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As Ordens militares, o mundo muçulmano e os dilemas do convívio: Histórias Conectadas como uma abordagem crítica para a História das Cruzadas

Resumo

Este artigo explora as potencialidades do método das Histórias Conectadas para o estudo das Cruzadas e, mais especificamente, das Ordens Militares. O corpus tomou forma, inicialmente, em um documento papal de 1179, que listava as disputas entre os Templários e os Hospitalários. Nele, encontramos comunidades itinerantes sob o cuidado do Templo. Também nos voltamos para o compromisso entre Baybars e os Hospitalários, datado de 1267, no qual era estabelecido um co-dominium entre o Sultão e a Ordem. Nesse acordo, estava incluído o controle sobre Beduínos e Turcomanos. Ambos os documentos serviriam como um laboratório para a aplicação dos pressupostos concernentes ao método das Histórias Conectadas. Além disso, artigo se propõe a apontar as recentes posições historiográficas sobre as relações das Ordens Militares com as comunidades e os poderes muçulmanos. A ideia principal indica pensar os movimentos forçados ou consensuais em um jogo de escalas que coloca em interseção o deslocamento de cativos, a itinerância de Beduínos e o avanço Mongol. Assim, o artigo explica como a intensificação dos movimentos colocaria os sujeitos históricos diante dos dilemas do convívio, cujas respostas tornariam as interações irredutíveis à simples oposição acirrada ou à ideia contida na hipótese da Geografia do Medo.

Palavras-chave:
Histórias Conectadas; Cruzadas; Dilemas do Convívio

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