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Estrutura Representacional do Vitiligo: Marcas que Não se Restringem à Pele

Resumo

Utilizando-se da abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais, que permite uma ordem e compreensão da realidade vivida por indivíduos/grupos, intenta-se, no presente estudo, identificar o núcleo central e sistemas periféricos das Representações Sociais do Vitiligo, bem como a estrutura representacional da autoimagem que pessoas com a afecção possuem. Para tanto, participaram do estudo 370 brasileiros com Vitiligo de todas as regiões do Brasil, com idades de 18 a 67 anos (M=35,71; DP=12,11), prevalentemente do sexo feminino (80,7%), por meio da resolução online de um questionário sociodemográfico e da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP). Destaca-se que, na TALP, a evocação de respostas dos participantes foi dada a partir dos estímulos indutores “Vitiligo” e “eu mesmo”, estando o último relacionado à percepção que a pessoa com a doença tem sobre si mesma. Os dados foram analisados a partir da análise lexicográfica prototípica desempenhada pelo software Evocation 2000. Os resultados indicaram, através da proeminência de evocações de ordem psicossocial na estrutura representacional do Vitiligo e autoimagem dos participantes, que as marcas de Vitiligo não se restringem à pele, mas sobrepõem-se a esta, uma vez que as possuir afeta negativamente a vivência social e autoconceito das pessoas com a afecção.

Palavras-chave:
Representações sociais; vitiligo; autoimagem; estrutura representacial

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