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Pesquisa cognitiva e tradução automática em jurilinguística

Resumo

Devido a seus sistemas e subsistemas morfofonológicos, morfossintáticos, lexicais e outros de seu funcionamento, a língua árabe representa um sistema de não-catenação (ou não-cadeia de morfemas). Difere-se nesse sentido das línguas indo-européias - com sistemas de concatenação - e permanece, por assim dizer, uma linguagem bastante complexa para se gerenciar no campo do Processamento Linguístico Automático (PNL). Isto se dá especialmente quando se trata da tradução automática de fatos linguísticos que carregam elementos culturais específicos daquela língua. Os dados examinados neste artigo são indicativos da lacuna resultante de uma tradução automática dos textos jurídicos árabes para outros idiomas, como o francês ou o inglês. A natureza geneticamente diferente das línguas em questão não só coloca problemas de natureza linguística na passagem de uma língua para outra, mas também - e sobretudo - dificulta o entendimento de textos jurídicos em árabe, que carregam cargas semânticas, culturais, religiosas e civilizacionais que nem sempre refletem os mesmos referentes ou gestalt das línguas-alvo. Conclui-se que a intervenção humana nesse processo de tradução é mais do que necessária, como revela o estudo de textos legais na Arábia Saudita.

Palavras-chave:
Língua árabe; Língua francesa; Tradução automática; Jurilinguística; Textos jurídicos

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