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África e o vasto mundo: comunidades crioulas nos Oceanos Atlântico e Índico

Resumo:

Os crioulos portugueses foram fundamentais para integrar a África subsaariana aos sistemas intercontinentais do Oceano Atlântico e do Oceano Índico. Nas ilhas atlânticas emergiu uma cultura crioula distinta, composta por emigrantes cristãos vindos de Portugal, judeus exilados e escravos africanos. Essas políticas crioulas ofereceram uma base para comerciantes costeiros e se tornaram politicamente influentes na África - em Angola criando seu próprio país continental. Conectar o interior africano com a economia mundial foi, em grande medida, feita em termos africanos, mas a falta de transferência de tecnologia significou que o fosso econômico entre África e o resto do mundo aumentou inexoravelmente. Escravos africanos na América Latina adaptaram-se a uma sociedade já crioulizada, muitas vezes por meio de formas hábeis de apropriação e síntese cultural. Na África Oriental, o português trabalhou em já existentes redes islâmicas crioulizadas, mas a passagem de naus da carreira das Índias através do Atlântico criou vínculos estreitos entre os sistemas comerciais do Oceano Índico e do Atlântico.

Palavras-chave:
Crioulização; globalização; tráfico de escravos

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