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“Onde as forças vivas do trabalho se ajuntam em desmedida”: dinâmicas da reprodução do capital em São Paulo durante a epidemia de febre amarela

“Where the living forces of work gather in excess”: dynamics of capital reproduction in São Paulo during the yellow fever epidemic

“Donde las fuerzas vivas del trabajo se juntan en desmedida”: dinámicas de la reproducción del capital en São Paulo durante la pandemia de fiebre amarilla

RESUMO

O presente artigo aborda as dinâmicas de reprodução de capital nos investimentos no mercado de aluguéis de moradias coletivas na Santa Ifigênia, bairro central de São Paulo, durante a epidemia de febre amarela que atingiu algumas regiões do Brasil nas décadas finais do século XIX. Nos centramos principalmente na atuação de Carlo Gilardi, investidor urbano do mercado de aluguéis, imigrante proveniente da região de Piemonte, Itália, para explorar as relações entre a colonialidade, as epidemias e as estratégias de controle urbano da população urbana despossuída. Os discursos sobre as aglomerações urbanas são analisados a partir do cruzamento de fontes primárias, especialmente o relatório de inspeção dos cortiços elaborado por uma comissão designada pelo poder público em 1893, pedidos da Série Obras Particulares e registros de transações fundiárias.

Palavras-chave:
febre amarela; urbanização; colonialidade; cortiços; imigração

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