RESUMO
Objetivo:
discutir as representações sociais sobre a punção venosa periférica e o uso de meios de contraste de pessoas submetidas a exames radiológicos, referenciando-se no conceito de estressores.
Método:
pesquisa qualitativa, delineada na abordagem processual da Teoria das Representações Sociais, realizada com 57 usuários submetidos a exames de Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética em um Hospital Universitário de Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. Realizaram-se entrevistas individuais em profundidade desencadeadas por questões norteadoras em janeiro de 2019. Os conteúdos das entrevistas foram transcritos na íntegra e realizou-se análise de conteúdo em três etapas (pré-análise, exploração do material e tratamento/interpretação dos resultados). A análise temático-categorial estabelecida a partir das dimensões e origens representacionais possibilitou a discussão dos achados ancorada nos conceitos de estressores, permitindo a identificação de três categorias baseadas nos estressores intrapessoais, interpessoais e transpessoais.
Resultados:
a punção e o exame foram representados pelas vivências individuais, grupais, com profissionais e ambiente terapêutico, classificados nas categorias: itinerário e concepções sobre punção e exames contrastados, com base em estressores intrapessoais; relações compartilhadas sobre a punção e o exame, fundamentadas em estressores interpessoais e vivências no ambiente terapêutico de um serviço de diagnóstico por imagem, a partir dos estressores transpessoais.
Conclusão:
as representações sociais foram significadas por exame, resultado e impactos na vida, retratando estressores alicerçados em imagens/sentimentos de dúvida e comportamentos positivos justificados racionalmente, que explicitam respostas humanas a conteúdos reificados, possibilitando a reestruturação do cuidado em saúde e em enfermagem.
DESCRITORES:
Enfermagem radiológica e de imagem; Cateterismo periférico; Meios de contraste; Diagnóstico por imagem; Psicologia social; Teoria de enfermagem