Acessibilidade / Reportar erro

Além do “silêncio” e do “mito do silêncio”: Hannah Arendt, o dito e o dizível sobre o Holocausto no pós-guerra (1945-1963)

RESUMO

Neste artigo abordaremos a questão do dito e do dizível sobre o Holocausto no quadro do “discurso social” hegemônico do pós-guerra, analisando, em primeiro lugar, duas posições antagônicas: a do “silêncio” e a do “mito do silêncio”. Em seguida, apresentaremos a categoria “alarmes de incêndio” de Enzo Traverso, para qualificá-los e destacar como o campo do dizível foi condicionado tanto pela conjuntura sociopolítica quanto pelas formas discursivas dominantes; e, por fim, desenvolveremos o caso de Hannah Arendt, inscrita na referida categoria, considerando as mudanças em sua produção sobre os crimes nazistas (1945-1963), no contexto de seu enquadramento investigativo nos Estados Unidos, para mostrar como o dizível cristaliza, até que novos discursos, novas disputas eclodam.

Palavras-chave:
Holocausto; silêncio; mito do silêncio; alarmes de incêndio; Hannah Arendt

Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro Largo de São Francisco de Paula, n. 1., CEP 20051-070, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel.: (55 21) 2252-8033 R.202, Fax: (55 21) 2221-0341 R.202 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: topoi@revistatopoi.org