram o estado neurológico sem alterações. O estreitamento do canal vertebral foi em média de 19,25%, com variação de 5 a 60%.

Para as análises estatísticas deste estudo, considerou-se o nível de significância de 5%. Foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 13.0 para a obtenção dos resultados. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para averiguar a diferença entre a cifose inicial e final entre as variáveis pareadas antes e após o tratamento.

RESULTADOS

Na avaliação radiográfica, a média de cifose inicial foi de 12,16°, com variação de 0 a 40°, e a média de cifose final foi de 13, 41°, variando de 0 a 45°. A progressão da deformidade variou de -11 a 45°, com média de 1,38°. Não houve diferença estatística entre os valores de Cobb inicial e final desses pacientes (p=0,2544). A Tabela 1 mostra os valores do Cobb inicial e final dos portadores de fratura toracolombar do tipo explosão atendidos na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo entre 1991 e 2008.

DISCUSSÃO

As características da nossa amostra são compatíveis com os achados de outros autores21-23, incluindo a predominância da fratura em homens jovens após queda de altura e acidente de trânsito.

A progressão da deformidade encontrada no estudo feito por Avanzi et al.8, em que foram avaliados 17 pacientes por 34,7 meses, variando de 15 a 118 meses, foi em média 1,8°. Em seu estudo retrospectivo, Tropiano et al.10 avaliaram 41 pacientes tratados de maneira conservadora com gesso em hiperextensão e relataram uma média de cifose inicial de 3,4° e uma média de cifose final de 4,6°, demonstrando um aumento médio da deformidade de 1,2°. Após tratamento conservador de 20 pacientes com órtese, Cantor et al.14 relaram 19° de cifose inicial, 20° de cifose final e progressão da deformidade de 1° em média, enquanto Chow et al.22, em sua série de casos de 24 pacientes tratados de maneira conservadora com gesso ou órtese reportaram uma progressão da deformidade de 2,3° em média, sendo cifose inicial de 5,3° e cifose final de 7,6°. Shen et al.21 relataram, em seu trabalho com 38 pacientes tratados com órtese, cifose inicial de 20° e cifose final de 24°, apresentando progressão média da deformidade de 4°. Um resultado semelhante foi verificado por Mumford et al.23, em que a progressão média da deformidade foi de 3,87°, com cifose inicial de 16,24° e cifose final de 20,12°. Mesmo após seguimento longo de até 41 anos, Moller et al.18 encontraram resultados próximos aos de outros autores, relatando cifose inicial de 15,4° e cifose final de 18,5°, evidenciando progressão da deformidade de 3,1° em média.

Para comparar, a avaliação radiográfica da nossa série mostrou resultados semelhantes aos de outros autores, com média de 1,38° de progressão da deformidade e média de cifose inicial de 12,16° e cifose final de 13,41°. Vale ressaltar que, pela metodologia de avaliação proposta neste estudo, não houve diferença estatística entre os valores iniciais e do final do acompanhamento. Posto de outra forma, observamos que os pacientes portadores de fratura explosão de Denis - Magerl A3 mostraram cifose similar no final do acompanhamento com os valores iniciais de cifose encontrados durante a internação. Outro aspecto deste trabalho foi o enfoque na fratura subtipo A3, ou seja, amostra mais homogênea para avaliação, diante das outras séries que consideram apenas a Classificação de Denis e não subdividem pelos critérios de Magerl.

Nenhum paciente apresentou deterioração neurológica decorrente do tratamento conservador, ou outras complicações como tromboembolismo, escaras de decúbito ou úlceras de pressão pelo uso da imobilização. Cantor et al.14, após avaliação de 18 portadores de fratura toracolombar tipo explosão tratadas conservadoramente com colete TLSO e deambulação precoce, também não relataram tais complicações.

Este estudo foi retrospectivo e não avaliou critérios funcionais para estudo da relevância clínica funcional da cifose na sintomatologia dos pacientes, entretanto mostrou que a cifose pós-traumática progressiva não é complicação esperada na fratura explosão de tipo A3 de Magerl. Essa observação pode ser um fator de auxílio durante a escolha de tratamento para esses pacientes.

As Figuras 1, 2 e 3 mostram um paciente com fratura explosão de L1 decorrente de queda de altura. Na Figura 1, observa-se a radiografia inicial mostrando cifose de 36º. A Figura 2 é um corte axial de tomografia, evidenciando-se fratura explosão e na 3 observa-se a radiografia final mostrando cifose de 38º.




CONCLUSÃO

A piora da cifose não foi complicação nesta série de pacientes com fratura tipo explosão de Denis - Magerl A3 tratadas conservadoramente.

Recebido: 13/4/2009

Aprovado: 29/5/2009

Trabalho realizado pelo Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - FCMSCSP - São Paulo (SP), Brasil.

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  • Correspondência:
    Robert Meves
    Rua Doutor Cesário Mota Junior, 112
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Jan 2010
    • Data do Fascículo
      Jun 2009

    Histórico

    • Recebido
      13 Abr 2009
    • Aceito
      29 Maio 2009
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