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Prevalência de disfunção tireoidiana em pacientes com fibrilação atrial aguda em emergência cardiológica

CONTEXTO: A fibrilação atrial ocorre freqüentemente em pacientes com hipertireoidismo, enquanto que, na população adulta em geral, sua prevalência é muito baixa. A prevalência de disfunção tireoidiana em indivíduos com fibrilação atrial varia de 0% a 24%; esta grande variação sendo atribuída às diferentes metodologias aplicadas em seu diagnóstico. OBJETIVO: Neste estudo, apresentamos a prevalência de disfunção tireoidiana em pacientes adultos que se consultaram no pronto socorro cardiológico com fibrilação atrial aguda, utilizando, para seu diagnóstico, as determinações séricas de tireotrofina ultrassensível, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). TIPO DE ESTUDO: Estudo transversal. LOCAL: Emergência do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. PARTICIPANTES: 72 pacientes com fibrilação atrial de até 48 horas de duração. PROCEDIMENTOS: Os participantes foram submetidos a questionário, eletrocardiograma e tiveram coletada amostra de sangue. VÁRIÁVEIS ESTUDADAS: Tireotrofina sérica, T3 e T4. RESULTADOS: Dos pacientes estudados, 16,6% tinham alteração de prova de função tireoidiana: 6,9% apresentavam hipertireoidismo, 5,6% apresentavama hipotireoidismo e 4,2% tinham apenas elevação dos níveis de T4 pelo uso de amiodarona. CONCLUSÕES: A alta prevalência de disfunção tireoidiana observada em nosso estudo, especialmente de hipertireoidismo, sugere que testes de função tireoidiana sejam realizados rotineiramente em todos os pacientes que se apresentem com fibrilação atrial aguda.

Fibrilação atrial; Tireóide; Hipertireoidismo; Hipertireoidismo


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