CONTEXTO: A utilização do pertecnetato-99mTc para captação e cintilografia da tireóide exibe vantagens em relação ao iodeto-131I, como menor exposição do paciente à radiação, imagens de melhor qualidade e maior rapidez para a realização do procedimento. OBJETIVO: Padronizar uma metodologia simples e rápida para a realização de captação e cintilografia da tireóide e determinar os valores normais de captação tireoidiana de pertecnetato-99mTc. TIPO DE ESTUDO: Prospectivo, não-randomizado. LOCAL: Serviço de Medicina Nuclear, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil. PARTICIPANTES: Estudamos 47 indivíduos normais, 30 mulheres e 17 homens, com idades variando entre 19 e 61 anos (média 33 anos). PROCEDIMENTOS: A avaliação laboratorial da função tireoidiana foi feita por meio de dosagens séricas de tiroxina e tireotrofina. As imagens foram adquiridas 20 minutos após a injeção venosa de 10 mCi (370 MBq) de pertecnetato-99mTc em uma câmara de cintilação computadorizada equipada com colimador de baixa energia, alta resolução e furos paralelos. RESULTADOS: Todos os indivíduos eram clínica e laboratorialmente eutireoidianos. A captação tireoidiana basal de pertecnetato-99mTc variou de 0,4 a 1,7%. A análise estatística evidenciou que 95% dos indivíduos normais estudados apresentaram valores de captação entre 0,4 a 1,5% da dose injetada. CONCLUSÃO: A avaliação da estrutura e função tireoidianas com o uso do pertecnetato-99mTc é um método simples, rápido e eficiente, podendo ser facilmente incorporado à rotina dos serviços de medicina nuclear.
Tireóide; Cintilografia; Captação; Pertecnetato-99mTc; Valores normais
