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Evidências Empíricas sobre a Relação entre Coparentalidade e Temperamento: Uma Revisão Sistemática da Literatura

Resumo

O objetivo desta revisão foi analisar os estudos empíricos que mediram temperamento e coparentalidade. Para tanto, buscou-se responder à pergunta: “qual a relação entre as variáveis coparentalidade e temperamento em estudos empíricos, considerando as diferentes abordagens teóricas, os diferentes instrumentos utilizados em famílias com crianças entre zero e 11 anos?”. As bases de dados escolhidas para a revisão foram BVS-PSI, Psycinfo, Pubmed, Scopus e Web of Science. Na base de dados nacional BVS-PSI nenhum artigo foi encontrado. Foram selecionados 28 artigos, os quais foram analisados na íntegra e descritos quanto ao número de participantes, o método, os instrumentos utilizados e outras variáveis mensuradas. Os resultados a respeito da relação entre coparentalidade e temperamento foram organizados em seis categorias. Apenas dois artigos apontaram a não existência de relações significativas entre as duas variáveis. Destaca-se que a maioria dos artigos indicou o temperamento como preditor da coparentalidade, bem como o papel moderador da coparentalidade enquanto fator de risco e proteção. As relações bidirecionais entre as variáveis foram abordadas em apenas três artigos e questiona-se a escassez de estudos nessa direção. As diferenças na coparentalidade de pais e mães apontam para a importância das discussões sobre gênero.

Palavras-chave:
Coparentalidade; temperamento; revisão sistemática

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