RESUMO
Objetivo
compreender o pensar e o agir coletivo de trabalhadores da saúde em relação à Infecção Latente por Tuberculose e ao uso da Isoniazida no enfrentamento da doença.
Método
estudo qualitativo com 22 profissionais de saúde de quatro cidades do Brasil e do Distrito Federal. A coleta de dados ocorreu mediante realização de entrevista coletiva semiestruturada, em março de 2019, com duração média de uma hora e trinta minutos. Realizou-se análise de conteúdo pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo.
Resultados
os discursos dos profissionais revelaram incertezas relacionadas à prevenção e ao tratamento da Infecção Latente por Tuberculose, ao “medo de errar” e formas inadequadas de uso da Isoniazida 300 mg, ao poder da decisão sobre o tratamento da Infecção Latente por Tuberculose, às dificuldades da integração entre os serviços e à organização de fluxos assistenciais.
Conclusão
embora a ênfase no discurso dos profissionais considere aspectos objetivos no manejo da Infecção Latente por Tuberculose, foram identificadas, dentre outras, manifestações subjetivas relacionadas à necessidade de trabalhar os receios que afetam a decisão sobre o tratamento e os possíveis erros de medicação, e de pensar esse processo de forma colaborativa, que considere autonomia no agir, tanto dos profissionais quanto da pessoa com Infecção Latente por Tuberculose.
DESCRITORES
Tuberculose latente; Tuberculose; Isoniazida; Pessoal da saúde; Cooperação; Adesão ao tratamento medicamentoso