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O que há em um nome? A busca por novas metáforas para a aquisição de segunda língua

Este artigo apresenta uma série de metáforas encontradas em textos que falam sobre linguagem e aprendizagem de línguas e discuto as críticas à metáfora da aquisição e a adição de participação como um novo conceito para representar a aprendizagem de línguas. Foram selecionadas as principais propostas teóricas para a aquisição de segunda língua para verificar quais teorias usam aquisição e quais usam participação. Ao examinar esses textos, foi possível observar que outras metáforas também têm sido propostas, mas que aquisição e participação ainda são as predominantes. Participação tem sido usada como uma metáfora desde Sfard (1998) e foi bem aceita na Linguística Aplicada. Em seguida, apresento a visão cognitiva da metáfora e da metonímia e demonstro que, de acordo com os estudos cognitivos sobre a metáfora, participação não pode ser vista como metáfora, mas como uma metonímia. Para provar isso, uso como suporte o modelo proposto para a metonímia por Lakoff (1990). Concluo, concordando com Ortega (2009) que uma polifonia metafórica pode nos ajudar a compreender o fenômeno complexo da linguagem e da aprendizagem de línguas, mas que metonímias não devem ser desconsideradas.

aquisição de segunda língua; a metáfora da participação; metáfora, metonímia


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