Trata-se de estudo qualitativo com o objetivo de investigar o acesso das mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ao pré-natal e prevenção do câncer de colo uterino. Foram realizadas entrevistas com cinco mulheres, no município de Cajamar, Brasil, 2005. A análise temática de conteúdo evidenciou que a base territorial e a distância geográfica constituíam barreiras de acesso, condicionando-as a lançarem mão de endereços fictícios para obterem o atendimento. A realização do exame de Papanicoloau esteve restrita à gestação. O atendimento à saúde mostrou-se fragmentado, sendo que foram atendidas somente por sua condição reprodutiva. A concepção do acesso encerra múltiplas facetas e o serviço deve abranger as diversas fases da vida da mulher, constituindo em um desafio oferecer cobertura às mulheres da população rural. Melhorar o acesso à informação e à educação corresponde à possibilidade do exercício do direito ao acesso universal à saúde baseado no princípio da eqüidade.
População rural; Saúde da mulher; Assistência à saúde; Acesso aos serviços de saúde