RESUMO
Objetivo:
verificar a associação entre dados socioeconômicos, clínicos e hábitos comportamentais ao nível de resiliência em pessoas com diabetes mellitus durante o distanciamento social na pandemia da doença causada pelo novo coronavírus.
Método:
estudo de corte transversal, analítico e exploratório. A população consistiu em usuários acompanhados na Estratégia Saúde da Família, diagnosticados com diabetes mellitus, no município de Cuité, Paraíba, Brasil. A amostra foi composta de 300 participantes. Os dados foram coletados entre novembro de 2020 a fevereiro de 2021 e operacionalizados por meio de dois formulários: um contendo aspectos socioeconômicos, clínicos, hábitos comportamentais e; outro que constou da Escala de Resiliência de Connor-Davidson para o Brasil, constituída por 25 itens divididos em quatro fatores, sendo eles: tenacidade, adaptabilidade-tolerância, dependência de apoio externo e intuição. Na análise bivariada foram realizados testes Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher e calculada a razão de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Por fim, foi operacionalizada a Regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados:
a prevalência em ter alto nível de resiliência foi 43% maior em menores de 60 anos, 39% maior em evangélicos, 36% maior em pessoas que consumiam bebida alcoólica e 29% maior em pessoas que praticavam atividade física.
Conclusão:
evidenciou-se associação entre dados socioeconômicos, clínicos e hábitos comportamentais ao nível de resiliência alto; tais achados direcionam para a construção de ações inclusivas durante a pandemia, considerando, sobretudo os aspectos emocionais e sociais, com o intuito de sugerir a criação de estratégias de cuidado voltada à saúde mental.
DESCRITORES:
Diabetes mellitus; Infecções por coronavírus; Isolamento social; Resiliência psicológica; Enfermagem