RESUMO
Objetivo:
analisar a relação entre sono e aspectos sociodemográficos, de saúde, fragilidade, desempenho em atividades de vida diária, desempenho cognitivo e sintomas depressivos de idosos residentes na comunidade.
Método:
estudo transversal, quantitativo, realizado com 81 idosos residentes na área de abrangência de uma Unidade de Saúde da Família do município de São Carlos (SP), Brasil. A coleta de dados ocorreu em 2019, mediante a aplicação dos seguintes instrumentos: questionário para caracterização socioeconômica e de saúde do idoso, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, Fenótipo de Fragilidade proposto por Linda Fried, Mini Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica, Índice de Katz e Escala de Lawton. Os participantes foram divididos em grupos comparativos segundo os escores de qualidade do sono. Foram utilizados Exato de Fisher e χ2 de Pearson. Adotou-se nível de significância de 5%.
Resultados:
50,6% dos idosos apresentaram sono de má qualidade (n=41), seguidos de 33,3% de idosos com sono de boa qualidade (n=27) e 16,1% com distúrbios do sono (n=13). Houve relação entre qualidade do sono e sexo (p=0,008), situação laboral (p=0,001), autoavaliação de saúde (p=0,013), queda (p=0,034), dor (p=0,012), nível de fragilidade (p=0,026) e o critério lentidão da marcha (p<0,001).
Conclusão:
houve maior prevalência de sono de má qualidade e de distúrbios do sono em mulheres idosas, que não trabalham fora de casa, que avaliaram a sua saúde como regular ou ruim, que sofreram quedas no último ano, que se queixaram de dor, frágeis e com lentidão da marcha.
DESCRITORES:
Sono; Transtornos do sono-vigília; Saúde do idoso; Idoso; Vulnerabilidade social