Acessibilidade / Reportar erro

No baú de Augusto Mina: o micro e o global na história do trabalho1 1 Uma versão anterior deste artigo foi publicada em inglês na revista Workers of the World (v. 1, n. 3, May 2013). O artigo original foi escrito durante minha estada como pesquisador visitante no Institute d'Études Avancées de Nantes em 2013, tendo se beneficiado também das discussões que tive quando fui fellow no IGK "Arbeit und Lebenslauf in globalgeschichtlicher Perspektive" (Humboldt-Universität-zu-Berlin) em 2011-12. Agradeço a Christian de Vito por ter provocado a ideia inicial do artigo e aos pareceristas anônimos de Workers of the World e Topoi pelas sugestões e críticas. Agradeço também a Amy Chazkel por sua leitura cuidadosa, e a Beatriz Mamigonian e Cristiana S. Pereira por seus comentários.

RESUMO

Este artigo discute as relações entre a micro-história e o recente debate sobre a história global no campo dos estudos sobre o trabalho. O texto se desdobra em uma discussão historiográfica e uma análise empírica de um documento, o inventário judicial dos bens deixados por um africano livre de nome Augusto Mina, um marinheiro e trabalhador portuário, que morreu na cidade do Desterro, na Ilha de Santa Catarina, em 1861. O artigo discute o modo pelo qual a análise dos fatos que se conhece da vida de Augusto pode ilustrar as potencialidades e os limites de uma investigação histórica que tente integrar as sugestões teóricas e metodológicas da micro-história aos desafios intelectuais propostos pela história global do trabalho.

Palavras-chave:
história global; africanos livres; escravidão; trabalho compulsório.

Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org