Resumo
Este artigo mostra a insuficiência do planejamento atual para enfrentar os problemas de saúde na periferia da Área Metropolitana de Guadalajara, onde convergem problemas sociais, ambientais e urbanos. Por meio da definição e delimitação de situações ecotonais e da percepção dos habitantes sobre seu ambiente, são detectados conflitos e oportunidades oferecidos pelos ecossistemas naturais, periurbanos e intraurbanos para projetar novos cenários possíveis. O objetivo é propor ecótonos urbanos como áreas de pós-planejamento, superando a poligonização dominante, conservando a natureza e integrando seus benefícios. Usando diagnósticos cartográficos e etnográficos, este estudo se concentra na análise dessas situações a partir de duas perspectivas: revisão da saúde comunitária abrangente (serviços públicos) e serviços ecossistêmicos. Os resultados demonstram essa dupla marginalização socioambiental, a percepção diluída dos serviços ecossistêmicos como soluções e as ações dos cidadãos como potenciais sementes de mudança. Por fim, são propostas estratégias que buscam passar do conflito para a regeneração, recuperando a saúde integral por meio de iniciativas sociais e ambientais.
Palavras-chave:
Ecótonos urbanos; Planejamento territorial; Periferias informais; Iniciativas cidadãs; Design regenerativo