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Diferenças entre as estratégias de coping em pacientes adultos com transtorno bipolar e seus familiares em comparação com controles saudáveis

Resumo

Introdução:

O objetivo deste estudo foi comparar os pacientes com transtorno bipolar (TB), seus familiares de primeiro grau e um grupo de controles saudáveis em termos de uso de estratégias adaptativas e não adaptativas, explorando diferenças entre tipos específicos de estratégias e suas correlações com variáveis clínicas.

Métodos:

Estudo transversal, envolvendo 36 pacientes com TB eutímicos, 39 familiares de primeiro grau e 44 controles. As estratégias de enfrentamento foram avaliadas usando a escala Brief COPE.

Resultados:

Foram detectadas diferenças significativas no uso de estratégias adaptativas e não adaptativas por pacientes, seus familiares e controles. Os pacientes usaram estratégias adaptativas com menos frequência do que os familiares (p<0,001) e controles (p=0,003). Não houve diferença significativa entre familiares dos pacientes e controles (p=0,707). Por outro lado, os pacientes (p<0,001) e seus familiares (p=0,004) exibiram pontuações mais elevadas para coping não adaptativo em relação aos controles. Não houve diferença significativa quando os pacientes foram comparados com seus familiares (p=0,517).

Conclusões:

Familiares de primeiro grau estavam em um nível intermediário entre pacientes com TB e controles no que diz respeito ao uso de habilidades de enfrentamento. Esta descoberta apoia o desenvolvimento de intervenções psicossociais para incentivar o uso de estratégias adaptativas em vez de estratégias inadequadas nessa população.

Descritores:
Coping; Brief COPE; transtorno bipolar; familiares de primeiro grau

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