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Vinte anos de eletroconvulsoterapia em enfermaria psiquiátrica de hospital geral universitário

Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico de pacientes submetidos a eletroconvulsoterapia (ECT) em um hospital geral universitário. Método: Neste estudo retrospectivo, foram revisados os prontuários de todos os pacientes submetidos a ECT entre janeiro de 1988 e janeiro de 2008 na unidade psiquiátrica do hospital geral da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Os pacientes/familiares foram contatados por telefone para a coleta de dados de seguimento. Resultados: Um total de 200 prontuários foram revisados. A maioria dos pacientes era do sexo feminino, com uma idade média de 39 anos e história de hospitalização psiquiátrica prévia. As principais indicações para ECT foram depressão e catatonia. Complicações foram observadas em menos de metade dos casos, e a maioria delas teve caráter temporário e não grave. Houve resultado psiquiátrico favorável em 89,7% dos pacientes, especialmente os catatônicos (100%, p = 0,02). Trinta e nove por cento dos casos foram contatados por telefone, a uma média de 8,5 anos decorridos entre o procedimento e o contato. Entre estes, três (1,5%) relataram transtornos amnésticos persistentes e 73% consideraram a ECT um bom tratamento. Conclusão: A ECT foi realizada de acordo com diretrizes internacionais. Na grande maioria dos casos, efeitos indesejáveis foram temporários e não graves. A resposta à ECT foi positiva na maioria dos casos, especialmente em pacientes catatônicos.

Eletroconvulsoterapia; resultado de tratamento; tratamentos somáticos em psiquiatria; tratamento; unidade psiquiátrica em hospital geral


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