RESUMO
Objetivo:
conhecer a percepção dos profissionais de enfermagem sobre a estratégia da simulação in situ na educação permanente em terapia intensiva.
Método:
estudo descritivo, exploratório, qualitativo, realizado com 15 profissionais de enfermagem de uma Unidade de Terapia Intensiva. Os dados foram coletados de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019, por meio de entrevista semiestruturada, após as simulações in situ ocorridas no ambiente de trabalho e que envolveram dois cenários, um sobre choque séptico e outro, parada cardiorrespiratória. Para a análise aplicou-se a técnica Discurso do Sujeito Coletivo com o emprego de um software.
Resultados:
dos 15 profissionais de enfermagem participantes do estudo, oito eram enfermeiros e sete técnicos de enfermagem. A idade variou de 23 a 56 anos e o tempo de atuação em terapia intensiva oscilou de dois meses a 17 anos. A simulação in situ foi percebida como uma oportunidade de atualização e aquisição de conhecimentos, habilidades e competências profissionais, principalmente para aqueles sem experiência, favorecendo o ganho de autoconfiança, a comunicação, a tomada de decisão e o raciocínio clínico. A estratégia simulada in situ também foi retratada como possibilidade de treinamento na prática profissional e em tempo real, diferentemente de treinamentos tradicionais e, ainda, como um ambiente seguro para cometer erros de várias magnitudes por se configurar um cenário de treinamento.
Conclusão:
os profissionais percebem a estratégia da simulação in situ como válida para a atualização profissional e aprendizado prático em ambiente seguro.
DESCRITORES:
Simulação; Simulação de doença; Educação em enfermagem; Educação continuada; Enfermagem; Unidades de terapia intensiva