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Cultura pentecostal em periferias: uma análise socioantropológica do pentecostalismo a partir de artes, gramáticas, crime e moral

Resumo

O catolicismo no Brasil assumiu lugar privilegiado em análises de diferentes autores das Ciências Sociais em décadas passadas como elemento chave na conformação de uma “cultura nacional”. Em meio aos segmentos citadinos menos abastados, o catolicismo compunha o que Sanchis (1997) chamou de cultura popular urbana tradicional. A despeito da abstração produzida pela noção de uma “cultura popular”, a perspectiva trazida por Sanchis teve grande repercussão acadêmica. Com o crescimento da presença de evangélicos pentecostais no espaço público e de seus percentuais nos censos do IBGE desde 1990, parte da bibliografia especializada passou a refletir sobre o possível estabelecimento de uma “cultura Pentecostal” no Brasil. Neste artigo, pretendo analisar a formação de uma cultura Pentecostal em periferias. Neste sentido, considero que o aumento no número de igrejas pentecostais e de seus fieis provocou mudanças em diferentes esferas da vida social nessas localidades. Este artigo tem como base empírica uma pesquisa de campo realizada de modo intermitente entre os anos 1996 e 2015 na Favela de Acari (RJ).

Palavras-chave:
Cultura Pentecostal; Periferias; Favelas; Traficantes de Drogas; Grafites Evangélicos

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